Ora Bem…

… agora só falta darem umas “dicas” a cert@s director@s para não andarem só a pensar na carreirinha para ou pós-escolar e se ganham pontos na caderneta de cromos do ministro Costa.

Claro que o governante pode sempre preferir a opinião do termómetro da felicidade. Ou alguns teipeiros.

O presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira, assume estar “muito preocupado” com a promulgação pelo Presidente da República, nesta segunda-feira, do novo regime de recrutamento e gestão dos professores, mais conhecido por “diploma dos concursos”.

Não só “muito preocupado”, mas também com “receio” dos efeitos do novo diploma, que traduz assim: “É uma tragédia.” Para as escolas, mas também para os docentes contratados, que irão entrar para o quadro ao abrigo do novo modelo de vinculação ali estipulado.

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“Surpreendeu-me que o Presidente diga que não quer frustrar as expectativas de cerca de oito mil professores e não tenha cuidado dos muitos milhares de contratados com dez, 15 e até mais de 20 anos de serviço que ficam de fora da vinculação, porque tiveram o azar de as colocações obtidas nos últimos anos não satisfazerem os critérios da vinculação”, comenta, pelo seu lado, o presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas.

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Tanto Filinto Lima como Manuel Pereira concordam que a promulgação do diploma dos concursos “vai aumentar a contestação” dos professores, que tem estado em alta desde 9 de Dezembro. “Vai agudizar o braço-de-ferro, que está cada vez mais duro, entre o ministério e os sindicatos e piorar as relações entre as partes, que já estão péssimas”, diz o presidente da ANDAEP.

“Com o actual clima é mais uma pedrada na estabilidade das escolas”, resume Manuel Pereira, adiantando que esta também ficará em causa com a criação dos chamados “conselhos de zona pedagógica”, que serão geridos por directores a quem competirá a distribuição local de professores.