Amanhã Vou (Re)Encontrar Amig@s

Que em alguns casos não vejo há anos. Muitos. Mas também gente de conhecimento mais recente. Será momento para alguns abraços de grupo, a pensar que já ali estivemos, já fizemos aquilo e… esperamos que não acabe da mesma forma. Já percebi que haverá iconografia nostálgica, incompreensível para quem não viveu esses anos de chumbo por dentro, diariamente com um alvo nas costas. Os tempos do Umbigo com centenas de comentários para gerir em alguns posts. Que eu não queria reviver quando o “descontinuei” em 2015, depois de aguentar com os anos da troika, quando muita gente se aquietou e fez acordos de bastidores. Confesso que não me apetecia mesmo nada passar pelo mesmo ou muito parecido. Horas aqui, agarrado ao teclado. A ter de ver conferências de imprensa inanes. A ouvir ou ler “jornalistas” que podem ter convicções, mas parecem ter mais conveniências e traumas mal resolvidos que não nos cumpre curar agora.

Custa-me ter-se confirmado o que andei anos a dizer, perante a incompreensão quase generalizada, acerca desta nova versão da “reitora”. É só irem aos primeiros tempos dele como ministro e poderão confirmar o que disse acerca da sua passagem para o primeiro plano. De forma algo visceral percebi que era um enganador nato, ardiloso, dissimulado, a jogar com as palavras, a eximir-se às responsabilidades, que alijava sempre para outros. No único debate em que estivemos cara a cara (um Prós e Contras, que me valeu veto para o futuro) fui obrigado a dizer-lhe que não estava ali para truques de linguagem. Até porque não tenho idade para jogos florais de malta que “dominava” associações de estudantes no secundário ou mesmo no superior. Carreiristas, com um pé na beatice outro na pseudo-revolução.

Queria que nos reencontrássemos por outras razões. Não para novo palmilhar da Avenida, que desta vez não farei até ao fim, como nunca fui até à foz/nascente dos discursos e grandes esperanças. Mas é uma questão de feitio. Amanhã voltaremos ao local do costume, porque no passado dia 17 estivemos apenas alguns.

Boa noite, portanto.

Ainda Ali Por Gaia

Um@ director@ mandou as coordenadoras das escolas do 1º ciclo, entre outras coisas, assegurar pessoalmente a abertura dos portões das escolas e retirar os avisos relacionados com agreve porque, alegadamente, estão “desactualizados”. O que é mais triste é que eu tenho o documento, mas não o devo publicar, porque as suspeitas poderiam levar a represálias. E, por Gaia, já se sabe que todo o abuso em nome do poder que está tem tripla cobertura (ME, CM e Fedapagia).

O Feudo Nortista

Não é apenas o director do JN que entra em descompensação. Ao Manuel Carvalho do Público também deu um ataque de “ética” acerca do comportamento da “classe” dos professores, porque é sempre complicado quando ele aborda um tema sobre o qual se doutorou com uns meses de aulas dadas há uns 30 anos. Ele nem sequer tenta compreender o que motiva a rebelião dos professores, sendo que parte da revolta nasce de prosas como as dele. Ali por aquelas bandas existe um ecossistema peculiar, que tem o seu epicentro em Gaia. Como se pode confirmar pela forma sempre “responsável” como a autarquia que tem o ex-pai Albino a liderar a Assembleia Municipal gosta de tratar estas questões. E basta saber o trajecto do senhor que assina como director das políticas sociais do município.

A Grande (E Única?) Novidade Da Conferência De Imprensa Do Ministro Costa Foi…

… que existe uma cirurgiã em Portugal que tem o telefone do ministério ou do ministro e que vai com o telemóvel para a entrada do bloco operatório. Se eu achasse que a história era real e que a dita médica abandonou a cirurgia por causa da greve dos professores, perguntaria em que hospital ela trabalha, para o evitar no caso de ter uma unha encravada.

Em matéria de demagogia populista isto só tem paralelo com a senhora da Confap, toda emperequetada no seu popós a falar para a televisão acerca dos encarregados de educação despedidos por terem de ficar com os filhos em casa. Ainda bem que foi completamente cilindrada pelo André Pestana e, em especial, pela Rita Garcia Pereira, num debate para o qual não tem qualquer tipo de competências.

O qualificativo que me ocorre acerca deste tipo de argumentário é… sórdido.

A Conferência Do Ministro Costa

Início morno, mas parte para a questão das “crianças” e a sua “estabilidade emocional”. Se isto não é “populismo”, o que será? Falta de decoro, pura e simples.

Que estão ainda a decorrer as negociações.

A greve é “atípica” e “desproporcional”.

E agora passa à cartilha do artigo do Público. A mesma treta.

O governo “reconhece” imensa coisa, incluindo “disponibilidade para negociar”.

Apela aos “representantes dos professores” para haver “estabilidade”. Compreendi-te…

Passa às perguntas… ou seja, wtf… para que foi isto?

A SICN e a CNNP já o despacharam. A RTP3 continua.

O SE Leite, como ex-sindicalista, vem com a questão dos “fundos de greve e diz que “não descarta nenhum instrumento legal” se acharem que existem irregularidades. Nada como, realmente, ter pedigree.

