Isto é uma delícia… e até tenho um cd-single com estas e o Boy Meets Girl, que no tempo do vinil só consegui ir a tempo de comprar o 2º álbum e o 1º single a solo do Nick Heyward.
Dia: 23 de Fevereiro, 2023
E Que Tal Descontarem A Parte Que Fica Retida Para O IRS E Para A CGA/S. Social?
Ontem, Pelo Parlamento
Pelo Seixal
Por Aveiro
Promete?
Ou diz isso apenas porque não está no Governo e o PS, com a maioria que tem, faz o que quiser, acabando por desresponsabilizar todos os outros?
Margarida Balseiro Lopes, vice-presidente do PSD, afirma que “é inevitável” a recuperação do tempo de serviço dos professores, “mesmo que não seja todo”.
Imagens Do Dia
Com uma pequena introdução: há quem (ME) mande dizer que a coisa está a esmorecer para efeitos de opinião pública, mas também há quem ande a tentar incutir culpabilização em n@s que não andam todos os dias em correrias, para ver se conseguem manter uma “mobilização” que, não é por estar sempre em sprints diários, que chega mais longe. E ao apostarem nesse discurso do “já estão cansados? já desistiram?” dão vontade de perguntar onde estiveram não no 25 de Abril, mas em outras datas. Há quem corra há 15 anos ou mais e há quem ande a fazer corridinhas há uns meses e ache que já é don@ disto tudo. Se eu podia publicar as fotos (a maioria com recolha do Paulo Fazenda) sem este remoque? Sim, mas não seria a mesma coisa.
Baixa da Banheira (D. João I), Montijo (J. Peixinho), Palmela (Secundária), Póvoa de Lanhoso, Santa Maria da Feira.





Fotos do Carlos Dobreira sobre os preparativos para os protestos de hoje numa série de escolas de Braga: Adaúfe, Cabrerios (Braga Oeste), Celeirós, Esporões, Gandra, Palmeira, Real, Sá de Miranda.








O Clube Dos Não Sei Quê Independentes Mediatizados Teve Hoje Mais 10 Minutos De Antena
O Ricardo não podia e o facto de, por causa de um imprevisto, ter ficado em casa, permitiu-me falar esta manhã para a SICN. Não fiz vídeo, nem o encontro no site da SICN, pelo que só “rebobinando” a box dará para ver. Terminei, sublinhando que o diferendo em aparente impasse é entre os professores e a tutela, sendo os sindicatos (qualquer deles) um mediador nessa relação, que deve seguir a vontade dos representados, sem se armar em vanguarda revolucionária (não disse assim, fui mais suave, mas pode ficar para a próxima).


