A Sério?

Não perguntaram ás escolas todos os problemas que existem no terreno?

Entrega de computadores a alunos tem-se “revelado muito difícil”, alerta Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR

(…) “A definição da meta PRR obriga à entrega de computadores a todos os alunos e professores dos níveis de ensino básico e secundário, condição que se tem revelado muito difícil de cumprir”, refere o relatório de 2022 da comissão divulgado esta quarta-feira.

Segundo o documento, o maior investimento nesta componente resulta da aquisição de 600 mil computadores entregues nas escolas para distribuição, mas à data da última reunião com o Ministério da Educação, em agosto de 2022, cerca de 40% não tinham chegado aos utilizadores finais, “sendo que a informação indica que este valor decresceu para cerca de 30% à data de escrita deste relatório”.

Confusões

Minhas, claro.

Quando leio colegas a discutir o que deve ser prioritário: recuperar o tempo de serviço em falta ou eliminar as quotas para a progressão, como se alguma coisa dessas estivesse a ser negociada ou se a negociação já tivesse sido formalmente anunciada.

Vamos lá exercitar a síntese e propor que todos os docentes sejam reposicionados de acordo com o tempo de serviço efectivamente prestado?

Sim, eu sei que não é uma solução à prova de críticas, mas parece-me a mais transparente.

Caso existisse alguma negociação sobre isto, como é evidente.

Amanhã Parece Que É, No Essencial, Uma Reunião De Ex-Colegas

Será que fiz bem as contas e os três principais “actores” estiveram já todos, ao mesmo tempo, sob o mesmo texto organizacional?

Ou muito me engano ou, mesmo com a justificação de haver Conselho de Ministros, isto é um modo de dizer que nada poderá avançar verdadeiramente?

Sempre Fiquei A Conhecer Mais Um Sindicato!

Greve de trabalhadores não docentes das escolas convocada para 3 de março

(…) A greve convocada para dia 3 de março abrange “todos os distritos do Continente e a Região Autónoma da Madeira e uma Manifestação Nacional, a partir das 15 horas, do Jardim da Estrela para o Ministério da Educação, na Av. 24 de Julho, em Lisboa.

A greve é promovida pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais – FNSTFPS, numa semana em que os professores negoceiam com o Governo.

4ª Feira

Nas vésperas de mais uma ronda negocial com os sindicatos, PSD e IL levam a Educação ao plenário do Parlamento, com poucas propostas de lei concretas e muitas propostas de resolução que é aquilo que os partidos fazem quando pretendem passar a imagem de querer fazer algo, mas na verdade não querem. E matéria de Educação, o PSD está um quase completo deserto, se exceptuarmos quem fica com a obrigação de falar do assunto, sem grande bagagem política e moral para contestar o que o PS tem feito, e a IL tem um fascínio pela desregulação do sector, em particular da gestão dos recursos humanos (basta ver esta proposta para o ensino privado). O grande problema é que, mesmo perante um mau ministro da Educação, a maior parte da oposição ou ainda é pior ou foi, num tempo ou outro cúmplice das medidas em decurso. Há os que só enunciam discordância da gestão das escolas, corpo docente e não docente, na base da folha de excel (PSD, IL) e os que foram apoiantes activos da destruição de qualquer modelo credível de avaliação externa das aprendizagens (Bloco, PCP). E depois há os snipers, que podem propor tudo, porque sabem que tudo será reprovado, bem ou mau (Chega). O que nos deixa, não apenas por causa da maioria absoluta do PS, com a Educação num beco em termos parlamentares, em que os medíocres até conseguem fazer boa figura, porque o resto é mau, muito mau ou apenas incoerente ou oportunista.

Se isto é “populismo”? Não, é apenas observação desanimada da realidade.