Globalmente, o prémio terá de ser dividido entre o Filinto Lima e o ministro da Educação.
O primeiro porque, com um discurso que até conseguiu fugir à total demagogia de outros, se multiplicou em declarações para tranquilizar a opinião pública quanto à segurança dos espaços escolares (mesmo se já se tentou explicar que o maior problema não é esse); foi curioso o encontro de amigos junto à sua escola-sede com o João Dias da Silva (que até disse que os alunos que vamos receber esta semana não são os mesmos que deixámos em Março, como se ele tivesse deixado alguns ou fosse receber seja quais foram) e o pai Ascenção da Confap.
.O segundo porque em mini-entrevista à TVI, numa bem escolhida sala com carteiras individuais para os alunos, parecia uma picareta falante, a despejar todo o guião a cada pergunta, mesmo quando respondia completamente ao lado da pergunta, como quando disse que tinham uma lista ordenada de professores para assegurar substituições. Sim, homem, tens uma lista. E se a lista não tiver gente suficiente ou se a maior parte de declarar indisponível para passear pelo país nas actuais condições? Por outro lado, a máscara pareceu melhorar-lhe o discurso e não pisca-piscou tanto como é habitual. Já agora, o “regime excepcional” de protecção com que encheu tanto a boca é aquele que ao 31º dia deixa de pagar salário aos trabalhadores de risco, certo?
O prémio “estou aqui, mas não queria” vai para o SE Costa que, na generalidade dos instantâneos televisivos, apareceu ali mais na linha de fundo, fora de grandes ajuntamentos, não vá o bichinho tecê-las.
Por fim, quanto ao PM, realmente o lugar dele é mesmo a tirar fotos na final da Champions no camarote dourado da Luz, porque cada vez é mais difícil ouvi-lo sem um enorme enfado com aquele ar de quem sabe que está garantido no lugar, enquanto garantirem que o psd está reduzido a minions e a esquerda espera por aljubes e outras coutadas.

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