Não Gostam De Apontar A Suécia Como Exemplo?

Via António Rodrigues.

Já com a municipalização, tinham invertido a marcha quando ainda os homenscristos (por quem o ministro Costa nutre natural “consideração (…) enquanto analista e comentador”) andavam por cá a vender a teoria. E por “vender”, quero dizer literalmente.

S’appuyant sur l’avis de médecins, le gouvernement de centre-droit veut réduire le temps passé par les élèves devant les écrans et faire revenir les manuels scolaires dans les classes.

Por França

Des conditions de travail difficiles qui engendrent une perte de sens

Au-delà de la question de la rémunération, les professeurs déplorent leurs mauvaises conditions d’exercice. « Les enseignant que nous accompagnons décrivent des conditions de travail parfois compliquées et ont l’impression que leur métier est peu valorisé dans la société  », témoigne Aude Eleuch, responsable pédagogique de l’association Le Choix de l’école, qui accompagne les enseignants de collège durant leurs deux premières années d’expérience. Les baromètres de l’UNSA des métiers de l’éducation en font également état : « Cette désaffection concerne aussi bien le sens du métier que les conditions matérielles liées, par exemple, à la gestion de classes surchargées. Les professeurs se plaignent aussi du climat des établissements, de moins en moins serein, ainsi que des mauvaises conditions de travail en équipe », souligne Frédéric Marchand. Pour lui, la solution serait notamment d’inscrire les réformes dans le temps long afin qu’ils retrouvent de la stabilité et du sens dans la pratique de leur métier : « Les réformes qui se succèdent, les changements de programmes, la tendance à généraliser des expérimentations qui n’ont pas été suffisamment évaluées… Tout cela contribue au sentiment de perte d’ancrage et à la dégradation du climat de confiance au sein de l’école », souligne-t-il.

La pénurie d’enseignants pour la rentrée de 2023 s’aggrave d’après les premiers chiffres

Education. Vers une pénurie de professeurs à la rentrée 2023

Malgré une légère hausse du nombre de candidats aux concours de l’enseignement 2023, le nombre total d’inscrits reste faible. Ainsi, il n’y aura pas assez d’enseignants pour couvrir l’ensemble des besoins sur le territoire, comme l’a confirmé le ministre de l’Education nationale Pap Ndiaye. 

Também por aqui não se encontra nenhuma “vinculação dinâmica”, muito pelo contrário. è curioso como no debate interno, ninguém (ou quase) se preocupa em verificar o que se faz lá fora. Se partilharam o erro, poderia partilhar saídas para o disparate.

PÉNURIE DE PROFESSEURS : 3 FAÇONS DE RENDRE LE MÉTIER PLUS ATTRACTIF

(…)

AUGMENTER LES SALAIRES

MIEUX FORMER

PROPOSER DE CHOISIR SON AFFECTATION

Pela Alemanha

O ataque transnacional à carreira docente deu nisto:

Study reveals Germany could be in need of over 80.000 teachers by 2030

Germany Faces Biggest Teacher Shortage in 50 Years

‘More than 50,000’ unfilled teaching positions in German schools

Soluções? Num estado federal, há diferentes possibilidades, mas quem pode, paga mais ou dá melhores condições de trabalho (menos sobrecarga de tarefas redundantes ou desnecessárias), não cria “vinculações dinâmicas”.

How can more young people be encouraged to take up teaching? “If you ask teachers what they want most, it’s not more pay, but more time for their core tasks,” said Meidinger. They are being saddled with organizational tasks and extra projects. “Of course, digitization also requires a lot of training and support, which is often lacking,” he added.

States competing for teachers

Individual states, increasingly desperate for teachers, have begun a fierce competition. Brandenburg has begun offering teachers extra job security, promising them civil servant status as soon as they have their bachelor’s degree. The wealthy southern state of Bavaria offers teachers from other states a handsome relocation allowance and higher salaries.

“If you look at Bavaria, it’s the strategy of State Premier Markus Söder to try to poach as many teachers as possible from other states next year,” Wolf said.

Pela Holanda

Parece que a variedade de municipalização por lá não conseguiu impedir o envelhecimento docente. Mas ao menos, para resolver o problema, tentam dar condições financeiras melhores ou outro tipo de compensações.

O Plano Para Atrair Mais Horas De Trabalho Na Educação

(…)

Mais Dinheiro Ou Mais Dias De Férias

Quatro tipos de compensações são dadas à escolha nas escolas. Uma recompensa financeira extra, por exemplo. Pesquisas anteriores do ministério mostraram que 10% dos professores gostariam de trabalhar um dia extra com um bónus de pelo menos 150 euros líquidos por mês. Com um bónus de 400 euros líquidos por mês, a percentagem sobe para os 40%.

Outra forma de convencer os professores é dar dias de folga. Os professores temem no entanto não poder tirar uma folga se começarem a trabalhar cinco dias em vez de quatro.

Isso É Lá Fora

Por cá, medinas continuam a gerir milhares de milhões, escondendo relatórios, entre outras habilidades de político de águas turvas.

