Preocupante

Mesmo se não é exactamente esta a minha experiência. As coisas surge ao de cima mais para o fim da adolescência, por influência directa dos adultos e famílias, quando se começam a definir de modo mais evidente as “afectividades”.

Our research suggests that children withdraw from cross-race engagement because, at around 10 years of age, they come to view prejudice as a despicable trait that does not change. Children at this age begin to recognize the stakes associated with race and cross-race interactions—including the risks of being labeled as, or targeted by, someone prejudiced. And to the extent that children come to believe in the permanence of prejudice, they disengage from the cross-race encounters that could subject them to these risks.

Interessante

Embora algumas partes contradigam claramente certas teses que por cá navegam quanto ao excesso de informação dada aos alunos. Ou quanto à necessidade de repetição.

‘What Works’ In Reading Comprehension—And What Doesn’t

(…)

With word-recognition—and to a lesser extent, fluency—it makes sense to limit the analysis to studies in the field of reading. Learning to sound out, or “decode,” words involves a finite set of skills that, when practiced in a systematic way, usually lead to success.

But reading comprehension is different. It’s not just a reading process. It’s inextricably connected to the process of learning in general. And cognitive scientists have found that the key factor in learning new information is how much relevant information you already have.

That’s because the aspect of our consciousness that takes in new information, our “working memory,” is easily overwhelmed. Until we become fluent readers, we have to juggle things in working memory like how to decode unfamiliar words and where to put the emphasis in sentences, in addition to the new information in the text. The more information we have in long-term memory that’s relevant to the text—whether that’s knowledge of the topic or general academic vocabulary, or both—the more capacity we have in working memory to understand and retain new information.

But little of that evidence from cognitive science is reflected in the practice guide, or in the research the panel surveyed. There’s a nod to “building word and world knowledge,” but that turns out to mean brief, one-time explanations of unfamiliar terms just before students read a text. That may help kids wrest meaning from the passage at hand in the moment, but unless they hear those words again—repeatedly, over a period of weeks, in different contexts—the knowledge is unlikely to stick and enable them to become better overall readers.

Pandora Papers

The largest investigation in journalism history exposes a shadow financial system that benefits the world’s most rich and powerful. Read more.

Parece-me peixe miúdo mas, de algum modo, sigificativo:

A nova fuga de informação do ICIJ inclui três políticos em Portugal. O vice-presidente do PSD, Nuno Morais Sarmento, usou as Ilhas Virgens Britânicas para ser sócio de um hotel em Moçambique. Vitalino Canas teve uma procuração passada para abrir contas em Macau. E o ex-ministro Manuel Pinho transferiu o seu dinheiro para uma nova companhia offshore quando quis comprar um apartamento em Nova Iorque

A Ler

THE TEACHERS HAVE SOMETHING TO SAY

Lessons Learned from U.S. PK-12 Teachers During the COVID-impacted 2020-21 School Year

(…)

The primary message we heard from teachers is that they have not been valued as partners in designing our educational response to COVID. Specifically, the following three themes emerged from our interviews: 1.) exclusion from decision-making processes is demoralizing to teachers, especially when combined with worsening working conditions and widening inequalities; 2.) ignoring the concerns of teachers led to policymakers and school leaders advancing several seriously ill-considered ideas over the objections of practicing teachers; and 3.) teachers have developed a variety of effective instructional strategies in response to the challenging conditions of COVID. Delta is already disrupting school openings across the country. The school systems with the most effective approaches to pandemic schooling over the next year and beyond will be those that listen seriously to the concerns and insights of teachers and include them in design and decision-making.

O Pecado (Educativo) Original

Após profunda pesquisa hermenêutica e detalhada análise semiótica, declaro ter encontrado a fonte primeira do “novo paradigma” educativo costista.

