Os Resultados Do Inquérito 4D

Resultados da consulta aos professores e aos educadores no âmbito dos dias 4D – 23 a 28 de fevereiro de 2023

Das posições dos professores sobre o regime de concursos

  • Criação dos conselhos de QZP (anteriormente designados por conselhos locais de diretores) – 96,22% contra
  • Ultrapassagens na vinculação – 94,64% contra
  • Possibilidade de docente do QE/QA com horário-zero, no âmbito da Mobilidade Interna, ter de concorrer a todas as escolas do QZP – 94,57% contra
  • Docentes de QZP terem de prestar serviço em mais do que uma escola para completamento de horário letivo – 91,52% contra
  • Docentes de QE/QA com menos de 8 horas letivas, para evitarem ir a DACL, terão de completar horário em outra escola – 80,32% contra
  • Para vincular, para além dos 1095 dias são necessários outros requisitos – 73,81% contra

Nota: É clara a rejeição de aspetos essenciais do projeto do ME, confirmando-se, assim, que os professores acompanham as chamadas “linhas vermelhas” destacadas pelas suas organizações sindicais. Há outros aspetos que as organizações sindicais consideram nesse grupo de “linhas vermelhas”, mas estes eram dos que, eventualmente, poderiam suscitar algumas dúvidas que, desta forma, se dissipam. A criação de um órgão para o chamado procedimento de gestão local de docentes é o que merece mais forte rejeição.

Das hipóteses de acordo(s) com o Ministério da Educação

– Só deverá haver acordo com o ME se, para além dos concursos, houver calendarização de processos negociais sobre outras matérias – 87,48% concorda

– O projeto de diploma para o regime de concursos, apresentado pelo ME, não merece acordo – 79,15% subscreve

– Sobre negociação do tempo de serviço, o que deverão fazer os sindicatos se o ME apresentar uma proposta de recuperação parcial:

– Dos respondentes, 70,37% consideraram que as organizações sindicais deveriam aceitar entrar nas negociações; destes, a posição face a um eventual acordo, distribuiu-se da seguinte forma

  • Negociar, desde que tempo de quem não atingiu o topo da carreira seja contado (no tempo necessário para que o atinja) – 53,42%
  • Celebrar acordo ainda que a recuperação seja parcial – 16,95%

– Os restantes 29,63% defenderam que a apresentação de uma proposta de recuperação parcial deveria merecer “rejeição liminar”.

Das prioridades negociais sobre outras matérias

– Os problemas de carreira são os que os docentes consideram de resolução prioritária, estando no topo dos seus objetivos de luta

  • Eliminação das quotas de avaliação – 93,68%
  • Eliminação das vagas – 93,39%
  • Contagem integral do tempo de serviço – 91,10%
  • Correção das ultrapassagens na carreira – 87,96%

(continua…)

Há ali algo que me baralha… se forem eliminadas as quotas, naturalmente desaparece a questão das vagas. Não é algo repetido?

Também não percebi bem esta parte… então quem não respondesse a tudo, não contava? E se alguém não quisesse responder a uma parte, isso inviabiliza o resto?

O inquérito contou com o contributo de “61 mil pessoas”, mas só foram consideradas 32 mil respostas completas, porque muitos docentes só preencheram uma parte do questionário, explicou.

Inquérito

Via VozProf. Acarreta iniciar sessão no gmail/google, não percebendo porque depois ainda pedem novamente o mail. Se é para ser anónimo, pede muitas informações que, no entanto, não têm forma de verificação. Mas mais vale isto do que nada. Acho que são muitas opções, naquela lógica de lista de supermercado mas, repito, antes isto do que nada. Mas convinha perceber quem é que vai tratar os dados e como vão ser usados.

Apreciação sobre a revisão do Regime de Recrutamento de Gestão de Educadores de Infância e de Professores dos Ensinos Básico e Secundário e sobre as medidas a implementar em prol da valorização da carreira docente.

O Ministro No Seu Labirinto

Descolou da realidade, criou uma narrativa alternativa. Se acredita mesmo nela, é grave, porque revela um estado psicológico alterado. Se não acredita, é apenas desonesto. Não sei, sinceramente, o que é pior.

João Costa definiu como foco do novo diploma o combate à precariedade dos professores, assegurando que as novas medidas “estão muito longe” daquela que era a proposta inicial do Governo.