Dia: 29 de Dezembro, 2022
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In Memoriam (1940-2022)
In Memoriam (1941-2022)
Não, A Tecnologia Até Pode Tornar O Quotidiano Mais Asfixiante
Quando temos gente que acha que devem descarregar grelhas de monitorização para preencher a qualquer hora, de qualquer dia, que não consegue perceber o que são procedimentos redundantes ou que apenas querem “brilhar” na sua add com malabarismos e piruetas digitais sem grande substância, a tecnologia é apenas mais um factor de pressão sobre a maioria dos docentes.
Stress e burnout nos professores: A tecnologia pode ser a solução?
O que o sonso ministro e muitos dos seus apaniguados não querem perceber (ou acabam por culpabilizar os professores por assim estarem) é isto:
Perto de 90% dos professores admitem sentir stress no trabalho. Esta é a realidade portuguesa no setor da Educação, demonstrada pelo relatório da Comissão Europeia Professores na Europa – Carreiras, Desenvolvimento e Bem-estar, que coloca Portugal como o país da Europa com os níveis mais altos de stress associados à profissão.
Este é o resultado da acção conjugada dos últimos 20 anos de gestão dos recursos humanos docentes na Educação, desde o que não conseguiu fazer, passando pela que fez e pelo que se aproveitou disso, mais o nulo que quase nada reverteu e aquele que se revelou um triste herdeiro da tal que abriu quase todas as portas ao desmando e arbítrio.
Que se lixem os que alinham por trincheiras partidárias na análise. Não há inocentes em todos os arcos da governação nas últimas duas décadas. Por acção ou inacção, todos partilham a responsabilidade e que tenham decoro quando dizem que “não adianta estar agora à procura de culpados”. Adianta, para que não nos apareçam, de repente, de novo, como se soubessem a solução para isto, quando não a praticaram.
E não nos esqueçamos que há quem agora esteja de fora, mas antes tenha estado por dentro do “sistema”. Porque não é por andarem por aí uns transviados do psd e cds em novas agremiações que me faz esquecer por onde andaram em invernos passados.
Almoço De Amigos
A Amiga Da Outra
Recuperando uma notícia de 2019.
Mulher de Medina recebe prémio de 17 mil euros da TAP em ano de prejuízos recorde
As Demissões, Com A Noite Avançada
Primeiro a secretária, agora o ministro e um secretário. O ministro que continuava, tipo sempre-em-pé, depois de mais uma barracada monumental, quase tão grande como aquela do anúncio do aeroporto. Essa mais política, a destes dias de natureza mais ética e moral. Mesmo que isso não faça grande diferença a quem anunciou que temos de nos habituar a “isto” durante mais 4 anos (volta, Santana, estás mais do que perdoado e atrás de ti viria quem de ti quase faz um homem de Estado, digno representante da ética republicana). Indo embora o ministro que já deveria ter ido, resta o problema das pontes com o pessoal mais “radical de esquerda” ficarem quase todas quebradas, a menos que convidem o Rui Tavares para qualquer coisa ou recuperem a Alexandra Leitão (que se descobriu uma firme mulher de Esquerda maiúscula, mal foi dispensada do governo minúsculo).
Há quem nos queira fazer acreditar que as maiorias absolutas são necessárias por cá, por causa da “estabilidade”. Curiosamente, esta maioria absoluta esboroa-se a partir de dentro ao fim de uns meses, quando a maioria relativa da geringonça se aguentou, bem hirta, um mandato inteiro e mais uns tempos, meio trôpega. Em sociedades como a nossa, em que a estrutura político-administrativa é hiper-partidarizada, uma maioria absoluta é apenas uma carta branca para a sensação de impunidade de quem tem o poder de abusar da sua posição. Este ministro já se tinha destacado pela forma como estima a sua “família alargada” e como, graças a uma formação política muito precoce, os seus familiares, amigos e conhecidos são dos mais competentes no país para ocuparem cargos onde ela possa ter uma mãozinha. O mesmo se notou com o outro ministro envolvido nesta embrulhada durante a sua passagem por Lisboa.
Ahhhh e tal, os outros também fizeram e fazem o mesmo sempre que podem.
Concordo, mas por isso mesmo é que se torna indispensável mostrar-se que não basta proclamar superioridades éticas, sendo muito importante praticá-las e marcar a diferença.
Ahhhh e coiso, acham que a oposição (ou oposições) fariam melhor?
Não faço ideia e acredito que não, porque o PSD me parece completamente desprovido de quadros válidos para várias áreas da governação, com a excepção de umas velhas relíquias e de uns quantos que me fazem lembrar os “novos” do ps, a caminho da meia idade e a meio das ambições de carreira.
Então, assim sendo, o que fazer, o que ganhamos com diagnósticos tão negativos e sem a apresentação de propostas de amanhãs luminosos?
Comecem(os) por ir varrendo a casa, que as grandes revoluções, mesmo as recentes têm acabado mal. Basta olhar para a queda da URSS e para a Primavera árabe e digam-me qual o saldo da coisa. Substituir “plutocracias” em diversos estádios de cleptocracia por outras, adianta pouco, com a desvantagem de essas virem frescas a aparentemente legitimadas por se terem oposto à anterior.
A sério… comecem por fazer a limpeza das vossas proximidades, que isso é coisa que custa muito mais do que parece e a partir daí logo podemos falar do resto.