Conselho Local De Directores?

O ministro Costa entrou na estratosfera com a sua nova proposta (a outra é apenas uma “reversão” e nada mais) de remeter a contratação dos docentes para um órgão com aquela designação, o que em muitos concelhos do país equivaleria a um órgão unipessoal e na maior parte a um grupo que nem daria para uma jogatana de sueca. Em outras zonas, pelo contrário, não se percebe bem como seria operacionalizável tal ideia. Os directores repartiriam os professores entre si? As horas de cada horário? Definiriam “perfis” por agrupamento? Por nível de ensino?

Quanto a concursos de 5 em 5 anos, valem o que valem, pois a “reitora” gabou-se de criar os concursos de 4 em 4 anos, mas isso nunca impediu que na falta de horário disponível, o pessoal fosse de vela à mesma. Realmente, a memória é muito curta ou há gente que está mesmo envelhecida ao nível do coiso… como é que se diz… ai, que me esqueci… da memória?

O ministro Costa já percebeu que meteu a pata na poça com a proposta original e quer encontrar uma espécie de meio caminho que os sindicatos aceitem, ao apresentar esta ideia asinina ao mesmo tempo que a ampliação do números dos quadros de zona pedagógica para o número dos que já existiram até há uma década, como se fosse uma espécie de dois-em-um. Ou aceitam as duas coisas ou nenhuma, um pouco à imagem de certas negociatas legislativas norte-americanas. em que uns apresentam uma lei e os outros só a aceitam se for anexada outra legislação.

O “conselho local de directores” é uma ideia asinina (sei, estou a repetir-me) que estou quase certo nem os próprios (excepto em conselhos onde apenas existe um ou dois, daqueles que gostam muito de contratar na “proximidade”) a aceitarão como boa. Até porque todos eles já têm assento no Conselho Municipal de Educação (alínea g) do artigo 57 do DL n.º 21/2019, de 30 de Janeiro), pelo que o novo órgão não passaria de uma espécie de secção do CME.

Os sindicatos que aceitarem a barganha, apenas se desacreditarão mais uma vez. E se a coisa for mesmo do género “ou aceitam isto ou não damos aquilo” que tenham a coragem de o dizer publicamente a todos nós. Lamento, nestas coisas já se percebeu que na 24 de Julho não poisam cavaleiros ou gentis-homens, com códigos honrados de conduta.

Em Termos Relativos, É Um Valor Muito Superior Ao Dos Professores

Mas com os médicos ainda existe algum respeitinho e a coisa trata-se com pinças, não vá um dos aposentados aparecer no privado a algum decisor político e a coisa azedar. Ou ir para uma junta médica e validar tudo.

Porque há stores e “senhores doutores”, diga-se o que se disser. Ainda bem que eu peço sempre para me chamarem professor.

Aumentaram as aposentações de médicos no SNS. Até Setembro reformaram-se 1639

A Mim Não Incomoda Nada Ensinar Os “Novos” No Labirinto

O que me chateia é que, mal se viram as costas, em vez de tentarem continuar as perceber e explorar as coisas, se agarrem aos telemóveis como a miudagem, com conversas que dão logo para perceber que vieram para a escola, em regime de ocasião e biscate passageiro. Por “novos” entendam-se quaisquer idades, mas malta que se arma em nova nisto para efeitos de meter os “velhos” a fazer-lhes o trabalho por conta. Eu sei que não acontece com toda a gente e há pessoas cheias de boa vontade e em relação a essas sinto algum dever.. Mas outras, nem por isso. Por isso, tendo a fazer-me de nhurro. Para um, um e meio. Vão ter com o costa e suas abelhinhas.

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