Dei-me ao trabalho de ver o que passa por ser um “debate” entre candidatos presidenciais, como se em 15 minutos para cada lado desse para dizer algo de relevante para o futuro, quando se gasta o tempo quase todo a discutir o passado recente. Marcelo começou quase conciliador, assim como Ventura, mas rapidamente a coisa evoluiu para a cacofonia, com a moderadora a fazer avisos inúteis. Cada um ganhou à sua maneira… Ventura mostrou-se aguerrido e agressivo contra a “bandidagem” e a excessiva colagem do actual presidente ao governo, Marcelo a querer ser conciliador, a tentar deonstrar que não tem sido uma muleta de Costa e a teorizar sobre uma “direita social” que por cá já foi o CDS, mas raramente o PSD. Tudo na mesma, como seria de esperar. Ninguém mudou o sentido de voto com isto e para os agnósticos como eu fica a ideia que, em tempo de pandemia, mais vale não correr riscos desnecessários no dia 24.