O Veronesi traçou as suas linhas vermelhas, sendo que por estes dias se multiplicam reivindicações de tudo e mais alguma coisa, sem o cuidado de estabelecer prioridades. Ele tem a vantagem de ter estabelecido quais são as suas, sendo que se nota que não chegou a viver o tempo em que a gestão escolar, com todos os seus defeitos, não era imposta em modelo unipessoal único.
À argumentação do Alberto vou colocar, desde já, apenas duas objecções:
No caso dos docentes, a reposição integral do tempo de serviço e a eliminação das quotas não devem ser apresentadas em acumulação com a exigência de um aumento salarial imediato, porque agravaria o argumento “orçamental” do governo para contrariar esta tripla proposta. Compreendo a questão do acréscimo não salarial na negociação, autónoma, relativa ao pessoal não docente.
Por outro lado, a consideração como não prioritário o tema da gestão escolar – sem qualquer impacto orçamental, sendo apenas uma opção politica – está a, implicitamente, aceitar-se o poder de mando dos tais Conselhos Locais de Directores.E transite-se a ideia de que o modelo único, hierarquizado e neo-feudal de funcionamento dos actuais poderes locais não é um dos problemas que impedem que o quotidiano escolar seja vivido de uma forma diferente, mais aberta, com menos receios ou medos, de um modo que até podemos considerar efectivamente “colaborativo” e “flexível”, assim seja preferida a opção de um modelo colegial, no exercício da “autonomia” das organizações escolares.
Resumindo, o regresso da Democracia às escolas por 120 euros mensais parece-me um bom negócio, por muito que alguns clamem que este modelo único, fechado e rígido é o mais adequado, atribuindo aos Conselhos Gerais poderes formais que poucos exercem a contento e de modo independente.
Bem visto, Paulo.
Trocar a democracia por 120 € é verdadeiramente vergonhoso.
Aceitar kapos nas escolas por 120€!!!!
Já agora, dá nojo o comentário do inquilino de Belém a instigar à população contra os professores. Tenha vergonha sr. Sousa.
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Não poderia estar mais de acordo. Se há matéria prioritária é a revisão do modelo de gestão. A reboque do fim dos diretores, muitos problemas ficam resolvidos nas escolas.
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Democratização da gestão escolar e fim do MAIA e do 54. Sem isso, pelo menos, quero que tudo se f***!
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Concordo, plenamemte. Mas ninguém fala sobre a tirania da gestão das escolas. Quando entro na escola, entro num velório … A Malvadez e inépcia dos directores continua intocável…
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Concordo plenamente!
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