Material Das Reuniões De Rede, Para @s Director@s Reflectirem E Espalharem A “Cólidade” Educativa Em Cascata

Agradeço o envio a uma das habituais “mãos amigas”, que ficam no anonimato, para o ministro Costa não se descompensar (mais). O “pafismo” educacional continua vivo!

Ele Descontrola(-se)

O uso do termo “municipalização” e “câmaras” para dizer tecnicamente uma verdade (não serão as câmaras a tomar certas decisões), mas pela metade (serão órgãos intermunicipais). Aquele tipo de habilidade que faz sucesso em reuniões de associações de estudantes, em certos tempos e ambientes. Mas nota-se o crescente desconforto e incapacidade para lidar com a adversidade. O verniz da sonsice a estalar.

Hoje, Pela Manhã, Na CNN Portugal

Ahhhh… o raio dos anúncios. Mas lá para o fim dos 9-10 minutos, acho que nos divertimos. Não deu foi para descarregar o vídeo, que eles protegem aquilo por causa de direitos de autor e etc. Fica a ligação. Mais abaixo fica uma gravação, feita pelo Veronesi, a partir da TV.

Escola: “O primeiro período foi conturbado, mas era previsível o que se iria passar”

A partir da TV do Veronesi, que ainda arrisca que lhe cortem a conta no Ytube.

Mas As Negociações Não Estão “Suspensas”?

Foi isso que nos foi dito pelos “8”, com destaque para a Fenprof, para desaprovar a greve do S.TO.P.; que não fazia sentido andar em greves com as negociações “suspensas”. Ontem, o dirigente sindical que esteve na minha escola e que foi orgulhosamente apresentado como um dos negociadores que estiveram na última reunião (finais de Novembro) disse que o ministro Costa, nessa mesma reunião acusou os sindicatos de andarem a espalhar fake news e mentiras e que dessa forma as negociações ficavam “suspensas”.

E depois houve aquela coisa de pedirem as gravações das reuniões anteriores, as actas, etc. Porque, notoriamente, alguém anda a mentir.

E o ministro apareceu, em conferência de imprensa, “agastado”.

Agora declara-se “surpreendido”.

Em tempos, afirmara que a realidade é “desafiante”.

Muita adjectivação para tão pouca uva e muito curta parra, que deixa quase tudo à vista.

Sindicatos querem que ministério recue em algumas das propostas para a revisão do modelo de recrutamento e mobilidade.

Perante isto, o que me parece é que se confirma que o ministro Costa tem uma relação difícil com a realidade (não conseguiu, claramente, distinguir entre o ambiente das visitas vip controladas e o estado de espírito da maioria dos professores) e com a “verdade”, percebendo-se melhor a deriva anti-conhecimento que está a imprimir ao currículo. Porque o que está em causa é a discordância sobre o que deveria ser objectivo e deixemo-nos de tretas relativistas e tal acerca do que é dito, escrito e filmado ou gravado em cassete pirata.

Mas também me parece que a Fenprof lhes está a enviar uma boia de salvação, ao pedir que ela ceda em “algumas” propostas, para as poder apresentar como “grandes conquistas” quando mais não são do que mirradas condescendências, mantendo-se o essencial das políticas desejadas.

Em 2008, Carvalho da Silva e Vieira da Silva terão sido fulcrais para que o protesto fosse amansado como o “entendimento” de Abril. Tudo se passou acima do escalão de pagamento das próprias lideranças sindicais dos professores, que se limitaram a assinar e espalhar a má nova, embelezando-a.

Agora, parece que as coisas estão a tentar decidir-se num plano mais baixo, com o João agastado com alguém, Mário incluído, a birrar e a acabar as reuniões (como o “meu” joão birras) e agora a dizer-se surpreendido, enquanto o Mário lhe pede para se voltarem a reunir, a fazer as pazes e a traçar umas tordesilhas enviesadas.

O que me transmite cada vez mais a sensação de estar a assistir a uma opereta de má qualidade, burlesca, com actores de uma segunda linha, mais preocupados com o que irão fazer quando saírem deste palco, do que seja com o que for, pouco se ralando verdadeiramente com a temperatura em que irão grelhar os mexilhões ao sunset.

Barganha No Horizonte?

Foi também o que se notou nas entrelinhas do que disse o “joão birras”, ontem, na minha escola, até logo no início da intervenção. Mas tergiversou quando inquirido e nunca foi explícito ao que poderão ser considerados os limites inultrapassáveis. Com a fne completamente vaporizada e o s.to.p a fazer uma versão da fenprof dos anos 90, esta foi empurrada a assumir o velho papel da fne, do sindicalismo que sabe que têm de ser feitos compromissos.

O problema que não sabemos o que as cúpulas consideram ser passível de “cair” nas exigências. Dizem que vão consultar os professores, mas a experiência diz-nos que muitas reuniões são feitas com actas à moda do socialismo democrático ou das eleições presidenciais americanas em alguns estados. Uma vitória pela margem mínima – ou mesmo sem qualquer contabilização de opiniões – é considerada como uma vitória completa ou um consenso em torno das propostas pré-definidas.

È este o enorme perigo e a razão para o homem ter ficado mais de dez minutos sem olhar para a metade do auditório onde o chato estava de braço no ar. Porque sabia que não tinha respostas para perguntas que lhe foram colocadas com imensa concisão e clareza. Claro que ele prefere aquelas intervenções inflamadas, muito intensas, mas onde se perde o ponto final, abrindo o caminho para respostas em modo de composição sobre a primavera no campo.

A imagem é desta notícia do Público. Nem toda a gente consegue aceder ao “miolo”, por isso fica aqui o comprovativo.

Depois, admiram-se. Porque não são perfis falsos.

Memórias de 2018

Repousavam no meu cacifo desde Julho de 2018 as escalas de duas semanas de greve às avaliações de então. Sou conhecido por ser uma espécie de acumulador de recordações, físicas ou apenas no sótão dos meus macaquinhos. Feitas em parceria com o meu colega e amigo Vítor Barros, ao final de cada dia, tiveram a participação e colaboração de toda a gente, de um modo espectacular, que eu gostaria que fosse repetível, mas há nomes naquelas listas que já foram embora. Devo também ter por aí as tabelas com os dinheiros do fundo de greve criado que permitiu devolver cerca de um terço a metade do que as pessoas deixaram de receber então. Não deu para mais e só foi assim, porque houve quem prescindisse de receber fosse o que fosse.

Agora, para 2023, até porque entre mim e o Vítor começamos a ter uma média de idades acima dos 60 (e um acumulado de cerca de 70 anos de docência), expliquei a algumas colegas que é tempo de passar o testemunho à “nova guarda” que anda ali pelos 30-40 (não quero ofender ninguém, ok, parecem todas ter 25), porque precisamos de sangue novo ou, pelo menos, mais novo um par de décadas.