… não pode ser levado a sério. Há que relembrar o trajecto da figura que acha que o cúmulo da rebeldia é um brinquinho na orelha. Exoneram-se adjuntos por fazerem o que, no fundo, estavam lá para fazer, até porque quem manda já fez coisa parecida no passado. Vai-se sabendo muita coisa, mas é bem credível que muito nem tenha deixado rasto. Não apenas no caso da TAP porque basta haver cheiro de dinheirinho para “queimar”, o que mais se nota é a multiplicação de redundâncias e inutilidades. O caso do aeroporto é notável porque já se gastou no “estudo” o suficiente para o construir, mas o choque de interesses sobre quem mais pode ganhar com a sua localização (leia-se quem mais pode ganhar com o uso dos terrenos, que autarquias mais lucrarão, que tipo de obra será e quem mais estará habilitado para fazer de “lena”).
Eu sei que isto é assim, porque votaram neles. O problema é que eu olho ao redor e não sei em que outros votar, tão medíocre se tornou o mundinho da política profissional, incluindo “populistas” em busca de uma fatia do bolo ou “liberais” à procura de contratos com qualquer Estado. Quanto a velhos “radicais”, já se viu com a geringonça que são embolsáveis com pouco investimento.
Significa isto que não há mesmo alternativas e o regime precisa de refundação? Depende do que se entenda por isso, pois a mim não agradam certas propostas que confundem o modelo democrático com a camarilhas sem ética que dele se foi apropriando. Usando mais uma analogia hoje… as ideias e o modelo não estão errados, os homens (e mulheres e trans e etc) é que o corromperam.
Mas agora mesmo a sério… um país que um galamba, este galamba, no governo…