- Não tem memória de um sistema transparente de colocações, pelo que não se importa de um regime de favores a nível local, baseado em “perfis” e entrevistas.
- Não conheceu outro modelo de gestão escolar, pelo que a existência de director@s e de um modelo único, impessoal e hierárquico até é aceite como “lógico”, pois “também é assim nas empresas”.
- Não se importa de estar numa qualquer lista (inter)municipal de funcionários, porque só quer um vínculo qualquer, por precário que seja e é-lhe irrelevante quem lhe paga.
- Não se incomoda de ter uma carreira desvalorizada e desqualificada em termos sociais, porque a única prioridade é sobreviver num mundo laboral desregulado e proletarizado.
- Não tem redes de solidariedade alargadas, para resistir seja ao que for, porque se deixou atomizar na lógica dos nichos das redes sociais, em que a “indignação” se mede pelas partilhas de posts ou memes, mesmo que seja a própria pessoa a fazê-las por todo o lado.
- Não sente qualquer problema com “aprendizagens essenciais” porque a sua própria formação tem muita teoria, mas muito pouco saber disciplinar específico.
- Não tem reservas quanto ao desaparecimento de provas de avaliação externa, ou que sejam feitas apenas em modelo de escolha múltipla online, porque é essa a lógica em que se baseou a sua própria formação.
- Etc, etc, etc.
Sim, porque o rejuvenescimento apregoado e desejado é também por isto. É mais fácil vergar tábua de madeira verde. Eu, pela minha parte, procuro ensinar os alunos durante as aulas e contar histórias durante os intervalos aos colegas verdinhos que têm aparecido na escola para suprir professores em falta.
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O Twitter têm vários professores “verdinhos”, quase todos sub-30, muito ativos. Quase todos românticos. 😁
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Muito bom 🙌🙌🙌crónica do Homem Novo.
Submisso, sempre reconhecido a quem lhe dá uns euros, para sobreviver, acrítico, egoísta, acéfalo….
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1. A pizza, os bolinhos e o chá nos tempos da megera;
2. A traição no final da greve às avaliações;
3. A sujeição aos ditames do Comité Central do Partido Comunista Português;
4. As manifestações patéticas ocasionais a quem ninguém liga pevide;
5. As greves periódicas vistas com um bocejo e motivo de troça por parte dos (des)governantes.
Este é o retrato da «nossa» derrota, que foi servida pelos sindicatos e pelas nossas próprias mãos.
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*a que
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Plenamente de acordo.
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100 % de acordo.
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Para o ” novo professor” também contribuiu o ” velho professor”: mentalidade de Fernão Capelo Gaivota e ouvinte dos Trovante, que durante anos votou no PS, que tem sido do pacto do centrão, o mais assanhado contra os docentes.
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Chamo a esses os professores (e pedagogos)-patchouly.
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O melhor será não ter memória e colocar um tapete à porta de casa com o
arco iris.
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É mais ou menos este o layout do novo prof. Se possível fosse até era imprimido em 3D numa formação de capacitação digital em torno de uma rúbrica MAIA. Enfim, neste registo os novíssimos, mais ou menos cunhados, serão preferidos aos seminovos ou já com uns kms de estrada.
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