Dia: 24 de Dezembro, 2022
O Natal Das Escolas
Quase como dos hospitais, mas sem o Marco Paulo, a Àgata, a Lara Li ou o Eládio Clímaco. De um coordenador de estabelecimento, prosa que acho merecedora de destaque devido a uma qualquer razão que já esqueci. Mas não podia deixar de partilhar esta reflexão em forma de coiso e tal, plena de positividade e aconchego.
Olá colegas
Chegados ao final deste ano civil, que coincide com o final do 1º período, é sempre bom fazer uma reflexão, sucinta, prática e precisa.
Enquanto ser humano, enquanto coordenador, é muito fácil verificar a diversidade de personalidades existentes na nossa comunidade escolar. Esta curta, ainda, experiência permite-me aferir que todos os seres humanos são possuidores de uma força de vontade, de uma dedicação sem igual, em causa própria, sem margem de dúvida. Em causa profissional, essa mesma dedicação é posta em causa por múltiplos fatores e variáveis que nos tentam, a todos, desviar da nossa essência e de igual forma retirar energia e cumplicidade no processo. Mas não esqueço quem somos, e como somos, na nossa essência e em causa própria, pelo que não posso deixar ninguém esmorecer ou ficar para trás.
A questão que me surge, dia após dia, é como fazer convergir uma pequena parte dessas forças, numa só, a do ensino, a de uma escola feliz, a de uma escola onde todos se consigam sentir (minimamente) realizados, sobretudo numa escola com características tão especiais e peculiares como a nossa. Acabaram de ler neste parágrafo o meu foco de luta diário.
Alguém disse, o homem sonha a obra nasce, eu sou esse homem, a sonhar, desculpem esta utopia, mas é assim que quero viver.
Aproveito este momento para pedir desculpas a quem não consegui chegar na plenitude das minhas faculdades. Estas falhas, palavra de honra, não caíram no vazio, acabaram por ser aprendizagens. De igual forma partilho convosco uma confidência, é extremamente gratificante perceber que consegui chegar a alguns de vós, e sentir, que juntos, somos uma parte, de algo muito maior, a construção de uma peça do amanhã.
Gratidão é uma palavra que está muito na moda, é essa mesma palavra eu deixo aqui para todos os meus colegas, ao seu companheirismo, pela suas partilhas e profissionalismo. De igual forma faço aqui um reconhecimento, as técnicas, pela sua postura e apoio, em todas as iniciativas, quer à pessoa do coordenador, quer sobretudo aos diretores de turma, mesmo quando mergulhadas nas imensas solicitações e em simultâneo. Finalizo este parágrafo de gratidão, aos assistentes operacionais que me disseram e vos disseram, presente, sempre que o momento justificou, criando os mecanismos próprios para que o nosso dia a dia funcione sem constrangimentos.
Nesta pequena pausa de interrupção letiva, desejo que descansem, que aproveitem os vossos, que espalhem boa disposição, que recebam sorrisos. Não vos desejo isto de forma totalmente inocente, faço-o, porque pretendo arrecadar juros de todos estes sentimentos e vivências, recebendo-vos com as baterias bastante carregadas e prontos para abraçar a minha utopia.
Se com estas minhas palavras conseguir atingir uma população considerável da nossa comunidade escolar tenho a certeza que, com a vossa força, com vosso empenho e com a vossa dedicação, vamos de certeza atingir patamares de sucesso mais elevados, assim como de bem-estar, de amizade, que em conjunto fazem atingir um dos pequenos itens da felicidade.
Agora é tempo de parar de ler e viver a quadra natalícia da forma mais adequada que só cada um sabe como o fazer, de uma forma muito própria e personalizada.
Saúdo-vos, com um enorme e caloroso abraço, a vós e aos vossos familiares, num momento muito curto de partilha de fraternidade deste vosso amigo omnipresente.
Como tal, que tenham umas Santas Festas e como alguém disse, façam o favor de ser felizes!
Com os melhores cumprimentos,
(…)
p.s. por favor, se verificarem que este e-mail não chegou a todos os colegas, reencaminhem. Obrigado.
Reencaminharam e, já agora, para a próxima o colega que use o bcc, porque assim fica tudo à vista.
O Resultado De Aprendizagens Demasiado Essenciais…
Sábado, 24
Véspera de Natal que, mesmo para quem não é cristão ou adepto de tradições, deveria ser um momento de pausa para aproveitar e pensar um pouco sobre a melhor forma de ser e agir e, já agora, de dar como “prenda” a si mesmo um pouco de bom senso, mercadoria rara nos tempos que correm, mas que muita falta faz. Para isto não ficar um post muito choninhas, digamos que o bom senso pode exemplificar-se, pela negativa, com a entrevista em chocarreiro do actual primeiro-ministro à Visão. Digamos que aquilo tem tanto espírito natalício quanto uma piada do senhor scrooge.
Portanto, comemorem ou não a data, ao menos aproveitem o fim de semana para pensar nisso. No tanto que nos faz falta o bom senso.
(c) Christopher Weyant