A Fenprof divulgou-as, mas ainda nem tive tempo para aas ler por completo.
Categoria: Boas Maneiras à Mesa
É Uma Linha Vermelha Para Qualquer “Acordo” Ou Irão Contemporizar, Relativizar, Negociar, Baralhar, Etc?
Isto é complicado, porque a revisão parcial do ECD pode vir a ter outras facetas. lembram-se quando a Fenprof criticava a abertura de processos de revisão do ECD, quando a iniciativa de levar o assunto ao Parlamento era de outros, dizendo que poderiam vir associadas outras consequências piores?
E agora?
A mim, quer-me parecer que o que pode estar em causa são muito em especial os artigos 25º e 26º, o primeiro sobre a estrutura dos quadros do pessoal docente e o segundo sobre os “quadros de agrupamento e quadros de escola não agrupada”, isto para não falar no 29º sobre o processo de vinculação.
Fixe-se o artigo 25º:
Leio relatos no blogue do Arlindo, de quem se congratula com a “prenda” dada por João Costa de não passar os concursos de professores para as câmaras municipais. Ora, não foi isso que foi adiantado há uns tempos. O que foi avançado foi a gestão dos recursos humanos a nível municipal por “conselhos de directores” e pela equiparação dos qzp praticamente de forma perfeita às comunidades intermunicipais. Os sinais estão lá… parece é que agora querem desviar as atenções ou mesmo recuar. Só que também leio o Rui Cardoso escrever “não estou de acordo com o novo regime”, o que significa que existe efectivamente um “novo regime” em apreciação e que ele o conhece. A maior parte de nós não o conhece. Onde está? Porque o “caos” ou a “desinformação” nascem em muito da gestão da informação em circuito fechado. e a verdade é que há quem pareça saber, mas critique quem não sabe, pelos vistos, por não saber aquilo que não é público.
Os quadros de docentes de nível (inter)municipal não podem avançar em a revisão do ECD nestes (e em mais uns quantos) pontos. Resta saber qual dos lados que está a ser usado (se não é mais de um) para dar a cenoura aos façanhudos “representantes” que adoram um “acordo” da treta, pelo menos a cada quinquénio. Ou melhor, a eles não dão nada destas coisas, porque estão de partida, o Mário e o João e outros estão quase e mesmo que não estivessem, têm sempre a sua mobilidade especial garantida, ao contrário do pessoal que está doente.
O maior problema é que, a mim, olhando daqui, a cenoura parece mais uma zaragatoa. A aplicar a “novos” e “velhos”, por igual, de forma inclusiva e em nome da equidade.
6ª Feira – Dia 5
Até ao momento, tenho conhecimento de menos casos de grave indisciplina digital, embora continuem a acontecer. Mas essa não é a única dimensão de um problema que, de qualquer maneira, ainda tem algum caminho a percorrer. Por parte dos mais novos mas também dos mais velhos, dos adultos que devem compreender o espaço próprio para cada tipo de intervenção.
Continuam a existir situações de incompreensão parental perante o que é uma aula à distância e que uma sala de aula virtual deve merecer uma atitude semelhante a qualquer outra sala e que, se na escola física, os alunos são deixados no portão e vão até às suas salas para trabalhar com o seu grupo de colegas e professores, não é por estarem em casa que essas salas passam a ser espaços públicos, no pior sentido.
Estive A Ver (E Ouvir) O Mário Nogueira…
… na SICN a fazer o resumo da reunião com o secretário que conta, porque o ministro só serve para testa de ferro de disparates, e a secretária de estado que faz de tripé, mas não conta propriamente para muito.
Sobre conclusões, pareceu-me tudo curto, para além de “admitir os problemas”, mas com a sensação de que não estão propriamente a pensar cumprir a lei. Que vão pensar na questão dos professores com filhos pequenos (o mais certo é terem pensado que estamos tão velhos que somos todos apenas avôs e avós), que vão pensar na questão dos equipamentos para quem os não tem (mas o que quer isso dizer? eu posso ter um ou dois computadores, mas como há 3 pessoas a precisar de os usar em simultâneo, conta como não ter?), que vão cumprir finalmente a ordem do Tribunal sobre a lista das escolas com casos de covid (agora? quando já estão fechadas?, porreiro!).
Sobre os critérios para definição da carga horária síncrona/assíncrona, parece-me que irão tentar escapar-se com a “autonomia”.
Em concreto, para já, a tempo, de forma planeada, pareceu-me NADA.
Ou então não é o “momento certo” ou “ideal” para tratar estas questões. Talvez quando e se voltarmos ao presencial.
E Depois Também Ache Que Com Uns Dispensadores E Pensamento Mágico Tudo Se Resolve
Acrílicos, aulas ao ar livre e idas ao quarto-de-banho fora dos intervalos: estas escolas já estão prontas
(até pode não dar certo, mas ao menos tentaram fazer algo diferente…)
O Meu “Sentido Profundo De Dever Cívico”… 2
… impede-me de colocar dúvidas de carácter ético, moral ou “cívico” em, relação a classes profissionais inteiras, em especial com base no seu estado de saúde quando estão em grupos de risco de contrair a covid-19. Mas há quem tenha feito outro curso de “Educação Cívica” quando foi à escola.
5ª Feira
Saber estar é o contrário de andar sempre a dizer que se sabe estar. Está-se e pronto.
Agora É Que Reparei
Passou ali numa daquelas tiras com notícias em trânsito, numa televisão noticiosa qualquer (começo a ter dificuldade em distinguir se é dos moitasdedeus, se das mourasguedes se dos sousastavares): ontem houve nova ronda negocial ME/sindicatos e ninguém deu por isso.
Ainda Pelo CNE
Em poucas horas e apenas num punhado de conversas, algumas conclusões que não são de espantar:
- Perante crenças cristalizadas ao longo das décadas, não há evidências que valham, pois esbarram em plena rocha e duvido que mesmo batendo muito a coisa rache.
- Um tipo sentado a escrever uma ou duas horas, ao fim de um dia de trabalho ainda consegue chatear muita gente (nomeadamente plataformas).
- O apreço e admiração pelos professores termina no exacto momento em que eles não fazem exactamente o que lhes é legislado ou não se acomodam, no ritmo adequado, ao modelo universal de qualquer coisa.
Há Quem Viva Disto
Educação: Como é que uma reunião demorou seis horas?
(…)
Mas afinal o que é que levou a que fosse tão demorada a reunião de terça-feira na DGAEP (Direcção-geral da Administração e Emprego Público)?
A resposta está nas actas da reunião. Fontes presentes no encontro ouvidas pela SÁBADO explicam que foram precisas mais de duas horas só para chegar a um texto final de acta que satisfizesse todas as partes.
É que só do lado dos professores estavam representadas onze estruturas sindicais e foi preciso imprimir várias cópias das actas e esperar que cada um dos intervenientes as lesse e fizesse as suas propostas de alteração antes de conseguir uma acta que pudesse ser aprovada por todos.
Não levaram tablets ou zingarelhos onde fosse possível fazer circular a informação? Assim não chegamos a uma negociação própria do século XXI.