(o sistema de arrumação faz-me lembrar algo…)
Prazeres
(Quase) Preparado Para O Estado De Emergência
Leituras
Leituras Para O Início De Agosto
Não, não vou reler o livro do SE Costa, porque agora está no PNL. Chegou-me a primeira demão.
Não fazendo parte dos que anualmente fazem romaria (mais) a sul no primeiro fim de semana de Agosto e estando muito reticente a fazer férias cá dentro com os indígenas que nos supermercados oscilam entre nos olhar com um ódio imenso só por existirmos (um dia conto-vos a história da senhora “de risco” que me baptizou no regresso a um IKEA) e nos voltam a quase deitar o bafo no pescoço na fila do pagamento, tamanha a pressa que parecem ter, tenho desculpa para acrescentar umas aquisições às estantes e umas leituras ao currículo.
Encomendado logo que possível, já comecei o A Propósito de Nada do Woody Allen, que teve bastantes problemas em publicar a sua autobiografia por causa dos salpicos grossos das suas disputas com a Mia Farrow. As primeiras dezenas de páginas valem desde já o investimento, em especial quando ele explica a impossibilidade de ter complexo de Édipo. Ainda menos de meio, uma boa surpresa, adquirido por um impulso de curiosidade com os efeitos da k-pop: Diary of a Murderer, de Kim Young-Ha é uma deliciosa digressão sobre a velhice de um assassino retirado do activo há 25 anos que começa a ter Alzheimer.
A terminar, com algum desapontamento e algum custo, O Desaparecimento de Stephanie Mailer parece-me carente da novidade e interesse dos livros anteriores de Joel Dicker, em particular do que o fez mundialmente famoso (A Verdade sobre o caso Harry Québert). Tanto esperei pela edição de bolso francesa, que comprei a tradução portuguesa e acho que podia ter ocupado o tempo de melhor forma. O editor deveria tê-lo encorajado a escrever menos uma centena de páginas. No mínimo.
Para uma semana mais desocupada de Agosto, o policial O Discípulo de Hjorth e Rosenfeldt, a ver se é tão satisfatório quanto o primeiro volume da série (lido com proveito no Verão passado, já agora) com o profiler Sebastian Bergman.
De banda desenhada, está em espera o Roughneck do Jeff Lemire.
Em dúvida, comprado há uma semana a dois euritos para assinalar o regresso a um alfarrabista, Pas de larmes por Mao de Niu-Niu. Quer-me parecer que é capaz de ir para a estante por enquanto e não sei até quando.
Pensamentos Da Pandemia – 23
Não é que tenha assim tanto tempo, mas estou a ter de rearrumar pertences, decidir o que vale a pena manter e o que que não merece isso ou, no máximo, ir parar à garagem. Percebo que não tenho jóias, ouros, acções valiosas ou coisas assim. Tenho uns milhares de livros e outros milhares de revistas e (ainda, garanto que sim) jornais. E se é verdade que encontro outras razões para esta mania, também é evidente que este gosto por livros resulta de uma ânsia (e prazer) por saber ou aprender (ficção ou não ficção) o que outras pessoas têm para ensinar ou comunicar. E espanta-me sempre quem prescinde disso e acha que a conversa fiada pode servir como substituto.
Dia 53 – Tempo Privado
Leituras De Quarentena
A única aquisição de há mês e meio para cá, passou pelo complemento dos três volumes publicados em Portugal de Fred Vargas com o comissário Adamsberg. Diálogos muito bons e alguma novidade (especialmente ao nível do humor) num género muito explorado novamente nas últimas duas décadas.
Aproveitem
As temporadas 5 e 6 estão disponíveis no Fox Crime e só espero que coloquem todos os episódios (são de hora e meia) até à 9. Após 3 reuniões virtuais quase presenciais (ou não), claro.
A seguir, na mesma linhagem, veio a excelência absoluta do Endeavour, mas esta é uma excelente forma de passar uma tarde cinzenta em confinamento. E atentem na banda sonora das séries, que é excepcional.
Faltam A “Crueldade” E A “Loucura”…
… para a colecção completa de volumes temáticos com as histórias de um dos grandes contadores do século XX. Neste caso para graúdos.
Ano Novo, Leituras Novas
Embora uma delas seja originalmente ainda do século XX.
Uma espécie de guião para as próximas semanas acerca de algumas das preocupações que transbordam da discussão agora em voga se a “inovação ” se faz melhor com pufes ou cadeiras com rodinhas.
Sim, são leituras mais à canhota do que às direitas.
Já agora, porque será que por cá as publicações de malta de esquerda são quase sempre pensadas, em termos de formato e preço, para as elites vanguardistas e não para as massas? Porque não há cá nada disto? O mais próximo são os ensaios da FFMS, mas há quem diga que coiso e tal e desdenhe. Há por aí editoras todas progressistas, mas que que parecem mais seduzidas pelo mercado que os neo-capitalistas eles mesmos.