Dia: 23 de Janeiro, 2023
Sempre Valeu A Pena Ir à RTP3 Na 6ª Feira
Não é que o Bernardo Esteves se tenha dado ao trabalho de me perguntar de viva voz, mas ele sabe que quando publico algo, não é apócrifo.
Consegui ver uma imagem da notícia que me cita, penso que a partir aqui do Quintal ou da aparição televisiva, mas o que interessava mesmo é que a denúncia da vergonhosa atitude tivesse algum impacto.
Claro que o ME não comenta (porque não pode desmentir esta vergonha). Já o S.TO.P. parece ter entrado na fase da cassete, respondendo o mesmo a qualquer questão.
Anúncio foi publicado em blogs de docentes e está a gerar indignação na classe, no atual contexto de conflito extremado com o Governo.

O Maior Disparate Que O Ministro Costa Disse Na RTP3 E que Passou Praticamente Sem Que Ninguém Notasse
Ontem, ao ver o programa do RAP (mais fraco do que o que esperava), revi e re-ouvi aquela parte em que o ministro Costa disse que este é o período em que a carreira docente esteve mais tempo descongelada. Na altura, na crónica que fiz da “entrevista” anotei a coisa, mas não lhe bati o suficiente na ignorância.
Porque a carreira docente não começou com o governo de Sócrates ou quando o ministro Costa deu por ela. Podia consultar a família e descobrir que ela esteve descongelada até Agosto de 2005. Desde que comecei a dar aulas (1987) e tenho a certeza que antes, a carreira docente existiu sem congelamentos, logo, sem descongelamentos..
Mas, provavelmente, o “crianço” que lhe preparou os papéis para a entrevista andava ainda no 9º ano e não se lembra o ministro Costa, com aquele ar de sonso de quem nem se rala com o que diz, atirou a parvoíce para cima da mesa, como se nada fosse, por entre o resto das tretas.
Ministro Costa, a carreira docente foi congelada duas vezes por governos do PS, mas antes disso era uma coisa razoavelmente decente. Tenho evitado fazer a ligação para uma colega de Palmela que escreveu um texto a recomendar que consulte a família antes de falar em público sobre @s professor@s. Parece que tenho feito mal em tentar ser educado.
Por Famalicão
Pelo Bombarral
O ministro Costa e o seu mentor, Domingos Fernandes, foram devidamente recebidos no Bombarral.
João Costa foi recebido com vaias à entrada da Escola Secundária Fernão do Pó.
Transição Digital? PADDE?
Eu sei que existem experiências maravilhosas, em que tudo funciona como no século XXIII, numa utopia digital sem falhas. Mas também existe o mundo real. Um mundo real onde o ME manda para as escolas computadores imprestáveis, com cartões SIM que não funcionam ou requerem configurações adicionais dos computadores. e quem traz computador de casa, não consegue entrar na rede min.edu porque falta o diabo a ca(sete). Eu vivo no mundo real, não no mundo de fantasia ou naqueles oásis tecnológicos de gente que, quando um tipo de queixa, se arma em mete-nojo, que nós é que não sabemos fazer as coisas. Nada disso, a transição digital na Escola Pública está a agravar, em vez de reduzir, as desigualdades. As provas de aferição digitais, se avançarem em modo global, vão ser um descalabro, por muito que se trabalhe até Maio. Claro que a culpa será dos professores e das escolas, claro que se dirá que é indispensável mais formação e tudo isso. O que quase chateia mais é ser tudo tão previsível.
Não chega enviar kits tecnológicos de fancaria para as escolas para se fazer uma transição digital. É preciso muito mais. É preciso levar isto a sério. ´´e preciso ter um ministério a sério e não a m€rd@ de um departamento ou direcção geral das finanças, elas próprias já um ministério de refugo, para onde se manda alguém a quem se devem favores partidários. e é melhor ficar por aqui, ou ainda escrevo umas verdades e acabo em trbunal. E nam’apetece, porque está frio, por acaso no Inverno.
2ª Feira
Seria interessante saber qual foi exactamente a proposta do governo em matéria de serviços mínimos, para se perceber se o contra-ataque deve ser mais político ou jurídico. Se era dirigida ao pessoal docente, não docente ou a ambos. Quais os serviços que nas escolas queriam que funcionassem. Só assim se pode reagir de um modo focado e não em forma de correria. Espero que isso tenha sido esclarecido junto de quem decidiu manter uma nova manifestação para dia 28, embora sem aqueles contornos de sublevação de toda a administração pública.
Também seria interessante que a escalada da linguagem entre as diferentes lealdades sindicais não excedesse a intensidade dirigida contra a tutela. O mais simpático que li nas disputas entre as equipas 28J e 11F foi “ca’nojo” dirigido a colegas, só porque não partilham as suas opções. É assim que as coisas começam a descambar, em especial se as lideranças não tentam limitar estes excessos. A responsabilidade é maior em quem optou por se apresentar como mais “responsável”, mas depois deixa os operacionais à rédea solta.
Se o objectivo é lixar-nos, enquanto se safam para outras paragens, assim ainda acabam por conseguir.