E Que Tal Descontarem A Parte Que Fica Retida Para O IRS E Para A CGA/S. Social?

Segundo avançou o Ministério das Finanças ao Expresso, a recuperação dos seis anos, seis meses e 23 dias reivindicados pelos docentes teria um impacto de 331 milhões de euros anuais de despesa permanente para o Estado. A somar este valor com os 244 milhões de euros (dos dois anos e cerca de nove meses já recuperados), o impacto da recuperação integral do tempo de serviço dos professores ascenderia a 557 milhões de euros, abaixo dos 800 milhões de euros estimados em 2019 pela tutela liderada por Mário Centeno.

Um Par De Coisas Que (Quase) Me Baralham

Afinal sempre era possível governar em duodécimos, mesmo com evidentes alterações na conjuntura económica. O que significa que, aprovado ou reprovado, parece que o OE22 não é essencial à vida da Nação.

Por outro lado, com todas as alterações que estamos a viver, aquela imagem do primeiro Costa de cópia do OE22 nas mãos no debate com o Rio, para além de todos os gozos gráficos da altura, tornou-se ainda mais anedótica, pois será forçoso um orçamento diferente.

4ª Feira

A cronologia dos factos deveria ser suficiente para evitar certas afirmações absolutamente disparatadas e completas falsificações da História. Gostemos mais ou menos deste ministro, secretário, partido ou nicho de especialistas disciplinares.

Os alunos do 4º ano que fizeram os testes TIMMS em 2015 tinham entrado no 1º ciclo em 2011 e fizeram os primeiros quatro anos de escolaridade no mandato de Nuno Crato e no final de 2014/15 tiveram provas finais.

Os alunos do 4º ano que fizeram os testes TIMMS em 2019 tinham entrado no 1º ciclo em 2015 e fizeram os primeiros quatro anos de escolaridade (e os restantes até agora) no mandato do secretário João Costa (que o ministro Tiago para estas coisas limita-se a ser porta-voz) e foram os primeiros a saber desde o 1º ano que não teriam qualquer tipo de prova final no 4º ano.

As implicações são naturais e é um bocado deprimente ver o passa-culpas de quem adoptou uma política de provas de aferição no 2º ano e acabou com os “exames”. Ou ouvir a Lurdes Figueiral a falar em “medo ancestral” dos alunos portugueses em relação aos “exames” e a alinhar na tese do “em 2019 os alunos aprenderam com as metas do Crato” quando estamos mortinhos de saber o que se passou desde 2015. Espera mais (será que esperava) de quem deveria nortear-se por algum rigor, até pela formação. Nas realmente as datas, a cronologia, a causalidade histórica é mais para a malta de Humanidades e de História, essa “não-ciência”.

Os maus resultados são apenas consequência da eliminação das provas finais do 4º ano? Não, claro que não. Mas lá que isso ajudou muito a algum laxismo e desresponsabilização, parece-me difícil de negar.

Para Memória Passada

25 de Setembro de 2020:

O Presidente da República considerou que uma situação preocupante da pandemia em Portugal seria aquela em que se atingisse um número de mortos na ordem das dezenas diariamente.

4 de Outubro de 2020:

Mais dez mortes e 904 casos: Portugal ultrapassa os 2 mil mortos no pior fim-de-semana da pandemia

Todos Os Anos É O Mesmo

Aparece sempre um destaque oportuno do estudo anual da OCDE a dizer que os professores portugueses isto e aquilo, são uns privilegiados que ganham que se fartam e tem montes de regalias. É mais do que evidente que um professor ganha mesmo mais do que outros profissionais com qualificações idênticas… até porque os professores, na sua larga maioria, tiveram de fazer formações pós-licenciatura. Estou mesmo a ver um médico com 30 anos ou mais anos de carreira a levar 1500 euros limpos para casa. Ou um advogado. Ou um engenheiro. Ou um economista, mesmo no mais falido dos bancos.

