Olhe Que Sim, Olhe Que Sim!

O shôre primeiro Costa era ministro Costa quando os professores foram congelados pela primeira vez. Era o “seu” governo, porque esteve no Conselho de Ministros que tomou a decisão. Vamos lá, ó shôre primeiro Costa… em Agosto de 2005, quando do primeiro congelamento dos professores, quem era o ministro da administração Interna e braço direito do “engenheiro” de domingo, acerca do qual foi sempre vesgo em relação a certas coisas?

Já se esqueceu ou está apenas a tentar aldrabarzeze a malta? Ou armado em sonso como o segundo Costa? Se já se esqueceu do seu passado, shôre primeiro, há quem não tenha esse tipo de amnésia selectiva.

O shôr primeiro Costa tem uma relação muito complicada com os factos e com a verdade e vai ficando velho para aprender uma nova língua… a da verdade. Até consegue mentir sobre uma coisa tão simples como a figura que surge com um lápis espetado nas manifestações de professores.

E já agora… houve carreiras que receberam todo o tempo de volta… foi um dos “seus” governos, daqueles todos seus, com a malta toda validada por si, incluindo as escolhas duvidosas.

“Não fui eu nem o meu Governo que congelámos a carreira dos professores”. Costa questiona justiça repor tempo só aos professores

Testemunho

Hoje, em pleno século XXI, consentimos que um vazio cultural, social e político modele consciências.

Seremos portanto vítimas do mundo que deixamos construir. É o grande objectivo das elites que nos governam, que todos abandonem os ideais que norteiam a nossa rebeldia e fiquemos gratos pela falsidade da satisfação de necessidade que os poderes instalados nos induzem a acreditar.

É desta forma que nos acarneiram e nos despojam de toda a personalidade desligando a vontade de lutar contra as injustiças, contra a opressão. Transformam-nos em desenfreados egoístas num auto-elogio, que nos desvincula de todos os outros, nos desune, nos transforma em solitários, incapazes de força, de coesão social para lutarem por uma sociedade mais justa, melhor.

Aceitamos o absurdo porque nos deixamos manipular obscenamente pelos poderosos que transformam a nossa existência numa sobrevivência miserável. Este vácuo que criam para que nos autodegrademos no lixo da comunicação social, serve o propósito evidente da apatia dos indivíduos. A escola deixa de despertar consciências porque assoberbados de tarefas inúteis cansam a mente de quem iria ensinar a pensar, ensinar o livre arbítrio, o espírito crítico, a sensatez, a liberdade de expressão.

Assistimos diariamente à ignorância, às inverdades políticas, aos ataques gratuitos à escola (personificada pelos professores transformados, pelos arautos de toda a sapiente falsidade), entrar descaradamente pela nossa casa pelos que se intitulam de jornalistas imparciais, gritando parcialidade a cada palavra que proferem. E assim se denigre a profissão mais necessária num estado de direito, que se pretende desenvolvido e capaz de enfrentar um mundo em constante evolução.

Cada vez mais a certeza que somos governados por insanos, gente de coração cinzento, vestida de pouca sabedoria e soterrada em rabos de palha. Não sei como conseguem dizer e fazer enormidades, atropelando a verdade, a justiça e a dignidade, usando de uma tal ignorância cívica que me assusta. Padrões de verticalidade estranhos e perigosos os que adoptaram os políticos deste Portugal cada vez mais pequenino na sua dignidade.

Os professores apenas exigem condições para exercerem a sua missão/profissão com seriedade e não ao sabor das ondas eleitoralistas e dos desmandos de teóricos que nada sabem e nada fazem pela escola. Com teatros ocos pretendem que nos acostumemos a ver a vulgaridade e a estupidez como as coisas mais normais do mundo, incapacitando-nos para alcançarmos uma consciência crítica da realidade.

As pessoas estão tão comprometidas com o sistema estabelecido, que são incapazes de pensar em alternativas ao que subtilmente é imposto pelo poder de uma ditadura disfarçada que nos engole num atordoar do vazio cultural.

É uma falta de vergonha, um descaramento, uma desonestidade que me dá náuseas. Um atentado à nossa inteligência. A política no seu melhor. Mentirosos compulsivos, sem escrúpulos. Sou professora, não me resigno nem me deixo amordaçar por esta corja que se lambuza à nossa custa.

Podem tudo, menos matar a capacidade de pensar e agir em conformidade. E nem pensem que o medo me tolhe as palavras ou os actos. Por onde vou, até onde vou e como vou ainda não sei, mas desistir não não faz parte dos meus objectivos e não tenho como apelido o conformismo.’

Maria do Rosário Professora do 2º Ciclo do Ensino Básico

Amanhã, Almada Com Tejo E Tudo

Amanhã em Almada vamos fazer uma concentração.

É fundamental que sejamos olhados, ouvidos e respeitados, em Defesa da Escola Pública, Docentes e Não Docentes. Almada é representada por uma enorme área pedagógica, que tem a obrigação de ser Escola no seu todo e não a “escola depósito” a trabalhar nos mínimos.

Por tudo isto e muito mais, contamos convosco no dia 17 de Fevereiro, às 8h junto da Escola Emídio Navarro, para nos manifestarmos e em seguida irmos de barco rumo a Lisboa (ministério educação) apoiar e dar expressão a quem nos representa nas reuniões entre ministro e sindicatos.

(Algumas) Imagens Do Dia (Actualizado)

Quase todas enviadas pelo Paulo Fazenda.

Barcelos (Abade de Faria), Braga (F. Sanches, Maximinos e, mais adiante, Celeirós), Caparica, Ericeira, Fajões, Quarteira (Laura Ayres), Lisboa (D. Pedro V), Montijo (J. Peixinho), Póvoa de Lanhoso (A. Lopes), Rio de Mouro (Alb. Neto), Setúbal (D. João II), Gaia (Corveiros e Asprela), Coimbra (já esta noite), Lagoa (vídeo).

Da Resistência Ao Abuso

Em cumprimento dos Serviços Mínimos, decretados ILEGALMENTE por um Colégio Arbitral, foi assim que hoje, 16/02/2023, COMECEI a minha aula de Mundo Atual ao PIEF.

SUMÁRIO: Artigo 21° da Constituição da República Portuguesa – Direito de Resistência.

Uma observação, o número da lição, no quadro, não está em concordância com o termo lições, porque estava apenas em SM à 2a hora da aula e, por isso retirei o n°28.

Uma belíssima ideia: nas aulas de serviços mínimos, ensinarem-se artigos da CRP aos alunos e não apenas na disciplina querida do ministro Costa.