A Península De Setúbal Move-se De Forma “Imprevisível”? Mesmo Sem Os Mandantes “Sistémicos”?

Já tento arranjar imagens, mas pelo menos em Alcochete, Azeitão, Palmela, Setúbal encerraram hoje escolas, que não tiveram o síndrome da “escola eunuca” com que falei com umas colegas pela manhã. Até porque hoje noto mais moderação na partilha…

Por Viana (Monserrate)

Seria interessante que em outras paragens existissem menos medos e medinhos de tudo e mais algumas sombras.

EM DEFESA DO ENSINO PÚBLICO

A Constituição da República Portuguesa declara que aprender é um direito universal, considerando o Ensino Público como uma função essencial do Estado, promovendo a valorização social e pessoal dos cidadãos. Porém, temos assistido a uma degradação do Ensino Público e a uma crescente desvalorização daqueles que lá trabalham, pessoal docente, pessoal não docente e técnicos especializados. Para tal têm contribuído inúmeros fatores: insuficiente resposta de apoios pedagógicos para os alunos, falta de assistentes operacionais/técnicos, falta de psicólogos a tempo inteiro nas escolas, concursos e formas de recrutamento de professores, sistema de avaliação, degradação dos espaços físicos, entre muitos outros fatores.

As escolas vão sobrevivendo graças à dedicação de muitos dos seus profissionais: professores com horário completo ou incompleto, professores que assumem cargos de gestão e desenvolvimento de projetos, assistentes operacionais, assistentes técnicos e técnicos especializados. Presentemente, verifica-se um envelhecimento e um desalento da classe docente. Para além do grande número de profissionais que estão a abandonar o ensino devido a aposentações, doenças ou outras opções profissionais, verifica-se, com tristeza, um desinteresse dos mais jovens pela profissão, deixando, ano após ano, os cursos de professores sem candidatos.

Simultaneamente, vivemos um momento de grande transformação social, que canaliza para o Ensino Público alunos com uma multiplicidade de perfis, origens e condições socioeconómicas. Quem trabalha no Ensino Público sabe que só uma escola de qualidade poderá servir de elevador social para muitas crianças e jovens.

Quem trabalha no Ensino Público sabe que há decisões que contrariam ou, pelo menos, dificultam a concretização eficaz deste propósito maior. Basta referir, por exemplo, o parecer desfavorável aos desdobramentos das UFCD – Unidades de Formação de Curta Duração/Disciplinas, dos cursos profissionais, sem ter em atenção as especificidades das escolas/condições técnicas, ou a indisciplina, potenciada pela atual desvalorização do papel do professor na sociedade. Pode ainda referir-se a excessiva burocratização do sistema de ensino e um crescente facilitismo, que retiram tempo e energia aos professores e rigor às aprendizagens dos alunos.

Assim, face ao contexto atual, o Conselho Geral manifesta-se solidário com as reivindicações que os profissionais da educação têm vindo a apresentar publicamente, sendo certo que só haverá futuro para um Ensino Público de qualidade com profissionais motivados e valorizados.

Viana do Castelo, 25 de janeiro de 2023.

Por Faro

Hei-de arranjar maneira de colocar o hino até mais logo.

Hoje, dia 30 de janeiro, a ES Pinheiro e Rosa em Faro não teve aulas.

Professores e funcionários juntaram-se por uma escola de qualidade:

– Melhores condições para todos os trabalhadores da Escola Pública

– Contratação e integração nos quadros de professores e funcionários para uma melhor escola

– Integração do tempo de serviço em falta

– Desaparecimento das quotas de acesso ao 5º e 7º escalão.

Os professores juntaram-se  à porta da escola durante o início da manhã.

Novos períodos de greve serão organizados até ser encontrada uma solução.

André Lara