Peço desculpa àquele colega “criativo” que não se sente representado por mim (e a tod@s os colegas que o mesmo sentem) por esta minha ousadia, mas a verdade é que também não me sinto representado por certas estratégias de luta que serão “criativas” em avaliação própria. Volto a pedir desculpa, mas no sábado, será, em princípio, na CNNP que darei a minha opinião sobre a manifestação deste fim de semana e anunciado acampamento de pessoal que deve ser mais para o sushi do que para as bifanas do acampamento do spgl de há um par de semanas.
Greves, Fenprof, Ministério, Serviços Mínimos, Colégio Arbitral
Há coisas curiosas, lá isso há. Então o Colégio Arbitral existe de moto próprio? Não é a DGAEP (que depende do Governo) que o convoca (a pedido do Governo)? Pelo menos é o que vem na LGTFP (a partir do artigo 378). O ME desiste de pedir SM e o Colégio Arbitral recusa? Havendo acordo entre as partes?
Tais serviços mínimos, contudo, não se aplicam às greves de 2 e 3 de março. Em relação a estas:
– O ME requereu serviços mínimos para as greves de 2 e 3 de março;
– Posteriormente, desistiu, pretendendo que os decretados para outra greve abrangessem as de 2 e 3 de março;
– O colégio arbitral não aceitou a desistência do ME, aparentemente por discordar da justificação, e irá reunir em 27 de fevereiro;
– A FENPROF, como todas as organizações que convocaram as greves de 2 e 3 de março, entregarão a contestação à posição do ME até às 11:00 horas de dia 23;
– Será, pois, o colégio arbitral a decidir se em 2 e 3 de março terão de ser cumpridos serviços mínimos e não o ME ou qualquer direção de escola.
5ª Feira
Maria de Lurdes Rodrigues chegou à Educação – não só ao ministério, mas à própria área da Educação – em 2005. Por vontade própria ou porque se acomodou a fazer o que a outros interessava, desenvolveu um conjunto de políticas que estão na origem, ou agravaram, muito do que agora aflige a docência e a própria Educação. Na altura, foi ela que decretou o primeiro congelamento da contagem do tempo de serviço e das progressões na carreira, logo em 2005, algo que nem sempre é recordado quando as análises se limitam aos anos do congelamento de 2011-2017, repartido entre três governos (PS e 2011, PSD/CDS em 2011-2015 e PS com “geringonça” em 2015-17). Na altura era ainda secretário-geral da Fenprof, Paulo Sucena. Em 2007, passaria a ser Mário Nogueira.
Por isso, não deixa de ser curioso ler a análise de ambos sobre a situação actual, sendo que coincidem na auto-desculpabilização sobre o que se passou, uma omitindo que foi sua a responsabilidade por colocar em marcha a máquina trituradora dos docentes, num exercício de hipocrisia que a deveria envergonhar se praticasse a vergonha em causa própria, o outro não percebendo que em momentos-chave, mais do que limitar perdas, as ajudou a consolidar. Pior mesmo é confundir a Fenprof com todos os professores, iniciando o seu texto da seguinte forma “As greves convocadas pelos sindicatos de professores a partir de 16 de Janeiro constituem uma forma de luta particularmente pujante, mas inscrevem-se num combate de décadas pela Escola Pública, intensificado a partir de 2018”. Goste ou não do S.TO.P. e do seu líder e estratégias, as greves de professores não começaram a 16 de Janeiro e a sua intensidade já vinha de semanas de luta; assim como apagar o período de activo colaboracionismo com o ME até 2018 faz lembrar a amnésia da “reitora” em relação ao próprio passado.
O nível de responsabilidade é diferente? Claro que sim e por isso mesmo é que a classificação, por Mário Nogueira, da história recente da Educação e da docência em períodos “antes de LR” e “depois de LR” é correcta e alinha com a análise que muitos já fizeram dos últimos 20 anos nesta área da governação. Mas é errado minimizar erros próprios no modo como colaborou na “solução” dos conflitos que ele próprio identifica: em 2008 antes de mais, mas também em 2013 e 2018. O conservadorismo “institucional” demonstrado e a aparente falta de confiança na capacidade de mobilização dos docentes foi evidente em vários momentos. O que deu origem ao fenómeno S.TO.P. que não pode limitar-se à análise simplória que o acusa de “populismo”.Até porque muitas vezes essa acusação é feita por gente com suficiente formação política e histórica para não gastarem esse tipo de qualificativos de forma irresponsável. mesmo se se percebe que é de modo instrumental, para colocar em outros a “culpa” pela “radicalização”. O que agradecem muitos do que outrora demonizaram Mário Nogueira, para agora demonizarem André Pestana, ou fazerem-no a meias. O que pode interessar a muita gente, menos aos professores que querem ver as suas razões de queixa atendidas nos pontos mais importante, em vez de assistirem a encenações.
Maria de Lurdes Rodrigues e Mário Nogueira são duas faces, mesmo que assimétricas (nas responsabilidades, num caso; no tempo, em outro), de quase duas décadas de muito má memória para @s professor@s. Ler a forma como auto-analisam estes anos serve para que se perceba que até podem ter razão em alguns diagnósticos ou sugestões de cura, mas que o fazem de modo oportunista ou com memória selectiva.
Já quanto ao S.TO.P. e a André Pestana, que tanto quiseram chegar ao campeonato dos “grandes”, agora precisam decidir se adoptam os mesmos tiques dos antecessores, se continuam na correria que os deixará, dentro em pouco, com o pelotão todo esfrangalhado, se têm a capacidade de parar um pouco para reflectir, perceber que os credos ideológicos devem ficar no seu lugar e não contaminar o que exige uma análise pragmática e transparente: querem defender os interesses dos professores ou algo diferente, algo mais… Paulo Sucena em 2019 explicava que a Fenprof nunca quis ser “corporativa”.e explica “que a sua estratégia era guiada para obter melhores condições socioeconómicas, de trabalho, nomeadamente dos professores, mas também numa perspetiva de justiça social, de melhoria da nossa sociedade como um todo. Não era centrada nas questões corporativas.”
Em 2008 percebemos isso da pior maneira e o ressentimento é muito grande. E seria bom que Mário Nogueira e as segundas linhas da Fenprof percebessem isso.
Se tinham ou têm vergonha de ser “corporativos” mudem de nome e não nos enganem.
O mesmo se aplica a André Pestana: se o incomoda ou limita ser apenas representante dos professores, é bom que o aclare mais do que mudar o nome do sindicato.
Porque ficamos sem saber a quem “servem” sindicatos embaraçados por representarem uma classe específica.
Porque os professores precisam, com muita urgência e vontade, de alguém que os defenda sem vergonhas, sem agendas paralelas, sem objectivos além da classe docente.
(e, principalmente, que os seus fiéis não optem pelas estratégias de enlameamento de quem discorda da sua linha, como aquelas que lhes desagradam quando são lançadas na sua direcção. Não nos faz falta mais uma (mini) Fenprof. Pluralidade e democracia é respeitar as visões divergentes, argumentar, demonstrar a sua razão, não querer calar em nome de “unidades”, à moda do que outros já tentaram… e falharam)
Porque do “outro lado” ninguém está com esse tipo de pruridos. O ataque é firme, concertado e sem brechas. Ao contrário dos professores que parecem andar a ser representados sempre por quem parece achar “corporativo”, num sentido negativo, o que em outras classes profissionais qualificadas é visto como um factor de união, mesmo que seja na diversidade: enfermeiros, médicos, advogados, juízes, polícias ou oficiais de justiça lutam, de diferentes formas, pelos seus direitos, sem embaraços, não pelos dos vizinhos, sem que isso signifique falta de solidariedade, mas apenas noção das prioridades.