As declarações do secretário de estado da educação deixaram-me baralhada ou talvez não!!!
Qualquer coisa como: “… o que nós consideramos ser os Serviços Mínimos e que realmente era dar resposta aos mais frágeis das nossas escolas e o sindicato não foi sensível (e ainda bem!) não é a nós é aos alunos mais frágeis” e eu acrescentaria que, coitadinhos têm sido tão mal tratadinhos pelos professores!
A mensagem que ele passou contraria não só o direito à greve, como o conceito de inclusão.
Pensa comigo pf.
SE:
– os alunos, a partir do dec lei 3/2008 deixaram de poder ser encaminhados para instituições de educação especial para passarem a estar na escola todo o período de ensino básico.
E SE:
– com a aprovação do dec lei 54/2018, passou a haver a intenção/obrigação de TODOS os alunos (mesmo os mais graves) frequentarem a turma.
ENTÃO:
Com os SM, voltamos ao dec lei 319/2019!
Será melhor abrirem de novo as instituições de EE.
Ah, desculpa, lembrei-me… fica mais caro!
ESTES ROMANOS ESTÃO LOUCOS!!!
FR
O Meu Quintal 
Ainda existem escolas de EE, todas em Lisboa.
Fazem falta.
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‘EE’?
Encarregados de Educação? Especialistas em Educação?
Se não há, deveria haver…
Não sou eu quem o diz, é o Daniel Sampaio e Sempiedade…
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A escola da “sopa dos pobres”
Relativamente aos serviços mínimos o secretario de estado António Leite referiu que “estes se destinam a proteger os mais frágeis, que são as crianças com necessidades de apoio especial e as que precisam de estar na escola ou de alimentação”. “É algo que choca achar-se que garantir que precisam de alimentação nas escolas não possa ser incluída nos serviços mínimos”.
Pois bem sr. Leite a mim também me choca que este país no século XXI não garanta às famílias meios de subsistência para que alimentem os seus filhos. Isto tem nome: Miséria!
A função primordial da Escola deveria ser ensinar e não alimentar.
Se a população vive na miséria é porque o seu governo falhou, a segurança social falhou, os serviços sociais dos municípios falharam, mas a escola é que tem de resolver. Não esquecer que a presidência da república também falha clamorosamente.
Sob o fausto das indeminizações milionárias, das acessorias das ferrovias pagas a peso de ouro, e contratações de boys & girls do aparelho, recém-licenciados com chorudos ordenados existe um país que sofre.
Vocês que têm os filhos na Escola Alemã ou no São João de Brito não conhecem o verdadeiro país.
Fala o sr. Leite das crianças com necessidades de apoio especial, mas esquece que para 800 crianças existe apenas um psicólogo. Assistentes sociais são inexistentes. Dezenas de milhares estão há meses sem aulas porque não têm professor (não é devido a greve). Desde o 54/2018 que estas crianças são abandonadas à sua sorte em salas abarrotadas. Não me parece que o sr. Leite queira saber destas crianças, pois há muito tempo que as escolas não têm profissionais suficientes para cumprir os serviços mínimos que agora se lembraram de obrigar o Sindicato a cumprir. A hipocrisia das palavras do sr. Leite mete nojo. Enchem a boca com as criancinhas quando depois são os primeiros a esquecê-las.
Ainda relativamente aos serviços mínimos, a obrigatoriedade de cumprir o serviço quando existem crianças com medidas seletivas impede-me de exercer o meu direito constitucional à greve, pois em todas as turmas que leciono tenho pelo menos uma criança com estas medidas. Possivelmente vou recorrer aos tribunais. E a razão ser-me-á dada quando estes serviços mínimos forem considerados ilegais pelo Tribunal da Relação. Como é moda penso que uma indeminização de 500 mil euros será suficiente. Obrigadinho.
Tenha vergonha sr. Leite.
Sr. Professor Zé
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