A Olho Nu

Nunca fomos grande coisa, mas está a entranhar-se fundo, fundo, mesmo em áreas onde antes havia alguma “imunidade”.

Desde 2012 que Portugal oscilava entre os 63 e os 62 pontos, depois de em 2018 ter chegado à sua melhor pontuação, com 64 pontos. Em ano de pandemia, Portugal caiu para a sua pior posição na última década.

Num ano marcado pelo combate à pandemia, não só não se registaram melhorias no combate à corrupção em Portugal, como os níveis de percepção da corrupção passaram a ser os piores de sempre no sector público português, conclui o índice da Transparência Internacional. De acordo com os dados de 2020 a que o PÚBLICO teve acesso, Portugal perdeu três lugares, e caiu do 30.º para o 33.º lugar, ficando “bastante abaixo dos valores médios da Europa ocidental e da União Europeia” (…)

Está-me A Escapar Um Título Adequado Ao Que Penso Disto

António Costa afirma que “O país não pode viver capturado pelas carreiras especiais” e tem razão. Deve ser capturado pelos próprios governantes, família, amigos e conhecidos.

Contratos celebrados por ajuste direto terão representado para a empresa da ministra da Cultura um encaixe na ordem dos 39.500 euros.

Mas se formos ver bem, nos últimos anos os ajustes directos valeram bem mais do que isso.

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Ganhar À Conta Dos Prejuízos Causados

Ex-diretor do BES ganha mais um negócio do Novo Banco

(…)

Um dos negócios de venda de ativos tóxicos do Novo Banco fechado nos últimos dias foi intermediado pela Finsolutia, uma empresa de Nuno Maria de Faria Espírito Santo Silva, antigo diretor de recuperação de créditos do banco, ex-administrador da ES Capital e membro da família Espírito Santo. A mesma empresa já faz parte de um consórcio que, desde o ano passado, gere milhares de imóveis do antigo Banco Espírito Santo (BES).

Na última semana, foi anunciada a venda de duas carteiras de ativos tóxicos a grupos norte-americanos. Num dos negócios, estava em causa a venda de uma carteira de imóveis detido pelo Novo Banco com o nome “Projecto Sertorius”. Chegaram à fase final dois candidatos – os grupos Cerberus e Bain.

Contudo, cada um desses grupos associou-se a uma empresa de gestão de créditos com presença em Portugal, que funcionaram como intermediários. E que, no caso do consórcio vencedor, a empresa portuguesa irá funcionar como ‘servicer’, ou seja prestará os seus serviços na tentativa de recuperação dos créditos comprados.

Lama

Notícias Do Pântano

Ao fim de um mandato é sempre o mesmo. A ganância sente-se impune.

Negócios com o Estado. Os 45 contratos da polémica valem 3,8 milhões

Empresas do pai, da mãe, do irmão e da própria ministra da Cultura fizeram contratos com o Estado

IPSS continuam a não prestar contas

Mais de um terço das Instituições Particulares de Solidariedade Social continuou a não prestar contas ou a apresentá-las com atraso, de acordo com a auditoria da Inspeção-Geral de Finanças.

Há um “apagão” de informação nas Finanças

fog

 

Quis Efeitos “Retroactivos”, Colocar o “Relógio A Funcionar Para Trás”

Nada disto espanta, nada disto é fado, apenas falta de vergonha, clientelismo, só faltando o “boca negra” Carlos César vir explicar-nos que tudo isto não é assim, é conspiração.

As regras eram claras: só podiam ser aprovados subsídios para obras que não estivessem concluídas. Mas a coordenadora do PS para a área do turismo arrecadou mais de 275 mil euros destinados a projectos turísticos que já estavam prontos e a funcionar. Num dos casos há dois anos.

rapatachos

 

Mas O Governo E O Conselho De Ministros De Então Tinham Secções Estanques…

… por isso é que todos aqueles que agora estão e antes estiveram nada virem, ouviram ou souberam. Assim como certos articulistas de referência que acham que estes processos são “monstros” saídos da cabeça de alguns procuradores.

Três ex-ministros dos governos de José Sócrates e dois antigos secretários de Estado: Teixeira dos Santos, António Mendonça, Mário Lino, Paulo Campos e Carlos Costa Pina vão ser constituídos arguidos no processo judicial que investiga os negócios da Parcerias Público-Privadas. A ordem já foi dada, em despacho, pela procuradora que investiga o caso.

Por sua vez, Almerindo Marques, antigo presidente da Estradas de Portugal, fez um depoimento explosivo no processo, contando, por exemplo, como recebeu ordens para destruir documentos.

grito

Acima Do Topo Da Carreira Docente Com Apenas Quatro Anos De “Serviços” (Fora O Resto)

Filho de blogger de José Sócrates contratado para a Câmara de Lisboa

Assessor de Fernando Medina vai receber uma avença mensal de 3752,50 euros durante quase três anos.

Os três contratos, desde 2015 estão aqui. Os favores são pagos de muitas formas. por quem pode.

Atente-se nas funções:

Prestação de serviços de assessoria nas áreas politicas publicas e comunicação politica, nomeadamente na promoção de ferramentas e articulação com os media, no apoio à relação com os cidadãos, no âmbito da estratégia comunicacional definidas pelo agrupamento politico do partido socialista e os seus vereadores eleitos, bem como, análise de conteúdos, recolha de informação, aconselhamento e elaboração de documentos.

Ou seja, contratado pela câmara para servir os vereadores e interesses de um único partido.

Mas, verdade se diga, há partes do seu currículo que demonstram a sua imensa utilidade em matéria de “comunicação política”:

Mas se o interrogatório de António Peixoto, pai, decorreu num registo de amnésia, o de António Mega Peixoto, filho, não foi muito diferente. O procurador Rosário Teixeira e o inspector tributário Paulo Silva quiseram saber por que tipo de trabalhos é que Mega Peixoto fez para a empresa de Rui Mão de Ferro, que justificassem, numa primeira fase a emissão e recibos em seu nome e, posteriormente, em nome do pai pelo valor dos tais 3500 euros/mês. O filho começou por admitir que fazia tais relatórios para o Grupo Lena. “Então diga-me um exemplo de um… projecto de negócios que indicou ao Grupo Lena”, atirou o inspector tributário. “Pois, já não me recordo, assim…”, respondeu a testemunha.

Mais à frente, António Mega Peixoto referiu que analisava os indicadores económicos e índices de confiança em alguns países, nomeando a Argélia, Angola e Cabo Verde como alguns dos que tinha analisado. Depois o diálogo foi assim:

Paulo Silva: Sabe quem é o presidente, o primeiro ministro da Argélia?

António Mega Peixoto: Não, neste momento já não me recordo

Paulo Silva: Não faz a mínima ideia?

António Mega Peixoto: Não.

Rosário Teixeira: E quem era o presidente da Argélia no seu tempo [quando fazia os tais relatórios]?

António Mega Peixoto: Também já não me recordo

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