Eu Dava-lhe Já O Prémio

Cruzes, credo, espero que isto não tenha sido escrito pela pessoa em questão, mas sim por um qualquer estagiário da organização promotora.

No âmbito da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, o professor (…) criou um projeto em que os alunos fundam ONG’s fictícias e que começa já a ter parcerias relevantes para os alunos e para comunidade, nomeadamente com instituições. A principal mensagem do professor é mostrar que não temos de ser somente uma coisa e que isso não nos define, que podemos ser felizes e estar realizados no mesmo espaço com diferentes funções.

A Realidade Supera Qualquer Ficção Fantástica

Numa coisa concordo… isto só pode ser mesmo inteligência artificial, porque natural não é.

Na Escola Básica Integrada Dr Anastácio Gonçalves, em Alcanena, incentiva-se os alunos a falar sobre as suas emoções e a querer saber como é que o outro se sente. Através de inteligência artificial medem-se os picos de emoção e os professores têm essa informação em conta ao escolherem a forma de leccionar a matéria.

Todos os dias cada aluno da Escola Básica Integrada Dr Anastácio Gonçalves, em Alcanena, passa pelo termómetro da felicidade ao entrar na sala de aula. Num processo de autorregulação avalia os seus pensamentos, sentimentos e comportamentos, e define as emoções que está a sentir. 

Confesso que, mesmo sem termómetro, esta notícia deu-me momentos de uma felicidade marcante, a qual se expressou numa emoção transbordante de gargalhadas, as quais fazem bem à circulação e à respiração.

Melhor que este termómetro só aquele outro aparelhómetro que aparecia num filme do Woody Allen de inícios dos anos 70 do século passado.

(ondiestáotérmómetre?)

E Se Fossem Encher-se De Moscas E Catar-se Ao Mesmo Tempo?

Quem andou anos a validar políticas de “racionalização” dos serviços públicos e dos que o mantêm em funcionamento, agora aparecem a questionar o Estado porque os serviços estão a implodir. Deram pelas escolas (que se andam a tapar com remendos, como chegarem pessoas sem qualquer experiência de ensino a dias do fim do ano lectivo, para poderem dizer que não haverá quase alunos sem aulas no dia 15), os tribunais há muito que entupiram e agora são os hospitais. Esta malta apoiou o “mais com menos” e o ataque sem dó nem piedade a professores, enfermeiros, médicos e muitos outros funcionários públicos nos últimos 15-20 anos. Apoiaram, mesmo quando foi só nisto, o “engenheiro”, a troika e só temeram que a geringonça invertesse as coisas, o que não aconteceu, porque o PCP e o Bloco preferiram migalhas a coisas substanciais e foram politicamente sodomizados pelo Costa à frente de todos nós, trocando quase tudo por questões “civilizacionais”. Agora, aparecem-me “liberais” e conhecidos críticos do “peso” e das “gorduras do Estado” a reclamar porque há alunos sem professores e serviços hospitalares a fechar? A começar por gente com lugar residente na comunicação social, seja nas direcções dos meios de comunicação social “de referência”, seja nas páginas de opinião paga a metro? E se fossem para o raio que vos parta? E quem levou 4, 5 ou 6 anos a apoiar governos que se limitaram a dar de comer a clientelas inúteis, em forma de grupos de trabalho, estruturas de missão, equipas de investigação, colocações em cargos selectos em instituições de topo (posso falar em arquivos, por exemplo?) e subsídios a nichos académicos, ditos “de esquerda”? Nem sequer conseguem fazer um pingo de auto-crítica? Será preciso ir buscar o que escreveram, repetidamente, nos verões passados? Não têm memória ou é mesmo uma imensa falta de vergonha nos trombis? Estou envelhecido, mas ainda não perdi a memória.

2ª Feira

Em tempos de campanha é muito instrutivo analisar os percursos e posicionamentos de diversas personagens no “campo” da Educação, em particular as ligadas a algumas das agremiações com maiores aspirações eleitorais. Mesmo sendo a área que mais desceu nas prioridades da governança e no próprio discurso da generalidade dos líderes políticos, apesar de toda a aflição com o funcionamento das escolas,há quem considere que esta pode ser a sua oportunidade numa qualquer configuração de uma nova geringonça, nova ou velha, à continental ou à açoriana. Há velhas candidaturas a algo e novas figuras em ascensão, mesmo que apenas nos seus quintais (olhó trocadilho!). Uma lareira de pequenas vaidades em inverno ameno. Às vezes, apetece-me colocar mais lenha, só para alimentar aqueles fogos que ardem e deixam apenas cinzas para ver.

