Também serve para para mostrar até que ponto o deputado silva é alinhadíssimo e só quando acha que está em desvantagem ensaia “opiniões pessoais”.
Façam-lhes uma boa recepção, para celebrar a aprovação de hoje. Até porque contam connosco…
Se nem o aeroporto conseguem fazer arrancar… mas parece que só não dinheiro para pagar aos profes.
Entretanto, quer-me parecer que as zonas ribeirinhas vão implodir de vez…
Primeiro-ministro anuncia esta quarta-feira vários projectos para o Arco Ribeirinho Sul, de Almada a Alcochete.
Enviam “facturas” aos encarregados de educação com as despesas dos seus educandos suportadas pelo município (como se não recebessem verbas para isso e tivessem pedido as competências, especialmente em Gaia).
Ou seja, a escolaridade obrigatória é “gratuita”, mas a CM de V. N. Gaia envia o custo, para mostrar toda a sua imensa bondade. A Educação como uma espécie de donativo municipal à populaça.
E em Lisboa parece que são 14… será que também são com o Tejo em fundo?
Na cerimónia, estiveram presentes os ministros Marina Gonçalves e João Costa, da Habitação e da Educação, respetivamente.
Uma descrição do que se passa hoje, numa Secundária da cidade. Será que a comitiva tomará um café na pastelaria Arte Caseira?
Programa às escondidas e com alterações à ultima hora, alunos a apanhar lixo, varrer o chão, a limpar cadeiras e a pôr bonito o que não se consegue pôr durante o ano letivo porque não há assistentes operacionais suficientes, assistentes operacionais a dar um retoques de pintura nos locais onde a comitiva vai passar… Amanhã as aulas serão interrompidas antes da comitiva ministerial chegar e os convites à comunidade educativa interna foram restringidos ao mínimo…
A reunião do soviete dos jantares prolongou-se muito, quase ao nível de uma do politburo nos anos 60. Eis que amanhece e o Acção Socialista do Norte, também conhecido como Jornal de Notícias, publica uma entrevista com o ministro da Educação em toda a sua sonsice argumentativa, explanada sem que lhe sejam exigidas fundamentações minimamente credíveis do que afirma. Nada de inesperado a esta altura, em que o ministro não fala para os professores mas para a opinião pública e alguma opinião publicada e porque estas entrevistas combinadas, não se fazem para chatear o entrevistado.
Por isso, nem que seja como exercício de contraditório à distância, vamos lá a alguns nacos das declarações daquele que gosta de chamar mentirosos aos outros, enquanto mente, acusando os professores de serem crédulos perante mentiras, enquanto aposta que a opinião pública seja crédula perante as suas mentiras. Lamento, não existe outra forma de colocar as coisas, quando temos de ler e ouvir barbaridades ditas com um ar de muito estudada candura.
Logo a abrir começa por afirmar que “não há nenhum momento na história do sistema educativo em que tenhamos tido um número tão elevado de vinculações como o que vamos ter já este ano”. Ora bem, como alguém que até estudou o sistema educativo português ao logo da História, gostaria que o ministro Costa demonstrasse isso com números e não com enunciações. Esta declaração é equivalente aqueloutra em que se dizia que este é o período em que a carreira docente esteve mais tempo descongelada. Coisas que se dizem, para produzir efeito, mas adequadamente sem qualquer tipo de apresentação de dados rigorosos. Fala-se, picareta-se os miolos alheios com o que que se quer passar como verdade. Mesmo que “vinculem” 10.000 professores aos quadros de zona pedagógica isso não é, de modo algum, comparável á vinculação de docentes a quadros de escola, como ocorria no passado. Ao contrário do que João Costa afirma, existirem 10. 63 ou 150, é indiferente se as regras para o concurso forem as que estão previstas e enquanto os candidatos estiverem numa zona do país e as vagas em outro. E há qzp que ficam iguais (caso aqui do da margem sul), sendo dos que mais professores necessitam, continuando a exigir a deslocação de centenas de quilómetros aos “vinculados”. João costa sabe disso, mas esconde, deturpa ou mente quando afirma que vai reduzir a situação de “casa às costas”, a menos que com isso queira dizer “mudem de casa, agora que os preços estão mesmo bons e os juros um rebuçado”.
Sobre o congelamento do tempo de serviço, as declarações de João Costa roçam o patético. Se não, leia-se e desacredite-se:
Aquilo que foi feito a seguir ao descongelamento das carreiras foi garantir que todos os funcionários públicos tinham o equivalente a 70% de cada módulo de progressão na sua carreira. Se um escalão são 10 anos, isto são 7 anos, se um escalão são 4 anos, como é o caso dos professores, correspondeu a quase 3 anos de recuperação.
