Dia: 11 de Novembro, 2022
Interessante
Mas não seriam preciso dez pessoas para escrever um “comentário”. Ok… será uma espécie de manifesto. Também lá por fora se começa a perceber que a narrativa sobre a “falta de professores” serve outros propósitos que não o interesse dos alunos, a melhor qualidade do ensino ou sequer uma decente gestão dos recursos existentes.
From “Teacher Shortage” to Resistance: A Critical Perspective on Political Discourse, Education, and Imagining Otherwise
Political discourse shapes how we understand society. It is therefore crucial for us to pay particular attention to how we use language to portray social problems. This commentary employs a critical perspective, enabling us to unpack how logics and assumptions are embedded in recent “teacher shortage” discussions, debates, and policy forums. Critical scrutiny reveals how “teacher shortage” discourses often reproduce individualism, neoliberalism, and deficit understandings of marginalized groups and workers. We call for a departure from this framing toward one that transforms the teaching profession by addressing the exploitative nature of teaching under capitalism and a fundamental shift in the economic conditions shaping our line of work.
Confirma-se?
Tanta Gente Na Gamela
Há assessores na Câmara de Lisboa que custam mais à autarquia do que Carlos Moedas
Há dezenas de contratos com assessores que custam mais à Câmara de Lisboa do que o próprio presidente. Moedas só acaba por ganhar mais por causa das despesas de representação e subsídios.
(…)
Segundo a Sábado, este é o peso financeiro representado também, por exemplo, por André Carrilho, Carlos Castro e Pedro C. Santos, três dos assessores do vereador socialista João Paulo Saraiva; por Rita Apolónia, assessora da vereadora independente Joana Almeida; e por José Romano, assessor da presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, Rosário Farmhouse — que nem sequer recebe salário, mas sim senhas de presença.
Esta é a única autarquia do país em que dezenas de assessores têm contratos que saem mais caros do que os próprios presidentes. E acontece mesmo com quem não tem funções executivas — como Rosário Farmhouse, assessorada também por Pedro Manuel Tito de Morais, que também custa 4.615 euros à Câmara — nem pelouros. A Câmara de Lisboa não explicou à Sábado o que justifica estes contratos de alto custo, mas reiterou que todos os valores estão dentro dos limites remuneratórios fixados pela autarquia no início de cada mandato.
A Ler
6ª Feira
Cada vez estou mais convencido que o caos crescente nas substituições dá um imenso jeito a quem quer arranjar desculpas para “mudar o paradigma dos concursos”. Aquela coisa de exigir a atribuição de horários a que se sabia não estar em condições de leccionar, empurrando a sua substituição para depois de meados de Setembro trazia água no bico. Quando observo a forma como se “diagnostica” erradamente uma falta de docentes profissionalizados, alegando-se que é preciso recorrer a qualquer tipo detentor de umas dezenas de créditos bolonheses e ao aumento dos alunos dos cursos de formação inicial de professores (quando ao mesmo tempo, de forma menos vocal, se anuncia a redução do número de alunos no sistema), fico com a clara sensação que esta é a desculpa desejada para introduzir alterações desnecessárias, mas muito apetecíveis para quem quer desregular de vez a colocação de professores e atomizar as contestações, quebrando os poucos laços de solidariedade profissional que ainda sobrevivem.
É verdade que existe uma situação problemática, mas observando de perto o que não foi feito, pelo menos desde 2017, 2018, é muito difícil não achar que este é um fenómeno de clara degenerescência programada.