As minhas divergências com certas “novas” pedagogias não resultam apenas de embirração pessoal e observação directa da sua inconsequências práticas. Resultam também da percepção de muito do que conhecemos sobre o funcionamento do cérebro ter mudado imenso nas últimas décadas, não comprovando do ponto de vista da Ciência (já sei que há quem a considere uma forma moderna de religião, mas nesse caso sou um crente crítico), em especial das Neurociências.
Ficam aqui dois livros, o mais pequeno dos quais muito recente e que pelo preço que custa merece ser lido, para desmontar certas mitologias que continuam a basear teorias ultrapassadas pelo tempo e pelos nossos conhecimentos. Aliás, não sei até que ponto o afunilamento da formação contínua de professores e a mutilação do currículo não fazem parte de uma tentativa para que se considere como “ciência da educação” o que não passaria qualquer crivo de validação de estudos verdadeiramente “científicos”, pois mais não são do que estudo casuísticos, quase sempre feitos com o objectivo de confirmar as teses de quem os coordena ou orienta.
Os excertos são retirados do livro de Joana Rato a solo e são das paginas 18 e 68-69.
Essa é uma grande luta. Estão a destruir a escola pública.
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Exacto. E, para mim, esta é a questão central. E, não, não estou no décimo escalão. Sou um contratado a 90 km de casa.
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A doença de Alzeimer dá os primeiros sinais de incapacidade cognitiva exatamente por aí, pela memória.
Sem memória, ficamos como um disco formatado, plenos de total vazio.
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“É sem dúvida importante assinalar aqui que, neste ponto, existe uma concordância muito
vasta na literatura científica sobre a maior eficácia de um ensino explícito relativamente a formas menos orientadas e focadas na descoberta, mesmo entre os autores que defendem formas “construtivistas” de ensino (Jonassen, 2009 ; Schmidt et al., 2007 ; Spiro & DeShryver, 2009).”
Tirado daqui: https://www.iniciativaeducacao.org/pt/ed-on/artigos/ciencia/o-ensino-explicito-do-que-se-trata-porque-funciona-e-em-que-circunstancias
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Por não existir uma verdade absoluta sobre a pedagogia mais eficiente, é que o bom senso deve imperar, usando-se o modelo hibrido: consoante a circunstância, aplica-se o magistrocentrismo umas vezes e o construtivismo outras…
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Corroboro com o Mario Silva, pois é assim que defendo a pedagogia.
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Tu és mesmo uma pessoa educada!
Eu a isto «estudos casuísticos, quase sempre feitos com o objectivo de confirmar as teses de quem os coordena ou orienta»
chamaria “m***da” ou, para parecer mais polido, “lixo”! 🙂
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Só pus os asteriscos para o sistema informático não bloquear o meu sábio comentário! 🙂
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Recomendo a leitura de : ” The myth of the teen brain” na edição de junho de 2007 da Scientific American
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