RTP3, Depois Das 23.00

Para comentar o novo volume do Estado da Educação que, em 2023, é baseado nos dados de 2020/21, ano lectivo ainda marcado fortemente pela pandemia.

Depois de estar cerca de duas horas e meia a debater a homossexualidade feminina e outras “alternativas”, durante o século XX, na Fundação Mário Soares, é necessária alguma elasticidade mental, que não tem equivalência no tempo disponível, pelo que as imagens do dia vão ter de ser remetidas na sua maioria para amanhã. É que tenho de ler aquilo, nem que seja na transversal, e são mais de 500 páginas, embora as que interessem mesmo sejam um bocadito menos.

Até porque há partes assim, que basicamente… coiso e tal.

Promover sinergias entre valores.
Como fator de promoção da harmonia, do bem‑estar, da justiça e do desenvolvimento sustentável, a aprendizagem ao longo da vida pressupõe um currículo baseado em valores não através de formas prescritivas e dicotómicas, mas da autonomia intelectual e da ação informada dos alunos na sociedade, por exemplo, os valores de liberdade, justiça, solidariedade, equidade, coesão e bem‑estar pessoal e social. Para isso, é fundamental que o currículo veicule mensagens claras e sólidas em todos os percursos da educação sobre a relevância dos valores, no contexto de uma cidadania glolocal.

Existem Envelhecimentos Não Progressivos?

Do Estado da Educação 2021:

No que diz respeito aos recursos humanos, regista-se um envelhecimento progressivo dos docentes da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário. No ensino público, no Continente, em 2020/2021, a percentagem de docentes com 50 ou mais anos de idade ultrapassava os 55%, com exceção dos do 1º CEB (42,1%). Em contrapartida a dos que tinham menos de 30 anos era residual. Esta realidade mostra que não tem ocorrido um rejuvenescimento na profissão docente e que um número significativo de docentes atingirá a idade da reforma nos próximos seis ou sete anos.

Para A Maioria Dos Que Estão Na Carreira Há 20 Anos Ou Mais, É Mentira

E nem sequer vale a pena dizer que 39 anos completos de serviço, para quem teve anos incompletos no início da carreira, podem ser 45.

Os professores precisam de trabalhar, em média, 39 anos e ter 62 anos de idade para chegar ao último escalão da carreira, segundo o relatório “Estado da Educação”.