Vai Custar A Entranhar…

… mas os quadros de escola que passaram a quadro de agrupamento (e em diversos casos têm horário espalhado por mais de uma escola do agrupamento), agora irão passar a quadros (inter)concelhios, com o seu destino – ou “alocação” – a ser decidido por um conselho de director@s que, no caso dos de 2ª geração, podem ter feito o curso de administração escolar todo online (este é apenas um exemplo, havendo ainda outros em que é tudo em seis meses) por uma milena e tal de euros. Sim, podem ter experiência anterior, mas a verdade é que se a proposta do ministro Costa for adiante, passaremos a viver na dependência de um punhado ou menos de pessoas que podem ter algum sentido ético e deontológico, mas também podem não ter e até achar que isso é um luxo e desperdício que só entrava procedimentos. Ao que parece, o enorme ganho com a redução da área dos qzp é que essa passa a ser a unidade preferencial de colocação. Dizem que em nome da “estabilidade”

O giro é que há quem ache isto tudo excelente, bem como uns míticos concursos por cinco anos que, quando passaram a quatro, duravam apenas o tempo em que não acontecia um horário zero a preceito.

Ao esquema faltam, claro, os “especialistas” em projectos e consultores para os monitorizar.

Comentários Libertados

Uma dezena deles, não sei bem porquê, ficaram na malha de spam do wordpress nos últimos dias. De vez em quando espreito e lá dou com a coisa, pelo que peço desculpa por procuração ao Ruas, CJ, Pedro Castro e qualquer outra pessoa que viu a sua escrita não aparecer. Agora, se calhar, até aparece em duplicado. Aqui nada se perde, pouco se transforma, tudo se guarda.

A “Fabricação” Do Caos Como Oportunidade Para A Total Desregulação

Lá fora, há quem admita sem grande receio o objectivo de tornar a docência um trabalho como outro qualquer, naquela lógica de indiferenciação da mãos de obra, típica do neoliberalismo. Um trabalho “generalista”, com o eventual apoio remoto de “especialistas”. Mas ao menos ainda têm a “delicadeza” de qualificar o nosso tempo como “precioso”.

The national teacher shortage presents a once-in-a-generation opportunity to rethink the shape of schools and the delivery of teaching, which has changed little over the past 100 years, in a way that brings them more into alignment with modern workforce design.

Modernising the delivery of education would also have knock-on benefits in freeing up time and resources that would ultimately benefit the educational progression of Australia’s school students.

Mike Hennessy, chief research and insights officer with school workforce analytics company PeopleBench, says schools need to consider experimenting.

“We need to look at different models, which is going to mean more flexibility and experimentation with how the school workforce is structured. If we are going to make the best use of precious teachers’ time, then education needs to look at adopting organisational processes used by other sectors,” he said.

This might, for example, include hybrid models which have generalist teachers in schools and some specialist teachers working remotely to deliver courses to students across a wide number of schools.

E lá por fora, o fenómeno também não é novo, nem sequer as razões são muito diferentes.

The real reasons behind the U.S. teacher shortage

There’s a teacher shortage across the United States — but that’s not exactly news. The U.S. Department of Education maintains an annual list — state by state — showing the subject areas in which there are too few teachers going back to the 1990-91 school year. What’s new is the size of the shortage and the reasons for it.

(…) The reasons why this is happening are important. Teachers always come and go, but in recent years there are some new reasons for the turnover. Polls show that public school teachers today are more disillusioned about their jobs than they have been in many years. One 2013 poll found that teacher satisfaction had declined 23 percentage points since 2008, from 62 percent to 39 percent very satisfied, the lowest level in 25 years. Fifty-one percent of teachers reported feeling under great stress several days a week, an increase of 15 percentage points reporting that level in 1985.

Report: National Teacher Shortages A Result Of Low Wages, Tough Political Environments

A new report has found that a combination of low salaries, tough political environments and accountability measures are contributing to a national teacher shortage, leading some classrooms to be led by instructors with little experience.

Em outras paragens ainda há uma discussão sobre o tema, ao contrário de cá, onde a larga maioria dos políticos está de acordo, pois aquilo que o ministro Costa apresentou poderia ser qualificado como ir “muito além da troika”. Imaginem que em 2012 alguém propunha quadros de professores intermunicipais, sem vínculo permanente a qualquer escola/unidade orgânica.

NSW parliamentary report reveals deep political divisions over fixing teacher shortages

(…) Inquiry shows ‘disdain’ to teachers

(…) The committee heard from teachers whose mental and physical health was suffering, and one who said they had become dependent on alcohol to cope with burnout.