Dia: 1 de Janeiro, 2023
Num País Desenvolvido, Longe De Si
Está aqui tudo o que nos dizem que devemos ter ou fazer, mas a maioria não terá, nem conseguirá fazer, por falta de meios adequados e da limitada literacia digital de muitas famílias (e não só).
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A Ler
Com muitos exemplos, como os que conhecemos por “dentro”, mas nem sempre são compreendidos “de fora”.
Outra vez os professores na rua?! Vou contar-vos umas histórias…
Veja Lá, António, Se Os “Velhos” Estiverem a Atrapalhar, Rescinda-lhes O Contrato
Domingo, Dia 1
Não vale a pena colorir as coisas de tons suaves, 2023 não se adivinha muito positivo ou pacífico. E por aqui, o retrato pessoal que será feito, seguirá a lógica de informar o que for possível e estiver disponível, comentando as coisas de acordo com o meu olhar individual, o qual, há muito, não pretende ser consensual ou abranger todas as sensibilidades. Só a minha já dá muito trabalho. E gostava que as coisas fossem entendidas sem equívocos, em vez de, de um modo recorrente ao longo dos últimos 15 anos (e mais um pouco), me aparecerem coisas do tipo “ahhhh e tal, tu não gostas é de te comprometer e estás na defensiva e o camandro”.
Em primeiro lugar, é verdade, não gosto de me comprometer com qualquer tipo de grupo ou facção que considera que a unidade ou união se constrói sobre silenciamentos, com o colectivo a sobrepor-se ao individual. Nesse caso, sou “liberal” no sentido original do termo e sou incompatível com lógicas tribais fechadas. Não me peçam algo que não faz parte da minha natureza. Quem não gosta, tem remédio simples, deixa de ler, porque a porta que está sempre aberta para entrarem, não impede que saiam desde que assim o entendam. Há quem ache que isto é arrogância ou egocentrismo. Já ouvi isso tanta vez que já nem me apetece muito negar, só estranhando que exista quem pensa que um blogue pessoal deve servir de “correia de transmissão” desta ou aquela corrente. Sei que há quem siga essa lógica, mas não é o meu quintal (trocadilho fraco, mas voluntário).
Em segundo lugar, a “defensiva”, curiosamente, é por muita gente considerada “ofensiva” (no seu duplo sentido) e nos dias ímpares consideram que eu estou sempre a “atacar”. Nem uma coisa, nem outra. O que está em causa é que, em alguns momentos, acho melhor parar para pensar e analisar as coisas, do que andar a correr para dar a sensação de movimento e de se estar a fazer qualquer coisa que, não é raro, pode ser apenas um disparate irreflectido. Claro que nem sempre acerto nas previsões que faço, nem sempre consigo perceber exactamente tudo o que se está a passar, até porque estou aqui sentado, raramente faço contactos a “escavar” seja o que for e as minhas fontes são voluntárias, incluindo as que me tentam enganar. Agora não tanto, acontecia mais no tempo do Umbigo. Mas regressando á questão da “defensiva”… se perante um problema me sugerem alternativas que me desagradam, digo o que me desagrada, esperando com isso que possa ser feita alguma mudança que torne alguma delas mais ajustada ao que penso ser acertado. Com a consciência de que é apenas a minha opinião e ninguém tem qualquer dever de a seguir. O que não gosto é de troca-tintas, que andam de bem com deus e o diabo, gostando de tudo e do seu contrário. Isso é que é o total oposto daquilo que sou. Prefiro dizer que não gosto do prato de peixe e também do de carne, em vez de elogiar os cozinheiros, só para ficar bem na selfie do grupo.
Resumindo… não se espere que em 2023 mude muito, até porque com a idade vamos ficando com as articulações menos flexíveis e as minhas vértebras sempre foram pouco dadas a dobrarem-se, à espera de que caia na mão qualquer recompensa pelo ocasional ou oportunista alinhamento. Antes andar só, do que andar em grupos onde está gente a quem eu não compraria um carrinho de linhas novo. Mas não escondo isso, portanto, se ainda não se habituaram, parafraseando Costa, o primeiro, é bom que o percebam. A vantagem é que não peço nada a ninguém e muito menos ando a sacar seja o que for. Ou a copiar, mastigar e apresentar o alheio como se fosse meu.
“Meu” será este “espaço “quintal” porque, por acaso, até paguei para ter mais espaço e não aparecer qualquer tipo de publicidade. Portanto, por favor, não me obriguem a andar a repetir este mantra e se querem saber o que penso ou pensei e fiz no passado, usem o google, não tenham a preguiça de quem pergunta, podendo saber sem dar trabalho a terceiros, informem-se, porque eu não pedi para apagarem a minha pegada digital.