Ordenou o Senhor ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim podes comer livremente; mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás. (Génesis: 2, 16-17)

(há versões que optam por “ciência” em vez de “conhecimento”, mas vai dar ao mesmo)

O Retrato Possível

Das condições de vida das crianças em Portugal, a partir dos dados estatísticos disponíveis, nem sempre actualizados à realidade mesmo presente.

Tem dados muito interessantes, em especial sobre as condições de habitação e de vida dos alunos fora das escolas. Depois, claro, tem ali uma extrapolação final completamente hiperbólica, com um valor mais do que hipotético dos “reais custos” acumuladas até 2100 (!!!) em termos económico-financeiros do encerramento das escolas em 2020, a partir de um estudo em que se mostra que Portugal até foi dos países que menos dias de aulas tinha perdido quando recomeçou o Secundário. Se fosse com base nesse indicador teríamos sido o 12º menos afectado pela pandemia na amostra de 34.

Ahhh! “Eles” Vão Agarrar-se Aos Efeitos Colaterais!

Estudo suíço mostra que o encerramento de escolas pode reduzir em 21,6% a mobilidade das pessoas e travar o ritmo de circulação do vírus, com crianças e pais confinados em casa. Mas há também muitos possíveis efeitos colaterais negativos da medida.

(…) O artigo explica que “a mobilidade humana num determinado dia prevê casos comunicados com 7-13 dias de antecedência” e que “uma redução de 1% na mobilidade humana prevê uma redução de 0,88-1,11 % nos casos comunicados diariamente de covid-19”. “Se as escolas estiverem fechadas, podemos esperar uma grande mudança de comportamento”, referiu Stefan Feuerriegel à AFP.

O estudo original, com muita matemática para a minha carroça, mas uma conclusão evidente e que alinha com outras de estudos de final de 2020: o encerramento das escolas é das medidas mais eficazes para a redução da mobilidade e dos contágios.

The mediation analysis shows a large direct effect for bans on gatherings of more than 5 people,
bans on gatherings of more than 100 people, and school closures
(4). Pronounced indirect effects
are found for all policy measures. In particular, the indirect effect of venue closures makes up about
a third of their total effect at several lags. Moreover, border closures are estimated to only have
reduced the reported number of new cases indirectly through mobility

Investigação Em Forma De Viés

Há projectos de “investigação” que são todo um programa ideológico à espera da evidente confirmação das suas teses de partida. Que, mesmo quando dizem que não resposta certas ou erradas, trazem questões onde está mais do implícito o que se pretende.

Recebi há pouco um questionário, reenviado por uma colega que abandonou o preenchimento, e muito bem, optou por questionar as autoras acerca do “método” de construção e encadeamento do questionário.

É sobre “Crenças sobre a retenção escolar” e tem perguntas para graduarmos a nossa posição (de “discordo” a “concordo totalmente”) sobre certas atitudes como “É oferecendo a todos os alunos – dotados e pouco dotados [mas sem definir estes conceitos] – as mesmas oportunidades de aprendizagem que se constrói uma escola justa” ou “A instrução deve ser alicerçada em torno de problemas com respostas corretas e claras em torno de ideias que a maior parte dos alunos possam assimilar rapidamente”. Ou “quanto maios [sic] o professor demonstrar confiança na capacidade da criança mais ela desenvolverá a inteligência”.

Claro que são questões com respostas encavalitadas e, já agora, quando eu consultei literatura sobre a elaboração de questionários deste tipo, aprendi que se deve ser conciso e claro no que se pergunta, em vez de fazer uma espécie de “manifestos”. A maioria das “perguntas” estão formuladas de um modo que dá claramente a entender o que se pretende concluir, ou melhor, o que se considera ser a atitude “certa”. Dificilmente se descobre algo novo, quando se expõem de forma tão óbvia os pressupostos ideológicos da “pesquisa”.

Se as autoras quiserem, eu posso elaborar já introdução e a conclusão do estudo, mesmo sem acesso aos resultados do inquérito. Porque já vi este caminho ser percorrido tantas vezes, que o faço de olhos fechados.