A Chuva, Pelo Norte, É Outra

Retirei um “já”, porque o jornalista parece que começa quase todos os parágrafos dessa maneira.

Professores manifestaram-se hoje em Penafiel e Castelo de Paiva

(…) Ana Ferreira, outra docente em greve à porta da escola alertou “para os condicionalismos que nos tentam impor, nomeadamente com esta greve que acaba por ser bastante significativa na adesão dos professores, mas que, infelizmente, não tem o impacto que desejávamos, pois, a direção da escola sem nenhum professor nas salas de aula mandou os alunos para as mesmas. E eu questiono se isso é possível, pois não estão neste momento em pleno serviço profissionais suficientes para tal”.

Já António Pinto, diretor do Agrupamento de Escolas de Penafiel Sudeste, em declarações exclusivas ao Novum Canal adiantou que “como diretor a minha preocupação para com os alunos prende-se com a sua segurança e que melhor segurança do que ter os nossos alunos nas instalações e em segurança? O meu papel como diretor prende-se com uma atuação geral quer dos nossos alunos, quer dos nossos professores que, como puderam ver, fizeram greve sem nenhum tipo de condicionalismos ao seu direito à greve”.

5 opiniões sobre “A Chuva, Pelo Norte, É Outra

  1. Sem palavras para tanta idiotice. Há escolas do 1 ciclo que redistribuem os alunos do professor grevista pelos restantes professores que não fazem greve.

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  2. Os diretores no seu melhor papel! Capatazes!
    Já não se sentem professores,são outra classe . Já fui membro de um C.Pedagógico e ouvi a diretora referir-se aos restantes colegas que não pertenciam a este órgão como o “ povo “ e “meus colaboradores “, ao estilo patrão, quero dizer CEO. Pensava ela que me comprava ao dar-me um tratamento especial. O mesmo acontece com os diretores e os governos. Gente que não presta .
    Em relação aos professores que recebem os alunos dos outros colegas que estão em greve,não passam de tarefeiros, tenham vergonha!

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  3. Na escola onde estou colocada (Norte), nas reuniões do início do ano, fiquei perplexa com a quantidade de vezes que ouvi a seguinte afirmação: “É preciso respeitar as hierarquias”, porém verifiquei que as pessoas estão tão anestesiadas que já não analisam as entrelinhas da linguagem e os tiques de autoritarismo. A democracia em Portugal, para os governantes, só se escreve com maiúsculas na hora de apelar ao voto. Uma vez realizado o ato eleitoral, voltam-se a ignorar (desprezar) os cidadãos e as suas legítimas expectativas. A res pública passa a ser gerida em prol de interesses ocultos e privados, em contrapartida, o cidadão comum só volta a ser importante volvidos mais quatro anos. No decurso desse tempo os micro poderes obedecem acriticamente às ordens emanadas do poder central e exercem esse poder de forma prazerosa e sádica. No que ao funcionamento das escolas concerne, alguns diretores e seus prosélitos comprazem-se em tiranizar a vida àqueles que outrora foram seus pares. Fazem-no acobertados e legitimados pelo manto do Poder e da Lei. Estratégia dissimulada de opressão: Dissemina-se o poderzinho por umas centenas e amesquinham-se milhares.
    Obrigada ao sindicato S. TO. P por fazer de moscardo. Os outros sindicatos em vez de se coçarem deveriam aderir à luta.

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  4. uma especificidade da organização escolar: se uma percentagem de auxiliares fizer greve a escola fecha; se a totalidade dos profs fizer greve a escola continua aberta, com os estudantes no seu interior.

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