Mas mesmo que assim fosse, garanto que o mereceria e só tenho pena que estes estudos do Education at a Glance deixem muito a desejar em algumas comparações que fazem sempre com base numa tabela salarial e estrutura de carreira que são uma ficção. Adoro quando eles fazem aquela de colocar um professor com 15 anos de serviço a ganhar pelo 4º escalão, quando quase todos estão no 2º. Mas é o que fazem passar para a opinião pública.

E depois há coisas incompreensíveis, quando a tabela salarial é única para todos os níveis do Ensino Não-Superior. O que quer isto dizer?

Quanto aos salários auferidos, os professores portugueses dos primeiros anos de ensino ficam a ganhar ligeiramente na comparação, mas recebem menos do que a média na OCDE nos níveis de escolaridade mais avançados.

Não Me Espanta

A falta de “cólidade” de muita informação oficial começa a ser norma. DE a culpa não é sempre dos sistemas informáticos ou dos dados na origem, mas mesmo da lata de competência do factor humano, recrutado com base em critérios muito distantes da competência técnica. E o mesmo se diga (com maioria de razão) das próprias chefias.

Os dados de vigilância epidemiológica da Covid-19 cedidos pela Direção-Geral da Saúde aos cientistas contêm “dados com caráter provisório”, que “poderão ser ainda alvo de validação” e com erros graves – entre os quais falhas na proteção da identidade e “homens grávidos”.

A Direcção-Geral da Saúde cedeu aos cientistas dados incompletos e com erros sobre os doentes com Covid-19, revela esta sexta-feira o Observador. Segundo o jornal, há homens grávidos, falhas graves na proteção da identidade e artigos científicos com dados errados.

Segundo o Observador, o ficheiro recebido pelos investigadores a 4 de agosto tem os dados dos doentes com Covid-19, como idade, sexo, se teve de ser hospitalizado, que cuidados recebeu e se recuperou ou não da doença, até ao dia 30 de junho, mas a base de dados não protege a identidade dos doentes. Mais de 90% dos mortos são potencialmente identificáveis, acusam alguns dos investigadores.

Os investigadores apontam a existência de artigos científicos com dados errados ou com “caráter provisório, que poderão ser ainda alvo de validação e que podem não coincidir com aqueles reportados pelo boletim diário da DGS”, além de falhas graves nos dados, como é o caso de homens grávidos, entre os quais uma criança de 5 anos.

conta

A Shôra Ministra Compra Computadores “Adonde”? Porque Eu Quero Ir Lá Comprar Meia Dúzia

Que raio de contas são estas? Os computadores custam uma notita de 50 ou de 20 euros? Ou ainda menos?

O Governo estima que sejam necessários “cerca de quatro milhões de euros” anualmente para que todos os funcionários públicos tenham um computador portátil do serviçopara trabalharem a partir de casa, disse hoje a ministra da Administração Pública.

(…)

A ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública afirmou que muitos trabalhadores “já têm [portáteis do serviço] , mas para que todos tenham” este é o valor que o Governo prevê ser necessário para a aquisição dos equipamentos.

CatAlice

O Último (E Único) Contrato Que Encontro Para O Portal Das Matrículas É Já De Abril E De Quase 350.00€ (+IVA)

Cláusula 1.ª
Objecto do contrato
O presente contrato tem por objeto a aquisição de serviços de desenvolvimento Portal das Matrículas.

Cláusula 2.ª
Preço Contratual
1. Pela prestação referida na Cláusula 1ª, a PRIMEIRA OUTORGANTE pagará à SEGUNDA OUTORGANTE, o preço contratual de € 348.356,00 € (trezentos e quarenta e oito mil, trezentos e cinquenta e seis euros), a que acresce IVA à taxa legal em vigor.

Não sei se é caro… provavelmente nem é. Desde que funcione.

A empresa é a mesma que já em Maio foi escolhida para:

Aquisição de serviços de construção, desenvolvimento e implementação de aplicação móvel (app) E360 Professor

buraco-dinheiro-2