… fica outra vez no ponto em que estava há meia dúzia de anos.
É sempre interessante ver a “esquerda radical” e a direita liberal ou outra a concordarem.
Quando o peso fiscal nos combustíveis anda perto de um euro por litro (quase 60% do preço final), o governo anuncia com pompa e circunstância a descida de 1 e 2 cêntimos no ISP:
Por uma vez, entreguei o IRS bem longe do fim do prazo que, agora, é cada vez mais longo, para poderem guardar os reembolsos mais tempo. Já lá vai mais de mês e meio, mais de um mês depois da mensagem a confirmar que tudo estava em ordem, pelo que decidi ir ao site da AT ver o que se passaria, porque isto de processar os reembolsos, calculados automaticamente, também me parece ser processo que o vírus não atrase por aí além. Ao que parece a ordem de pagamento foi feita há 10 dias, mas nada de nada quanto a chegar o devido que, claro, chegará sem juros de mora por lá ter estado guardado em média um ano (18 meses o de Janeiro, 6 o de Dezembro).
Mas ainda leio avantesmas a dizer que professor não paga impostos.
Ando a embirrar solenemente com o termo “sustentabilidade”. Não é estado d’alma novo, mas agravou-se desde que os spin doctors do actual PM decidiram que era muito “esperto” associar “sustentabilidade orçamental” e “sustentabilidade ambiental” para justificar a não redução da carga fiscal sobre os combustíveis a água e o gás, como se o pessoal passasse a fazer menor refeições a tomar menos banhos e a ir para a cama com as galinhas (salvo seja) por causa disso e assim salvássemos o planeta, quando os grandes consumidores têm os benefícios negados aos pequenos. Pior… se é verdade que cada vez mais electricidade é produzida por meios “sustentáveis” (energia solar ou eólica, por exemplo), o argumento ainda se torna mais hipócrita.
A conta que por lá resta não deve passar do Verão.
Em 2018, a carga fiscal aumentou 6,5% em termos nominais, diz o Instituto Nacional de Estatística. Representou 35,4% do PIB, o valor mais alto desde 1995.
Mas o génio vive sempre numa realidade alternativa, portanto…
Centeno sugere carga fiscal alternativa: esta, ao contrário da outra, desce
Défice fechou 2018 em 0,5% do PIB. Governo leva resultado histórico para as legislativas
O problema é que é custa ao esbulho praticado sobre os cidadãos, de forma directa ou indirecta-
Carga fiscal sobe para 35,4% do PIB em 2018. Atinge um novo recorde
E se não querem que a auditoria se estenda aos créditos pós-intervenção, não será, certamente, por ingenuidade ou inocência. Tudo com o beneplácito, no concreto das acções ou omissões, da “esquerda radical”.
Estado português poderá ter que assumir mais responsabilidades no Novo Banco além dos 3,9 mil milhões do Fundo de Resolução?