Se Bem Percebo…

… há quem nem tenha considerado a possibilidade destas circunstâncias anómalas justificarem um aligeiramento dos procedimentos burrocráticos. Pelo contrário, parece motivo para toda uma nova batelada de documentação a preencher por causa da “recuperação das aprendizagens” e outras coisas assim. Tudo bem registadinho em papel e em digital, só faltando ser em 25 linhas e com assinatura daquelas com chip.

Irritações

Vasco Pulido Valente é das poucas pessoas que admito, sem problemas ou inveja, ser mais irritável do que eu com coisas potencialmente irritantes e mesmo com outras com que se decide embirrar porque sim. Se ele diz que está quase a ficar irritado com os professores, não fico espantado. O que me espanta é o “quase” e ele estar sempre a confundir os professores com o Mário Nogueira e achar que em Democracia se elege o primeiro-ministro.

E depois há as falhas que são já de uma memória toldada pelo tempo que se passa a remoer coisas antigas. VPV, brilhante historiador em alguns momentos, nem sempre por muito que outros digam que tudo o que escreve são pérolas para lhe agradar, que “a tentativa de submeter o poder político ao poder sindical falhou sempre na Europa civilizada” acrescenta o seu testemunho directo, em primeira pessoa pessoíssima que “assisti em Inglaterra, entre 1970 e 1975, a parte dessa guerra, que acabou, como se sabe, na derrota dos mineiros e no triunfo de Margaret Thatcher.”

Raios… o resultado do jogo até pode estar certo, mas o campeonato foi a partir de 1979 (Thatcher chegou em 1975 apenas à liderança do Partido Conservador e a PM quatro anos depois), ele não poderá ter assistido a nada, pois já andava por cá a fazer pela vida em campanha com a AD, chegando a secretário de estado adjunto de Sá Carneiro.

Andou um tipo em Oxford para ficar a escrever como o outro das três iniciais?