5ª Feira

Fosse esta gente de palavra e a questão estaria resolvida.Mas sabemos que não é assim. Curiosamente, a CMTV, na parte da entrevista a Pedro Nuno Santos nunca destacou as afirmações sobre os professores, preferindo manter uma tarja sobre a alta velocidade, antes de passar para uma sobre os médicos e o SNS. Porque para o CM e a CMTV (mas não só) os professores só parecem contarem em certos contextos e momentos. Por isso, fica a imagem da jornalista da CNNP, que lá destacou a coisa.

Mas tudo isto mais não é do que uma galeria de horrores eleitoralistas.

A Máquina De Lavar Não Pára

O homem tem mesmo uma relação obsessiva com o seu “legado”.

Tanta m€rd@ que fizeram que não estava no “pugrama”.

O ministro da Educação, João Costa, explica que o Governo “não teve condições financeiras para responder a tudo”, mas que, ainda assim, resolveu “problemas muito antigos da carreira dos professores”.

Um problema bem antigo – varrer carreiristas demagogos do ME – continua por resolver.

Desculpem-me, Mas Tenho De Voltar, Com Brevidade Higiénica, Ao Bestial Hipócrita

Não consigo ter qualquer respeito político pela criatura. Acho-o de uma desonestidade intelectual ao nível de um gualterlemos, não por acaso outro fanático da ócêdêé.

E isto empre ajuda a disfarçar do descalabro do pisa. Que é um ranking, mas como é da “patroa”… não fica bem dizer mal.

Eu disse sempre que a reivindicação dos professores é justa e legítima. Depois tivemos de a enquadrar na gestão dos Orçamentos de Estado que tivemos e ver em termos de exequibilidade aquilo que é possível. Se houver uma gestão, que espero venha a ser liderada por Pedro Nuno Santos enquanto primeiro-ministro, que, em termos de opções orçamentais, consiga dar resposta a isto – como ele diz na sua moção – no quadro de todas as carreiras da administração pública que têm tempo para recuperar, obviamente que fico muito contente e mais contentes ainda ficarão os professores.

O Problema Não É O (Verdadeiro) Populismo Eleitoralista…

… mas o facto de se dar a entender que isto já não acontece em tantas escolas com a designação de “suplemento”. mesmo para quem, não tendo ainda escalão algum por diversas razões, é sinalizado como necessitando deste tipo de apoio.

A medida vai abranger todos os estudantes do primeiro escalão da ação social que frequentem os ensinos pré-escolar, básico e secundário, segundo uma proposta de alteração do PS ao OE.

Do Desvario Demagógico

O bestial ministro mistura tudo, numa mixórdia da qual só posso concluir que, o mais certo, é faltar um projecto MAIA na faixa de Gaza e uma delegação Ubuntu em Telavive.

O Ministro da Educação, João Costa, alertou hoje para o risco da cultura do imediatismo no aprofundamento de radicalismos e intolerâncias, exemplificando com o conflito entre Israel e o Hamas e confusão ente ativismo e vandalismo.

Imediatismo? No Médio Oriente? Realmente, os conflitos ali devem ser uma espécie de epifenómenos, nascidos de uma qualquer mensagem de Whatsapp. Nada com remotas raízes históricas e séculos de confusão.

Realmente, há quem deva ter feito a disciplina de História com os dois olhos fechados. Cá para mim, as Cruzadas foram culpa das redes sociais e os pogroms uma criação do tuítas e do insta medievais.

Maior demagogia é difícil de encontrar. Nascida do desejo de produzir um certo imediatismo populista.

E continua, numa espécie de variante de Edgar Morin para totós, logo o tipo que mais tem feito em prol da transformação do currículo num mosaico de modas e dos conteúdos programáticos num retalho desconexo de vacuidades, a começar pela sua querida disciplina de Cidadania à la minute.

“Esta cultura do imediato prejudica a qualidade da democracia, por um lado, e a qualidade da aprendizagem por outro”, afirmou hoje o ministro da Educação, considerando que a falta de tempo para transformar a informação em conhecimento, conduz a “aprofundamento de novos radicalismos e de novas intolerâncias”.

Exemplificando com “o que está a acontecer em Israel e em Gaza neste momento”, Joao Costa disse ver “com tristeza, opiniões em que parece que o sangue de uns vale menos do que o sangue de outros, como se o sangue das crianças, dos dois lados daquele muro não fosse exatamente igual” e não se estivesse “sempre a falar de seres humanos que estão a perder a sua vida”.

Outro exemplo é a “confusão entre ativismo e vandalismo, porque o ataque à arte é o ataque à palavra, o ataque à expressão e o ataque à liberdade criativa”, apontou o ministro, considerando que tal acontece quando a sociedade recusa a si própria “o tempo do aprofundamento, o tempo do debate, o tempo da complexidade, o tempo que está inerentemente associado à leitura”.