(a maior parte das medidas não custam absolutamente dinheiro nenhum, pois os alunos são “atirados” para as aulas regulares em nome de um conceito economicista de inclusão… porque depois das pessoas “certas” chegarem à Corte, a plebe já pode ser deixada entregue a si mesma…)
Nunca me tinha ocorrido. Nem aos serviços do ME que não permitem a abertura de novas turmas e mandam meter quem chega em turmas já apinhadas.
Já agora… nestas notícias, quando se fala em “escolas” é naquele sentido em que, em outras, se fala nos directores e nas lideranças ou é chuveirinho?
E mesmo para fechar… o que dizer de inspecções que parecem delegações do “maia” para obrigar as escolas a usar uma metodologia específica de trabalho? Será essa a sua função?
Mas quer-me parecer que andam mais numa de ver as monitorizações em grelhas aprumadas. Embora ameacem que podem entrar pelas salas dentro, algo que sem a devida identificação, no momento oportuno, me parece uma prática algo irregular. Entretanto, já se ouve o esfregar de mãos dos “formadores inclusivos” da corte do agora ministro Costa. Há powerpoints que andam numa roda viva.
Público, 14 de Abril de 2022, artigo de Clara Viana
O curioso é que a equipa da OCDE diz que onde foi tudo é maravilhoso. No entanto, devem ter-lhes dito outras coisas e eles acreditaram. E ficamos sem perceber no que as recomendações agora publicitadas se baseiam. Na observação directa não foi, portanto… será na base do interesse do “encomendador” que se concluiu existir “segregação dos alunos imigrantes” para agora justificar medidas a preceito?
Lamento, mas conhecendo até de perto a realidade de um dos seis (6!) agrupamentos de escolas que foram visitados em 2021 e leccionando em um (a 5 minutos de carros) onde a proporção de alunos oriundos de fora de Portugal andará pelos mesmos valores, acho que estas conclusões não passam daquilo que já se sabe. Se o “cliente” pediu e pagou uma mesa com três pernas, quem são os carpinteiros para lhe dar uma com quatro?
A economista Peralta é uma personagem recente, mas intensa, no panorama mediático-opinativo em matérias como a Educação e as desigualdades em geral. Quase escrevia que uma Raquel Varela com menos decibéis e eyeliner, mas temi ser mal entendido e eventualmente acabar por ser acusado de ter um discurso menos inclusivo. Mas depois atentei no título do seu último artigo para o Público e fiquei mais relaxado.
Já repararam que se formam “médicOs” e “professorAs”?
Nos meus tempos de leituras para efeitos académicos, dei com abundante literatura sobre este tipo de pensamento enviesado, quase inconsciente, em que se perpetuam esquemas mentais com base em estereótipos de género. Neste caso, a Medicina (nobre e distinta) é para os homens e a docência (uma quase semi-profissão para algumas teses sociológicas) para as mulheres. Mesmo se as mulheres são maioritárias na Medicina há cerca de uma década (e a tendência é para aumentarem atendendo às matrículas nos cursos de Medicina).
Curiosamente, no Ensino Superior, os homens continuam a ser a maioria entre os docentes. Mas claro que a economista Peralta estava a pensar nos níveis inferiores, aqueles sobre os quais os preconceitos se derramam de forma mais natural.
Governo muda regras de acesso a abono. Objetivo era pôr termo a concessões inadequadas, mas só um ano e meio depois é que foram publicados os critérios em portaria
Estamos safos. Parece que depois de levarmos 4-2 da Alemanha, também podemos levar 4-2 da França e ser apurados na mesma para os oitavos de final. Quem diz que o “sucesso” não está ao alcance de qualquer um?
A Câmara Municipal de Alcácer do Sal promove no dia 22 de junho um webinar, no âmbito da área da Educação, cujo tema é “Diálogos sobre a Gramática e a Retórica da Inclusão”. Dinamizada por Joaquim Colôa, a sessão realiza-se via plataforma Teams e decorre entre as 18h e as 19h30.