BBC chairman Richard Sharp has resigned after breaking rules over dealings with Boris Johnson ahead of his appointment.

report found Mr Sharp created the appearance of a conflict of interest by not fully disclosing his knowledge of the ex-PM’s personal finances.

His position was scrutinised after it emerged he tried to secure a high-level government meeting for a businessman offering Mr Johnson financial help.

Quando Estas Coisas São Levadas A Sério

A propósito dos equipamentos informáticos e também, acrescento, dos manuais. Mundos e realidades tão diferentes.

Trabalhei 13 anos em escolas inglesas (ilha de Jersey) e estes problemas nunca aconteceram. Nem com equipamentos informáticos, nem com manuais. 

O Estado de Jersey equipou todas as escolas públicas com computadores suficientes para todos os alunos usarem na escola. Talvez tantos, ou mais que um computador por aluno. Um professor, sempre que o pretendia, tinha uma sala disponível com um computador por aluno. Se tivessem provas de aferição digitais, só precisavam entrar numa qualquer sala e sentarem-se e trabalharem. (Felizmente, até 2017 não tinham exames ou provas digitais).

Por que razão, um país tão rico não ofereceu um portátil para cada aluno?

Por que razão optaram por equipar a escola com esses meios sempre ao dispor dos alunos e não oferecer às famílias como em Portugal?

Eu sei porquê mas nem me apetece explicar.

Com os manuais passa-se algo idêntico. Eu, todas as aulas, tenho alunos sem o manual de HGP ou português. Gastam-se milhões, oferecem os manuais aos alunos e não às escolas e depois, além da imensa burocracia no final de cada ano para entrega de manuais, é sempre confusão e mais confusão e foco-me só no desperdício estúpido de milhões.

Tão simples: oferecem os manuais às escolas, os manuais ficam nas salas de aula e um manual pode ser usado por várias turmas, tantas quantas tenha o professor duma disciplina. Porque as salas de aula de uma disciplina são só dessa disciplina.

E quantos milhões não poupam todos os anos? E nunca há um aluno sem manual na aula.

Agostinho Oliveira

5ª Feira

Quando os sisudos bancos suíços começam a colapsar, uma garantia do Medina de que tudo está bem é um alerta vermelha. Entretanto, não sei se não deveria ser feita uma exposição ao Banco Nacional da Suíça para nos dispensar 1% do dinheirinho que vai meter no Crédit Suisse de maneiras que, sei lá, resolvia o problema dos professores portugueses, que também são uma clara ameaça para a estabilidade do sistema internacional, até porque não são geniais gestores, como estes que enterram bancos atrás de bancos, por respeitáveis que aparentem ser.

4ª Feira

Primeiro dia de Fevereiro e primeiro dia de “serviços mínimos” acerca dos quais, segundo Filinto Lima, há pouco, na TSF, só foram esclarecidas dúvidas na noite de ontem, sem o devido tempo útil para uma convocatória adequada e em tempo legal – já que estamos agora numa de extremada preocupação legalista – de quem tiver de cumprir os ditos “serviços”. A menos que tenham andado pela noitinha a telefonar, que mails não é hora de ir consultar, muito menos dever. Claro que já se viu que há maximalistas dos serviços mínimos das escolas e, por outro lado, também vai ser curioso ver como certos poderes locais vão agir. Há um ou outro caso que já ajudou a estabelecer a confusão, pois, entre os docentes, estando as greves da Fenprof, SNPL e SIPE fora da decisão, parece-me difícil impor seja o que for. A Fenprof andou a ufanar-se disso mesmo, enquanto há quem já esteja, em outros quadrantes, a birrar que coiso e tal, não faz greve porque há discriminação.

A questão é que se esta investida, “em nome do interesse dos alunos” contra o direito à greve fosse feita por um governo à direita do PS (como está a acontecer em Inglaterra), cairia o Carmo e a Trindade e teríamos a historiadora pimentel, o matusalém barroso, a doutora pedrosa, o comentador baldaia e todo o porfírio ac hado em saldos para lamentar, a falar em fascismo e tudo o mais que se lembrassem. Assim, parece ser do “interesse público” e até há sindicatos a aplaudir, para nossa vergonha colectiva.

Teachers join mass walkout in Britain after decade-long pay squeeze

Teachers’ strikes: school closures in England and Wales explained

(…) Striking teachers are not required to give advance notice, so many schools may not have a full picture until early on Wednesday morning. Some headteachers have told parents to check first thing on Wednesday morning to see if their child can come to school. Others have already informed parents the school will be closed to most pupils, allowing them to arrange childcare, take annual leave or work from home.

Aos Poucos, Lá Por Fora

Em busca de hard evidence. E sem ser com petizes de 2º ou 5º ano.

Online GCSEs ‘by 2025’, as AQA launches major pilot

Up to 2,500 secondary school students from between 60 and 100 schools will trial online GCSEs

(…) AQA wants ‘pragmatic hard evidence’

E já agora, por onde anda isto?

A nine-month trial of “digital progression tests” in 16 countries, involving 1,500 students and 120 teachers, has just been completed.