Um dos principais objetivos da Jobs for Schools é apoiar os professores que queiram lecionar em escolas privadas na apresentação da sua candidatura, que será instruída de forma fácil e intuitiva.
Os professores terão acesso nesta plataforma a ofertas de emprego mais fiáveis e completas, poderão enviar a sua candidatura quando quiserem e terão um leque alargado de escolas privadas à sua disposição.
Categoria: Privem-se!
A Ver Se Percebo…
…porque a minha inteligência é natural e morena. Usar um termómetro para medir a temperatura dos alunos à entrada na escola em tempos de pandemia era um atentado à sua privacidade e aos seus direitos, mas usar um pseudo-termómetro para avaliar o seu estado emocional não tem qualquer problema. Publicar pautas com os nomes dos alunos é um desrespeito dos dados individuais, mas ligar os dados do seu alegado estado emocional a um programa de IA e divulgar isso na escola, para efeitos das tarefas a realizar, já não.
Realmente, só com inteligência artificial se chega lá.
(já dei com o termómetro, mas não digo onde está…)
Eventos Privados Em Espaços Públicos?
Nos tempos de MLR chegou a sugerir-se que até casamentos se realizassem nas escolas, como forma de aumentar as suas receitas. Não é raro que, em alguns casos, as instalações de uma escola sejam cedidas, através de protocolos ou contratos episódicos, a entidades públicas ou privadas para a realização, por exemplo, de actividades desportivas ou iniciativas culturais. Em muitos casos, através da devida compensação financeira ou outra contrapartida.
O que me causa alguma estranheza e o q. b. de incómodo (verdade se diga que já acredito em quase tudo) é que um espaço escolar seja cedido para a realização de um evento particular (uma reunião de natureza partidária… só para efeito de “suponhamos”), com a anuência e presença d@ director@ da instituição sem que se saiba que trâmites seguiu a coisa e se alguma contrapartida existe para a dita instituição, que não apenas para algum indivíduo. Muito menos acho razoável que se invoque privacidade em relação a quem decida manifestar-se no espaço exterior de uma qualquer escola pública onde isso ocorra.
Porque ou a iniciativa se dirige à comunidade escolar/educativa e é “aberta” ou é algo particular, com o seu quê de “privado”, e estamos perante uma situação muito diversa. Um participante numa recente iniciativa desse tipo, numa escola pública, acaba de comentá-la e ao que aconteceu em seu redor, declarando que esteve num “evento do PS e não do Governo”. O que é confirmado por um cartaz, com o símbolo de um partido. Chamem-me “formalista”, mas isto não é propriamente um debate minimamente plural ou dedicado aos docentes, não docentes, discentes ou sua famílias daquela comunidade escolar/educativa mas um “evento” partidário. Numa escola pública. Trate-se de que partido se tratar.
Ainda há não muito tempo, a um deputado de outra força partidária (que nem parece nutrir por mim especial afecto), professor nem sempre praticante, foi cortada a palavra por um autarca local, num debate público numa escola, para o qual tinha sido convidado, com alegações de que só estava a emitir opiniões de tipo político e partidário.
No que ficamos?
E depois andam a incentivar queixas contra professores porque seguiram pela rua errada ou promoveram uma manifestação meia hora antes do que diz aquela lei de 1974?
Perdeu-se toda a noção da tal “ética republicana”?
(disseram-me que abordar este tema seria “complicado”, quiçá “incómodo”, que poderia ter “consequências”… o que é três quartos de caminho andado para eu o abordar, mesmo se me deixa um travo a 1973 nos olhos e ouvidos…)
3ª Feira
Ia deixando passar em claro a publicação, pela primeira vez, de um Anuário da Educação pela Moneris. O que tem de particularmente interessante? A forma como demonstra que a Educação se foi tornando um negócio crescentemente atractivo, em especial à medida que a Escola Pública foi capturada por uma ideologia de nivelar pela mediocridade envernizada. Perante isso, quem pode e não tem dramas em relação a essa opção, vai-se embora e o Anuário é, basicamente um documento de promoção de colégios privados para as classes alta e média alta.
Por outro lado, este é um documento que demonstra a imensa hipocrisia dos representantes do ensino privado que, não fornecendo as informações que são exigidas ao ensino público, exibem resultados sem a devida contextualização. E ainda clamam por apoios extra, quando se gabam do “aumento da rendibilidade” do seu sector de actividade.
Nas últimas décadas, o ensino privado tem crescido em Portugal de forma muito expressiva, tendo atraído um considerável interesse por parte de investidores estratégicos e de sociedades financeiras, designadamente das sociedades de capital de risco.