Em outra resposta, diz que quer encontrar soluções com os sindicatos. Compreendi-te, outra vez…

E volta a “desconformidades” relativamente à greve e os pré-avisos.

@s jornalistas insistem na urgência da conferência de imprensa. Se é para tentar desmobilizar a manifestação. O que é tarde. Não consegue sorrir, embora tente.

Agora diz que está preocupado com a “imprevisibilidade” da greve. Que os pais estão muito preocupados… e depois, uma médica que estava a entrar no bloco operatório e foi chamada para ir buscar a filha à escola… a sério, os pareceres foram pedidos por causa disto? Para garantir a “previsibilidade” às famílias não descarta nenhum “instrumento legal”?

A greve por distritos não suscita dúvidas porque é “previsível“… Compreendi-te mais uma vez…

Agora os “serviços mínimos”… já se percebeu que irão para as “necessidades sociais impreteríveis”

E agora desmente que a “municipalização” da contratação de professores alguma vez esteve em causa…

Não diz se haverá mesa única de negociações, porque só o dirá aos sindicatos.

O comentador da RTP3, do Jornal de Notícias, faz o papel de assessor de comunicação do ME. Se isto é um “jornalista”… para ele a greve é “selvagem” … como se pode confiar num tipo assim para “informar“? Se até diz que a “maioria dos professores” está de acordo com o ministro? Onde é que o senhor Rafael Barbosa fez essa sondagem? O homem está mesmo on fire. O nível de insinuações e acusações que faz é indescritível… o Jornal de Notícias “sabe” que isto e aquilo e que a “sociedade não pode ficar prisioneira de meia dúzia” ou mesmo que sejam “300” professores que instalam o “caos”, pagando aos funcionários.

Dá a sensação da intervenção do capataz do JN ter sido a principal razão para haver conferência de imprensa e abrirem-se os mesmos portões de agressividade de 2008.

Uma intervenção completamente destravada, desembestada, quiçá “desproporcional”. Uma completa palermice do director de um jornal diário que se assume como gazeta do governo, ou melhor, de um partido político.

Phosga-se, Rafael Barbosa… mereces uma comenda no 10 de Junho.

Ao ouvir isto, quem estivesse indeciso, acaba de marcar uber para amanhã.

Noticiário Local

Isto é quase tudo fruto da recolha de muitas dezenas de notícias pelo Livresco desde o início da semana. A primeira é de hoje, porque é aqui de perto, mas o resto é uma compilação da semana.

Professores de Palmela desfilaram pela dignificação das carreiras e da escola pública

Educação “une” professores e alunos em protesto no Agrupamento de Escolas Rainha Santa Isabel em Coimbra (com vídeos)

Greve dos professores encerra escola Soeiro Pereira Gomes (c/áudio) 

A falta de professores motivou o encerramento da escola Soeiro pereira Gomes em Alhandra

«Cansados e ignorados», professores fazem greve em Faro

Greve de professores e auxiliares encerra Escola Secundária D. Manuel Martins

Greve dos Professores: Melgaço (também) pede “Respeito” pela profissão

Greve de professores fecha várias escolas em Oliveira do Hospital

Greve dos professores. Adesão total nas escolas de Lagoa no Algarve

Professores de Santarém manifestam-se no largo Cândido dos Reis

Greve de professores nos dois agrupamentos escolares da Guarda

Greve de professores volta a deixar centenas de alunos sem aulas na região [Leiria]

Professores fazem-se ouvir em Albufeira

Professores da Secundária da Sé protestam contra «ilegalidades» do Ministério da Educação

Greve de professores. Mega agrupamento de escolas em Sintra sem aulas desde início da semana

Alunos aderem ao protesto dos professores na Escola Secundária D. Pedro V em Lisboa

Pais e auxiliares juntam-se ao protesto dos professores em escola de Santiago do Cacém

Lousada: “No futuro não vamos ter professores, mas pessoas sem qualificação a debitarem matéria” – Nuno Costa, escola EB 1 de Campo | Verdadeiro Olhar

Escola Espinho 2 encerrou devido à greve de funcionários e professores

13 De Janeiro – Imagens Do Dia – Parte 2

Segunda ronda… algumas imagens foram “recortadas” para caberem melhor no enquadramento. Ou então fui eu que cortei bueiros, alcatrão, sinais de trânsito ou carros.

Águeda (com bandeira da Fenprof e tudo), Alhadas (Pintor Mário Augusto), Beiriz (Campo Aberto), Carnaxide, Gandra, Guimarães (G. Vicente e Afonso Henriques), Lanheses (Arga e Lima), Matosinhos (N. S. Hora), Penafiel, Seixal (Quinta dos Morgados), Sintra (D. Carlos I), Vila Nova de Paiva, Arcozelo, Braga (Fraião), Fig. Foz (J. Barros), Freamunde, Lousada (Cristelos), Lustosa, Montijo (Poeta J. Serra), Poceirão (Palmela… o director deve ter-se passado, certo?), Santa Maria da Feira, Taipas, Felgueiras (Manuel F. Sousa), Macedo de Cavaleiros, Ponde da Barca. Fim da parte 2.