Que seja inocente até prova em contrário. Mas esta forma de “fazer obra”, ou melhor, de “pagar obra” anda em alta e, sendo pelas vias certas, parece ser meio caminho andado para ser-se recompensado ao mais alto nível.
Casos como este são mais do que muitos pelo país, porque em terra pobre, estes esquemas tornam-se modo de vida e as clientelas fazem lembrar as velhas relações de patrocínio dos tempos romanos ou as feudalidades medievais. Claro que só se lembra de tais afinidades quem tenha tirado um anacrónico curso de História com disciplinas anuais, em vez de ter a História do Mattoso a exibir-se na estante, com as páginas coladas por causa dos anos de imobilidade.
Há quem grite que certas denúncias e indignações são “demagogia” ou “populismo”, mas é mais do que evidente que não vão além do papagueio de chavões, que não entenderam ainda que demagógicas e populistas são certas políticas locais baseadas na hidratação mútua das mãos de quem interessa.
Secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro foi acusado no âmbito de um inquérito resultante de uma denúncia anónima aberto em 2019.
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