O que na prática diz é que a recuperação não respeitou o tempo de serviço congelado, mas teve em conta a duração dos escalões das carreiras. Mas isto não é qualquer justiça, porque implica que se desrespeitaram as carreiras e a uns se deu mais do dobro do tempo do que a outros, sendo que os professores já tinham estado congelados entre o fim de Agosto de 2005 e o final de 2007 e não “apenas” entre 2011 e 2017. Os professores recuperaram 70% de um escalão e não 70% do tempo que lhes foi retirado. Se assim tivesse sido, teriam recuperado quase 7 anos e talvez não estivéssemos na situação actual. O que o ministro Costa diz é que a recuperação foi diferenciada e escalonada, desrespeitando o estatuto das carreiras, nomeadamente da dos professores. Ou seja, as carreiras com escalões mais curtos, mesmo que com progressão salarial menor (a passagem entre os 4º e 8º escalões é de pequenos saltinhos, aos quais foram acrescidas quotas), são mais penalizadas do que as restantes. O ministro Costa se vive nem com isso e lhe chama algo parecido a “justiça” é porque tem um tipo de valores e conceitos claramente diferentes dos meus. O tempo de serviço congelado no caso dos professores foi de quase 9,5 anos e recuperaram menos de 3. Houve quem tivesse 7 anos de congelamento e recuperasse muito mais e é a isso que ele considera correcto.
E depois há uma parte que, desde a primeira vez que a afirmou publicamente me deixou espantado, pela absoluta palermice (penso que é o termo técnico mais adequado a usar) e que“é perceber que uma coisa foi ter apanhado o congelamento das carreiras quando estava na base da carreira, estava no primeiro ou no segundo escalão. Outra coisa foi ter tido a carreira congelada quando estava no sexto, no sétimo ou no oitavo escalão. Em termos remuneratórios, de impacto, de expectativa de progressão na carreira, são situações muito diferenciadas.” Sinceramente, não percebo o que ele quer dizer com isto: a “expectativa de progressão” é/era exactamente a mesma: mudar de escalão ao fim de 4 anos (u de 2, para quem estava no “degrau” do 5º), numa carreira legislada por um ECD da responsabilidade do PS, de que era ministro o actual PM. Sei que João Costa andava a “tlebar” e a tentar “vender” a sua “gramática” ao ensino básico e secundário, pelo que pode não se ter apercebido disso, mas ao fim de mais de 7 anos no governo já poderia ter aprendido qualquer coisinha. Ou, no mínimo, não querer que os outros passem por parvos.
Quem estava no 2º escalão tinha a expectativa de chegar ao 3º e depois ao 4º e assim por diante. Quem estava no 6º de chegar ao 7º, 8º, etc. Curiosamente, quem estava no 8º é que tinha menor “expectativa”, pois só poderia chegar ao 10º, mas ess@s colegas já quase tod@s se aposentaram neste momento. A realidade é que, por exemplo, quem na altura estava no 7º escalão (índice 218) como eu passou a estar no 4º e em vez de ter um horizonte de progressão de 10 anos até ao mítico “topo” passou a ter 22 anos.
Sim, o ECD da “reitora” e do governo onde esteve António Costa “esticou” a carreira a partir do seu primeiro terço por mais uma dúzia de anos, isto antes de qualquer congelamento. Acrescentando o congelamento, houve quem visse a sua “expectativa” acrescida em 20 anos (sim, 20 anos!), enquanto foi desgovernado por gente sem qualquer tipo de pudor em distorcer os factos, enviar dados para a OCDE que permitiram fazer comparações erróneas, ocultando o peso da carga fiscal e o facto de, a dado momento, haver um desfasamento de quase 10 anos entre a posição teórica de um docente na carreira e a real. O ministro Costa oculta isso, mete-se por uns meandros explicativos mistificadores, mas beneficia da ignorância d@s jornalistas que, a bem dizer, também não estão ali para aprofundar as coisas, mas sim para usar expressões como “abrir a caixa de Pandora” numa pergunta, nem necessitando o governante de a usar, tão prestável que é o JN no seu modo de “entrevistar”, em modo de “recepção orientada”. Quando recebe a pergunta, o ministro Costa já tem a resposta meio dada.
Claro que agora, apesar de tantos números adiantados para a comunicação social durante meses e anos é necessário voltar a “fazer contas, estudos de comparabilidade com outras carreiras, estudos de projeção sobre o impacto em números de professores concretos, para depois então podermos apresentar propostas e dizer o que é que conseguimos fazer”.
Isto significa que com tanto estudo e tanta certeza nos números, é necessário fazer novos estudos? Para isso há dinheiro? a quem foram encomendadas as conclusões? Tenho quase a certeza, mas é esperar para confirmar, ao contrário do ministro Costa que fala e muita coisa sem ter a fundamentação factual. E o que quer dizer “projeção sobre o impacto em números de professores concretos,“? O ministro Costa não sabe quantos professores estão em cada escalão e é assim muito complicado avaliar quanto custa a progressão de, por exemplo, 3 ou 6 anos? A sério que não é coisa que se faça em menos de uma semana? Quer que lhe explique como se faz? E o “impacto em núemros de professores concretos” não é, basicamente, em todos os que estiveram em exercício nesses anos? Claro que não se aplica a quem entrou só depois de 2018.
