Esta Merece Um Post Pós-Música

Mesmo se não é bem “todo”.

(…) Questionado sobre o que o acordo de hoje sobre progressão nas carreiras representa em termos de acréscimo salarial para os enfermeiros, o dirigente sindical explicou que se trata de “valorizações salariais que acompanham a taxa de inflação”, entre os 10% e os 15%.

Uma Mixórdia Desnecessária

Ministro quer directores com mais poder de contratação, mas ainda não os contactou.

O Governo quer manter os critérios de contratação de professores, mas pretende um novo modelo de colocação, transformando os concursos nacionais em listas municipais.

Área dos quadros de zona pedagógica vai ser reduzida e corresponder às 23 comunidades intermunicipais.

O ministro Costa decidiu, por uma vez, “inovar” e tropeçou nos próprios pés, o que acontece muito a quem pensa ser mais inteligente do que os outros, mas apenas tem alguma esperteza saloia para consumo em tertúlias de cortesãos. Expliquem-me, por isso, como se mantêm os critérios actuais (colocação em escolas não agrupadas e agrupamentos), se os directores decidem a “alocação”…. é como dizer que chove, mas não molha.

O ministro Costa é linguista, mas entaramela-se quando tenta explicar o que não quer revelar na totalidade e toma-nos todos por idiotas que não percebem o verdadeiro significado de tudo isto. Que, em suma, ele está a sugerir um modelo que não foi apresentado no programa do governo, que está já deu maus resultados em outras paragens (basta ver vários estados americanos e meso alguns países europeus cuja colocação “local” tem um outro historial) e que nem ele tem bem a noção do que poderá ser verdadeiramente, até porque há zonas com dezenas de agrupamentos e outros onde eles minguam.

O ministro Costa faz-me lembrar um famoso poema do Almada, só que com ele nunca há PIM.

Contratação de professores: Ministério mantém critérios, mas propõe que diretores decidam alocação

O Que Diz O Programa Do Governo Sobre A Contratação, Vinculação Ou Gestão Dos Quadros De Professores?

Em tempos ouvimos muita gente dizer que certas medidas não seriam colocadas em prática em relação à carreira dos professores ou da gestão das escolas, porque isso não estava no programa do governo.

Então… está no programa do actual governo alguma coisa comparável a um “conselho local de directores” para solucionar professores ou à gestão desse tipo de contratação ou vinculação por um qualquer órgão municipal ou cupra-municipal?

Não, claro que não, ou porque lhes faltou a coragem de assumir uma política típica da direita liberal ou é apenas o ministro Costa a tentar ser inteligente, o que não é claramente a sua vocação.

O documento é demasiado recente para dizerem que as circunstâncias mudaram. A falta de decoro é que se tornou norma com a maioria absoluta e uma oposição em forma de brincadeira, com uns a sair, outros a entrar e o debate a centrar-se quase em exclusivo entre o Costa-Mor e o Ventura.

Só falta aparecer um coro de porfírios a retorcerem a porca toda para tentarem demonstrar que o toucinho é vegan e que o que não disseram foi dito e que o flato do ministro sonso foi o façanhudo sindicalista que deu.

O Desmentido Devia Vir Na Primeira Página

Mário Nogueira, dirigente sindical e colunista regular do Correio da Manhã procede a um desmentido das parangonas do fim de semana do dito diário, só que fica lá encalhado numa daquelas páginas a que ninguém liga. Coerente mesmo, era dar-lhes com a porta na cara. Não que eles se ralassem muito, mas ao menos deixava de funcionar como ramalhete pluralista da coisa.

4ª Feira

Há quem me acuse de usar uma linguagem demasiado soft para certas figuras. Não sei se o fazem por comparação com outros que falam muito alto e grosso, mas nos bastidores andaram a angariar pessoal para dar apoio à municipalização da Educação nas terras isaltinas (sim, é quem estão a pensar e ainda ontem um dos “aliciados”, que recusou, me recordou o episódio). Só que há criaturas que nem merecem o esforço de lhes chamar mentirosas, a menos que seja cara a cara e também me parece claro que percebem que falo do sonso. Mas, como se sabe, são criaturas que escolhem a dedo quem as pode questionar ou contraditar e quem pode ficar com a última palavra naquilo a que chamam “debates”.