Por França

Des conditions de travail difficiles qui engendrent une perte de sens

Au-delà de la question de la rémunération, les professeurs déplorent leurs mauvaises conditions d’exercice. « Les enseignant que nous accompagnons décrivent des conditions de travail parfois compliquées et ont l’impression que leur métier est peu valorisé dans la société  », témoigne Aude Eleuch, responsable pédagogique de l’association Le Choix de l’école, qui accompagne les enseignants de collège durant leurs deux premières années d’expérience. Les baromètres de l’UNSA des métiers de l’éducation en font également état : « Cette désaffection concerne aussi bien le sens du métier que les conditions matérielles liées, par exemple, à la gestion de classes surchargées. Les professeurs se plaignent aussi du climat des établissements, de moins en moins serein, ainsi que des mauvaises conditions de travail en équipe », souligne Frédéric Marchand. Pour lui, la solution serait notamment d’inscrire les réformes dans le temps long afin qu’ils retrouvent de la stabilité et du sens dans la pratique de leur métier : « Les réformes qui se succèdent, les changements de programmes, la tendance à généraliser des expérimentations qui n’ont pas été suffisamment évaluées… Tout cela contribue au sentiment de perte d’ancrage et à la dégradation du climat de confiance au sein de l’école », souligne-t-il.

La pénurie d’enseignants pour la rentrée de 2023 s’aggrave d’après les premiers chiffres

Education. Vers une pénurie de professeurs à la rentrée 2023

Malgré une légère hausse du nombre de candidats aux concours de l’enseignement 2023, le nombre total d’inscrits reste faible. Ainsi, il n’y aura pas assez d’enseignants pour couvrir l’ensemble des besoins sur le territoire, comme l’a confirmé le ministre de l’Education nationale Pap Ndiaye. 

Também por aqui não se encontra nenhuma “vinculação dinâmica”, muito pelo contrário. è curioso como no debate interno, ninguém (ou quase) se preocupa em verificar o que se faz lá fora. Se partilharam o erro, poderia partilhar saídas para o disparate.

PÉNURIE DE PROFESSEURS : 3 FAÇONS DE RENDRE LE MÉTIER PLUS ATTRACTIF

(…)

AUGMENTER LES SALAIRES

MIEUX FORMER

PROPOSER DE CHOISIR SON AFFECTATION

Pela Alemanha

O ataque transnacional à carreira docente deu nisto:

Study reveals Germany could be in need of over 80.000 teachers by 2030

Germany Faces Biggest Teacher Shortage in 50 Years

‘More than 50,000’ unfilled teaching positions in German schools

Soluções? Num estado federal, há diferentes possibilidades, mas quem pode, paga mais ou dá melhores condições de trabalho (menos sobrecarga de tarefas redundantes ou desnecessárias), não cria “vinculações dinâmicas”.

How can more young people be encouraged to take up teaching? “If you ask teachers what they want most, it’s not more pay, but more time for their core tasks,” said Meidinger. They are being saddled with organizational tasks and extra projects. “Of course, digitization also requires a lot of training and support, which is often lacking,” he added.

States competing for teachers

Individual states, increasingly desperate for teachers, have begun a fierce competition. Brandenburg has begun offering teachers extra job security, promising them civil servant status as soon as they have their bachelor’s degree. The wealthy southern state of Bavaria offers teachers from other states a handsome relocation allowance and higher salaries.

“If you look at Bavaria, it’s the strategy of State Premier Markus Söder to try to poach as many teachers as possible from other states next year,” Wolf said.

Pela Holanda

Parece que a variedade de municipalização por lá não conseguiu impedir o envelhecimento docente. Mas ao menos, para resolver o problema, tentam dar condições financeiras melhores ou outro tipo de compensações.

O Plano Para Atrair Mais Horas De Trabalho Na Educação

(…)

Mais Dinheiro Ou Mais Dias De Férias

Quatro tipos de compensações são dadas à escolha nas escolas. Uma recompensa financeira extra, por exemplo. Pesquisas anteriores do ministério mostraram que 10% dos professores gostariam de trabalhar um dia extra com um bónus de pelo menos 150 euros líquidos por mês. Com um bónus de 400 euros líquidos por mês, a percentagem sobe para os 40%.

Outra forma de convencer os professores é dar dias de folga. Os professores temem no entanto não poder tirar uma folga se começarem a trabalhar cinco dias em vez de quatro.