Por agora, vou parar na parte em que o ministro Costa afirma que tem “uma lista de 18 pontos em que o Governo se aproximou dos sindicatos” pois tenho uma ideia muito concreta sobre o que ele pode fazer com essa lista e do impacto que gostaria que isso tivesse na sua futura escolha de cadeiras lá para casa e para o gabinete, mas penso que ficaria mal desenvolver aqui o tema. Quando me passar a “veneta”, tentarei ler o resto do relambório com que o Acção Socialista do Norte, desculpem, Jornal de Notícias nos decidiu mimosear este domingo, só lamentando que entre a equipa da entrevista não tenha estado o seu extraordinário director Barbosa. Porque ficaria tudo ainda mais limpinho, limpinho.
(já agora… que raio de fotografia é aquela a abrir a “entrevista”? foi num corredor das Antes ou do Restelo?)
Já se percebeu que está no terreno uma fortíssima investida mediática em defesa do ministro Costa (até mais do que do governo, porque o primeiro Costa quer distância destas confusões). Como a preguiça anda aliada à ignorância, temos um grupo de opinadores com avença mediática, a quem foi fornecido um guião, uma “cartilha” para repetirem pontos específicos numa pretensa argumentação. Insinuação de “ilegalidades”, na base do “parece-me que”, sem qualquer tipo de concretização ; alegação das enormes perdas que as crianças estarão a ter ao nível das aprendizagens e da sua estabilidade emocional, aliando à demagogia o populismo; apresentação do ministro Costa como um negociador afável, compreensivo e carinhoso (ainda gostava de saber o que a Isabel Moreira terá negociado com ele, para lhe conhecer tanto esta faceta); demonização dos professores e do stop por desenvolverem formas de luta “atípicas”, quando durante tanto tempo apontaram o envelhecimento e conservadorismo dos professores; a cereja no topo do bolo é aquela de dezenas de milhares andarem a ser enganados por mensagens de whatsapp, algo que, por exemplo, eu nem sequer tenho no meu samsung pedra. Do casal Cosme/Trindade ao “independente” Paulo Pedroso, passando por trolls das redes sociais, as expressões usadas são praticamente iguais, sem qualquer tipo de imaginação, debitando a tal “cartilha”, qual Pedro Guerra em debate com o Aníbal Pinto.
Se conseguir, no meu furo, chegar a casa pelo meio dia, tentarei, sem fugir a questões que me coloquem, sublinhar na SIC isto mesmo. beneficiando do trabalho espectacular de demolição que o Ricardo Silva fez ontem, demonstrando de modo factual a falsidade do discurso do ministro Costa e respectiv@s cortesã(o)s. O combate é muito desequilibrado, do tipo Ucrânia contra a Rússia, mas sem apoio externo. Mas é bem verdade que sem ir à luta, estaremos condenados a uma triste e vil existência.
(já agora…o rumor de que o S.TO.P. é o sindicato do Chega é particularmente pindérico em termos intelectuais…pode servir para assustar quem não tenha três neurónios, mas esses são casos perdidos…)
Ou mentiu na 6ª feira ou está a mentir agora. Ou perdeu o respeito pelos sindicatos no fim de semana, mesmo pelos que não se aliaram aos professores e foram “responsáveis” e “previsíveis”..
E não é isto uma das consequências da norma-travão? Mais ou menos, coisa e tal? Seja como for… a verdade foi pelo cano, em busca de obter efeito sobre a greve que continua amanhã. Palavras para quê? É um pinóquio português. Só falta virem os directores do JN e Público, aplaudir, em reboliço e genuflexão.
Diminuir o tamanho das áreas em que os professores se têm de deslocar para dar aulas é outra ideia que o Ministério da Educação levará esta semana para negociações com sindicatos.
Muito9 poderia ser comentado sobre estas provas, mas de nada adiantaria. Esta malta vive num mundo muito próprio e nada os faz sair do casulo mental em que se encerraram. Claro que a data para divulgarem os dados é estratégica, como se servisse para prpovar que fizeram tudo bem. Não é verdade, mas, repito, não adianta dizer o contrário, porque não se está a argumentar no mesmo plano de (r)realidade.
Os resultados das provas de 2022 foram enviados em Setembro para as escolas, mas só nesta terça-feira foi divulgado publicamente o relatório nacional, que se encontra disponível na página do Instituto de Avaliação Educativa (Iave, responsável pela avaliação externa).
Conforme o PÚBLICO tinha já antecipado, com base em dados cedidos pelo ME no início de Novembro, a “melhoria global” registada nestas últimas provas “abrange a maioria dos domínios curriculares aferidos”, destaca de novo o ministério numa nota enviada nesta quarta-feira. As provas foram realizadas pelos alunos do 2.º, 5.º e 8.º anos de escolaridade.