Aquela coisa de desconfiarem das redes sociais e blogues por vezes dá destes atrasos. Não se antecipa, não se “cheira”, apenas se reage.



Portanto… uns não sabiam e outros sabiam, uns estudaram e outros não, a uns correu bem, a outros não e a outros nem por isso. Lá por isso, eu poderia ter escrito isto em qualquer dia, de qualquer semana, de qualquer mês, em que se tivesse realizado um qualquer exame.
Isto é o chamar “encher chouriços” ou, parafraseando uma outra expressão, é uma “salsicha jornalística”. Se não há nada para dizer/escrever, nada como descrever o óbvio, nas suas diversas facetas.
Logo na primeira página? É que o assunto nem sequer era de escassa delicadeza. Algo que no pedido de desculpas não é devidamente especificado. Em outras paragens, isto dava direito a um processo de milhões. Por cá, ainda se descobre que a culpa foi do computador. Ou de algum estagiário, pago à hora, se tiver sorte.
Excelente jornalismo é descobrir como um foragido escapou à Justiça e para onde foi, divulgando essa informação. Jornalismo de sofá é conseguir mandar-lhe uma qualquer mensagem e acordar um exclusivo onde o dito foragido apresenta as suas exigências para voltar ao país, sem especial contraditório. A CNN Portugal escolheu um destes caminhos.
Parece-me peixe miúdo mas, de algum modo, sigificativo:
Parece que o Expresso precisa de cumprir uma quota trimestral ou semestral de primeiras páginas com “alarmes” relacionados com os professores. A verdade é que nada mudou, absolutamente nada, excepto a possibilidade de negociar qualquer coisa, que nem se sabe bem o quê ou como.
Grande parte destas “entidades”, criadas com nome forsomethig fazem-me lembrar os vendedores de banha da cobra de outrora. São capazes de diagnosticar inundações no deserto e hiper-pilosidade em bolas de bilhar para justificarem o seu ansiado “nicho de mercado”. O pior é que há “jornalismo” que acha que isto merece títulos como se fossem a sério. A culpa da disseminação da estupidez é só das redes sociais?