O Barómetro Do Graxismo

Está em alta. Também podemos falar de lambe-botismo ou, para os mais anglófilos, de rabo/cu-lambismo. Se antes o “sistema” (falo do dos anos 80-90 do século XX e inícios do XXI) o tolerava e havia poucos mecanismos de controlo, agora o novo sistema (ou paradigma?) da gestão escolar promove-o activamente, sendo que isso atinge os próprios e escassos mecanismos de controlo (?). O curioso (ou talvez não) é ver a adesão à mentalidade engraxatorial (olha-me o neologismo!) em quem antes o denunciava a pulmões plenos, mas agora sente que este pode ser o momento de ganhar/recuperar qualquer coisa.

Uma Questão De “Prevalência”

O ministro Tiago foi prestar esclarecimentos ao povo pelas 20.15, mas em matéria televisiva só a RTP3 lhe deu antena. Nada de novo, o nervoso miudinho a descompor-lhe ali o canto do sobrolho direito, palavras em rajadas quase em parar, um esforço imenso para dar a entender que isto só é assim porque a “prevalência” do bicho inglês estragou o belíssimo trabalho que ele acha que tem sido feito em grande parte por si mesmo. Há momentos em que quase tenho pena das figuras em que este pessoal se coloca. Não há mordomias ou futuras portas abertas (ainda acaba em “reitor”?) que compensem este tipo de prestações. Ou melhor, há para quem valha, mas somos de estirpes muito diferentes.

(o secretário, claro, anda em modo stealth…)

Ser (Ou Não) Desagradável

Depende das perspectivas. Há situações em que ser-se desagradável é a única forma de fazer entender que certos comportamentos e atitudes não podem passar em claro. Há quem não goste. Em especial quando isso é mais do que justo. E tanto mais quanto maiores forem as responsabilidades (e os disparates ou mesmo flagrantes más práticas) de quem não merece que se dê a outra face ou se sorria para ver se tudo fica em claro. Não faz o meu género; prefiro ser tido como desagradável do que como complacente ou cúmplice. Até porque não acredito muito na justiça divina no Além, Aquilo já deve estar tão povoado que até quem seja omnisciente e omnipresente terá dificuldades em detectar tod@s as sacaninhas que lá dão entrada. Pelo que é muito importante que se comece a fazer o trabalho logo pelo Aquém.

On/Off

Ando desatento ao ponto de só hoje de manhã ter percebido, pelo alarme na SIC, preocupada em explicar a “ilegalidade” da gravação, na qual ficou registado que o actual PM decidiu, em amena cavaqueira com os jornalistas que o entrevistaram em modo cúmplice qualificar os médicos envolvidos na situação de Reguengos de Monsaraz como “cobardes”. Compreendo o embaraço dos envolvidos por se ter conhecido o que realmente António Costa pensa sobre o assunto. É pena que a “coragem” só apareça quando se julgam os microfones desligados. O resto da “polémica” passa-me ao lado, porque há muito que sei a diferença enorme que vai entre as poses “de Estado” e a realidade de certas figuras que por aí andam e que pouco se distingue daquele discurso que tanto se critica ao povoléu das “redes sociais”. A verdade é que nem sei se mudam as moscas.

Phosga-se! – Série “E@D” #4

A forma como na DGE tratam as mensagens dos professores e as denúncias que há quem diga (e bem) que devem ser feitas. O pessoal lá nem tem paciência de mandar um “recebido”. Apagam sem sequer ler. O que vale é que os professores arcaicos ainda sabem enviar mensagens com relatório de leitura.

Há quem se queixe do “Estado”. Ora bem…

Screenshot Zoom

Mas Quem É Responsável Por Estas Propostas? (Phosga-se!)

Porque aparecem documentos como este (Propostas gerais intervencao educativa) sem data e assinatura, com propostas de “intervenção educativa para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade”? O nome que aparece nas propriedade do documento como autora não nos explica muito.

E porque tem propostas que, se formos bem a ver, vão claramente contra algumas das regras de segurança em relação aos riscos de contágio, para não falar de questões de privacidade ou mesmo de segurança informática?

Entrámos em desvarios? Porque uma coisa é procurar “soluções”, outra é fazer uma espécie de lista de compras.

PropostasEduc

Já agora expliquem estas contas, porque está qualquer coisa a falhar-me. Quem não tem computador, mas tem net em casa é no zingarelho móvel? É isso?

Um em cada cinco alunos não tem computador em casa e 5% das famílias com crianças até aos 15 anos não tem Internet