Pensando Bem, Todos Têm Escola

E pensando ainda melhor, se calhar são mais os que não têm aulas por faltarem do que por faltarem os professores, certo?

Tudo depende da perspectiva… e já que é para aldrabar a opinião pública, que seja à fartazana. O galamba, se formos a olhar com alguma atenção a forma de retorcer os factos, é apenas mais destrambelhado. A essência difere pouco.

Questionado pelo PSD sobre a falta de professores, João Costa adiantou que existem agora cerca de 1200 alunos que estão sem aulas a pelo menos uma disciplina. “Se olharmos, ao dia de hoje, e descontarmos o tempo normal dos procedimentos de contratação — a reserva de recrutamento e contratação de escola têm um tempo normal desde a indicação da necessidade até à contratação de cerca de três semanas —, temos cerca de 1200 alunos sem aulas”, afirmou João Costa.

Ou seja, o valor apresentado pelo ministro não contempla os casos em que os processos de substituição dos professores em falta estão já em curso, embora estes não estejam ainda nas escolas a dar aulas.

A Ler – 2

Quando se é professor e se está por “dentro” da coisa, percebe-se melhor a desonestidade do pessoal político. No meu caso, que como encarregado de educação levei com a falta de professores muito antes de ela ser “oficial”, identifico-me com a desesperança do André.

Não está tudo bem, antes pelo contrário, o ensino está moribundo, não pelos docentes ou assistentes operacionais, mas sim por parte de quem faz a gestão do mesmo.

A “Fabricação” Do Caos Como Oportunidade Para A Total Desregulação

Lá fora, há quem admita sem grande receio o objectivo de tornar a docência um trabalho como outro qualquer, naquela lógica de indiferenciação da mãos de obra, típica do neoliberalismo. Um trabalho “generalista”, com o eventual apoio remoto de “especialistas”. Mas ao menos ainda têm a “delicadeza” de qualificar o nosso tempo como “precioso”.

The national teacher shortage presents a once-in-a-generation opportunity to rethink the shape of schools and the delivery of teaching, which has changed little over the past 100 years, in a way that brings them more into alignment with modern workforce design.

Modernising the delivery of education would also have knock-on benefits in freeing up time and resources that would ultimately benefit the educational progression of Australia’s school students.

Mike Hennessy, chief research and insights officer with school workforce analytics company PeopleBench, says schools need to consider experimenting.

“We need to look at different models, which is going to mean more flexibility and experimentation with how the school workforce is structured. If we are going to make the best use of precious teachers’ time, then education needs to look at adopting organisational processes used by other sectors,” he said.

This might, for example, include hybrid models which have generalist teachers in schools and some specialist teachers working remotely to deliver courses to students across a wide number of schools.

E lá por fora, o fenómeno também não é novo, nem sequer as razões são muito diferentes.

The real reasons behind the U.S. teacher shortage

There’s a teacher shortage across the United States — but that’s not exactly news. The U.S. Department of Education maintains an annual list — state by state — showing the subject areas in which there are too few teachers going back to the 1990-91 school year. What’s new is the size of the shortage and the reasons for it.

(…) The reasons why this is happening are important. Teachers always come and go, but in recent years there are some new reasons for the turnover. Polls show that public school teachers today are more disillusioned about their jobs than they have been in many years. One 2013 poll found that teacher satisfaction had declined 23 percentage points since 2008, from 62 percent to 39 percent very satisfied, the lowest level in 25 years. Fifty-one percent of teachers reported feeling under great stress several days a week, an increase of 15 percentage points reporting that level in 1985.

Report: National Teacher Shortages A Result Of Low Wages, Tough Political Environments

A new report has found that a combination of low salaries, tough political environments and accountability measures are contributing to a national teacher shortage, leading some classrooms to be led by instructors with little experience.

Em outras paragens ainda há uma discussão sobre o tema, ao contrário de cá, onde a larga maioria dos políticos está de acordo, pois aquilo que o ministro Costa apresentou poderia ser qualificado como ir “muito além da troika”. Imaginem que em 2012 alguém propunha quadros de professores intermunicipais, sem vínculo permanente a qualquer escola/unidade orgânica.

NSW parliamentary report reveals deep political divisions over fixing teacher shortages

(…) Inquiry shows ‘disdain’ to teachers

(…) The committee heard from teachers whose mental and physical health was suffering, and one who said they had become dependent on alcohol to cope with burnout.