Penso Que Haverá Gravação, Disponível A Breve Prazo

Da conversa de há pouco, na qual só pareceram estar presentes pessoas ligadas à Educação, com a simpática ausência do especialista em outras coisas, que se escusou de aparecer às últimas. Espero que (não) fosse porque eu não sou tão fofinho quanto outr@s colegas de painéis televisivos.

Como alguém já multiplamente vetado em debates, nunca faria o mesmo, pelo que lamento não ter podido saber o que alguém que agora se posiciona à esquerda do PS teria a dizer sobre esta modalidade de “liberdade de escolha” que agora anda por aí a fazer delirar @s director@s. Agora parece que já são todos “liberais”, quando se trata de escolher professores, alunos é que dizem que não, que não seria inclusão.

Adianto apenas que, na parte final da conversa tive de dizer que nem percebo porque se anda a levar a sério aquela proposta da SEDES (shortlist com 5 nomes para as escolas escolherem quem contratar ou vincular) depois do que sabemos da BCE ou, em outro ambiente, da CRESAP. Isto para não falar da admissão da presença de elementos das autarquias nos júris de selecção dos candidatos.

Havendo Crianças Com Fome E Comida Disponível…

… não há critério administrativo ou detalhe informático que me consiga convencer da impossibilidade de usar a segunda para resolver a primeira situação, em especial quando se prolonga no tempo. Deve ser de ter origem lá em baixo, onde havia colegas com fome e nem sempre comida disponível. Chamem-lhe “complexo de classe”. Também ajuda a explicar porque me mantenho onde estou apesar dos “empurrões”. Uma certa estupidez natural que não confundo com qualquer utopia.

3ª Feira

O dia quase começa a ouvir, na TSF, a agora secretária de Estado da Administração Pública Inês Ramires (não se lembram dela na Educação, pois não? mas esteve lá muito tempo) a debitar o guião que lhe deram acerca dos aumentos de salários na Função Pública E disse algo como “propomos estabilidade num tempo de incerteza” acerca da proposta plurianual de aumentos, o que é uma mistificação, porque em tempos de incerteza acerca da evolução da inflação, amarrar a maioria dos funcionários públicos a um aumento minguado é ir além da troika, ou seja, fazer cortes salariais dos grandes, só que sem o confessar. E não adianta vir qualquer ilusória “ala esquerda” do PS dar a entender que se tivesse mais poder no Governo faria diferente, que isso é milho para os pardalitos do Bloco e do PCP que, claro, estarão formalmente contra, mas no fundo adoram a ideia de esmifrar a nossa “mítica” classe média, desde que existam dinheiritos para estudos e investigações nos observatórios e centros certos. Ou umas nomeações à medida da reconstrução das memórias. Os boaventuras e equiparados explicam.