Desculpem A Descrença

Sempre que há uma agressão mais mediática a um@ professor@ aparecem logo umas declarações de imensa solidariedade e de louvor ao papel dos professores por parte de muit@s dos que levam o resto do tempo a enterrar a classe docente, com todos os pretextos a que podem deitar a mão e a má língua.

. Isto inclui não apenas cronistas em busca de cliques, mas em especial o ministro sonso e a sua solidariedade ocasional, no mesmo dia em que volta ao tema das “baixas fraudulentas” em entrevista ao Observador, onde parece ter agora encontrado um curioso nicho solidário para este seu tipo de ataque sistemático e também para a desregulação final dos concursos de professores.

Como não sou assinante, não posso confirmar algumas ideias que tenho sobre a entrevista de que ouvi apenas excertos online, mas aposto singelo contra triplicado em como houve uma evidente e liberal afinidade ideológica acerca desta modalidade de “liberdade de escolha”. E que, depois do escorregão do “professor” Marcelo se falou pouco em óbitos de docentes a quem foi negada a mobilidade. Afinal, há que manter o “bom ambiente”, potenciador de futuras colaborações.

3 opiniões sobre “Desculpem A Descrença

  1. Já morreram duas professoras por causa de toda esta lamentável trapalhada com a MPD e esta alma danada ainda continua a dar-lhe com as “baixas fraudulentas”. Será preciso morrerem todos os professores em MPD para morrer este (não)assunto?

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  2. Boa Noite

    O ministro da sonsice e da língua malabarista está de volta às entrevistas com jornalistas simpáticos e gentis. Tudo boa gente. É de ir ao vómito.

    Mas o ministro tem feito umas descobertas! Depois de 6 anos e meio como ministro sombra e de mais 6 meses de frontline, finalmente conseguiu atingir que o Quadro de Zona Pedagógica do Algarve é muito grande. Irra! Foram sete anos para analisar um mapa numa folha A4?

    Como é possível ter um personagem destes como ministro?

    E volta às baixas médicas irregulares. Uma Professora está agora proibida de engravidar? As doenças não atingem os Professores?

    Os números das baixas médicas até são relativamente baixos quando são apresentados em percentagem, cerca 14%, mas claro que tem mais impacto na comunicação social arremessar aos milhares.

    Mas as verdadeiras baixas irregulares são as das Professoras Josefa Marques e Fernanda Barros que viram o seu pedido de mobilidade recusado e morreram. Este ministro nem se dignou a responder aos requerimentos, apesar de o ter prometido. Não se pode afirmar que as mortes estão relacionadas com a recusa de mobilidade. Mas podemos afirmar, alto e claro, que os procedimentos a que estas Professoras foram submetidas pelo ministério da Educação (mE) foram desumanos e de uma crueldade bárbara. Também podemos afirmar que para além dos problemas de saúde de que padeciam, sofreram também da brutalidade e estupidez de um mE sem um pingo de sensibilidade. Ninguém pode garantir que se as Colegas tivessem tido acesso à mobilidade por doença não estariam agora ainda vivas.

    A hipocrisia da imagem de bonacheirão de barba mal desfeita enoja.

    Ainda ontem uma Professora foi espancada por um gang de 10 energúmenas e a ação do ministro não passa de verborreia linguística.

    Que miséria!

    Sr. Professor Zé

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