Dia: 11 de Fevereiro, 2023

A Mensagem Mais “Peculiar” Do Dia

~ Paulo Guinote ~ 5 comentários

Na CNN Portugal apareceu a informação abaixo durante a reportagem da manifestação. Pelo que percebi (estive 25 minutos à espera para falar menos de 2), até alguns comentadores que de Educação percebem pouco (uma coisa é escrever livros para vender com fórmulas mágicas de estudo, outra perceber o que está mesmo em discussão), estavam muito sensibilizados com a moderação do discurso do Mário Nogueira e da sua “abertura” em algumas matérias, sendo que em nenhum caso é matéria nova. Achei estranho, mas apenas ao ponto de perceber porque mal me deixaram falar e nem sequer replicar ao que tive de ouvir, em modo mudo, antes de desligar.

Muita, Muita Gente!

~ Paulo Guinote ~ 15 comentários

Não me interessa a contabilidade exacta, mas – mais uma vez – um mar imenso de gente que não pode estar toda errada, enganada por mensagens de whatsapp, irrazoável, egoísta. Se há governantes que não percebem o imenso ressentimento, nascido de uma sensação de enorme injustiça, que preferem refugiar-se em números mal colados e truncado, que jogam com simulacros de negociações, algo está muito mal numa República que maltrata os que a servem e formam os futuros cidadãos.

Não interessa um ministro ocasional, enfatuado, vaidoso e armado em habilidoso na linguagem, acolitado por gente que desde Sócrates se habituou a fazer fretes na comunicação social (os baldaias, mas não só… também temos alguns 2especialistas” de ocasião, arregimentados ao arquivo morto da Educação) ou a multiplicar uma cartilha clubística que veicula, ela sim, mentiras sobre os custos das reivindicações docentes. Interessa mudar a atitude de todo um governo e um partido em relação aos professores, por acharem que devem castigar quem no passado teve a coragem de se levantar contra outra solução governativa do mesmo partido, que já sobejamente se percebeu ter abusado dos dinheiros públicos e feito negócios ruinosos para o bem comum. Interessa reconhecer, não apenas de forma retórica, a justiça do que é pedido, sem enviar porfírios para as televisões despejar argumentações vergonhosas, de uma má educação evidente, contra quem trabalhou, descontou, fez tudo e mais alguma coisa durante a pandemia e agora volta a ser tratada com imenso desrespeito.

Interessa mudar uma forma de “negociar” que é, em si mesma , uma forma condescendente de tratar uma classe profissional. Interessa entender que a fúria vem da base e que não adianta manipular colégios arbitrais e ameaçar com ilegalidades, quando se sabe o pântano ético do actual desgoverno da nação. Interessa perceber que quem governa contra tanta gente, governa de forma abusiva e injusta, mesmo que formalmente legítima.

Fotos da Graça Sá e Paulo Fazenda.