À medida que se acentua o hiato entre a qualidade de ensino proporcionado pelas instituições de ensino particular e cooperativo e a generalidade do ensino público, com uma oferta curricular e extracurricular diversificada, acompanhada de um crescimento do nível de vida da população e de um país cada vez mais internacionalizado, que recebe trabalhadores de todas as partes do mundo que procuram oferta de ensino internacional, parece claro que esta será uma tendência crescente e que o investimento no setor da educação será também ele fortemente ativado, quer pelo setor privado, quer pelo setor público, que terá de acompanhar esta melhoria da proposta educativa e pedagógica.
O crescimento projetado para o setor, a par do aumento da rendibilidade que este proporciona, está no entanto já a ser considerado nas avaliações feitas pelos potenciais vendedores e nos preços pagos pelos investidores que pretendem entrar no mercado.
Descuidos Repetidos
Não são apenas as mensagens enviadas com todos os destinatários à vista, sem que exista necessidade para tal, mas também a produção de documentos online para preenchimento colectivo, mas sem o cuidado de reservar a informação de terceiros. Ou, como neste caso, o envio de um ficheiro com uma base de dados com dezenas e dezenas de contactos ali à mão de semear. Eu sei que muita gente anda saturada (eu incluído), mas…
Caro(a) Professor(a)
.Lamentavelmente, o email que lhe foi enviado na passada quarta-feira (dia 3) pela comunicação do projeto Media Lab, por lapso, continha em anexo uma base de dados com uma seleção de emails de professores, na qual consta o seu.
Pelo facto, pedimos desde já as nossas mais sinceras desculpas e aproveitamos para reforçar o facto de a utilização dessa base de dados não ser permitida, por se tratarem de dados pessoais, e confidenciais, protegidos pela lei da proteção de dados.
O Media Lab JN agradece a confiança na proteção dos dados fornecidos por si e por todos os professores e escolas inscritas nas atividades que levamos a cabo desde 2010. Dito isto, gostaríamos de sublinhar a garantia de que os dados recolhidos nunca foram comercializados ou sequer utilizados para quaisquer outros fins que não os da divulgação de informação do projeto.Na certeza de que este incidente não se repetirá, despedimo-nos reforçando o nosso mais sincero pedido de desculpas e desejando-lhe muita saúde.
Alexandre Varella Cid
Coordenador
Ao Cuidado D@s Distraíd@s
Uma pessoa fotografa e filma outra pessoa sem o consentimento desta, mas guarda as imagens para si, sem as mostrar a ninguém. É crime?
Sim.
O direito à imagem é um dos direitos, liberdades e garantias consagrados na Constituição da República Portuguesa e tem protecção penal. Há que distinguir duas situações:
‑ se uma pessoa captar imagens de outra pessoa ou dos seus objectos ou espaços íntimos, sem o seu consentimento e com intenção de devassar a sua vida privada — designadamente a intimidade da sua vida familiar ou sexual —, pratica o crime de devassa da vida privada, punido com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 240 dias. Não se trata de proteger a imagem da pessoa propriamente dita, mas a reserva da sua vida privada, pelo que se exige uma intenção específica de devassa por parte do ofensor;
‑ se o acto de fotografar ou filmar outra pessoa for praticado sem intenção de devassar a vida privada, mas contra a vontade dessa pessoa, comete‑se uma infracção diferente (embora punida com as mesmas penas): o crime de gravações e fotografias ilícitas, que visa proteger especificamente a imagem das pessoas, mesmo quando não esteja em causa a sua intimidade ou vida privada.
Os crimes de devassa da vida privada e de fotografias ilícitas não pressupõem a exibição das fotografias ou dos filmes a terceiros. Continua a haver crime se o agente guardar as fotografias para si, porque a infracção consuma‑se com a captação das imagens.
Só Para Amigalhaços
Como é que se arranja boa imprensa e números especiais a promover o Turismo, como é?
Lisboa privatiza jardim público
Começou por ser uma revista que divulgava marcas e promovia negócios para, depois, serem eles mesmo uma marca no mundo dos negócios. Foi assim que ficaram com a concessão do antigo Mercado da Ribeira, no Cais do Sodré, em Lisboa, onde subalugam espaços para coworking, hotelaria e comércio, organizam a animação do espaço com concertos e continuam a fazer a revista.
É uma organização muito ativa e, aparentemente, com métodos expeditos e bem sucedidos. Os problemas parecem não ser entraves de monta. Com as novas regras de distanciamento social e limitação do número de pessoas em espaços confinados, a Time Out deu mais um passo expancionista e instalou-se no jardim público na Praça Dom Luís I, mesmo ao lado do Mercado da Ribeira.
Nada disto seria controverso se o espaço público não tivesse ficado barrado ao público. Passa a ser apenas para clientes da Time Out. Se alguém quiser descansar as pernas num dos bancos do jardim público, à sombra de uma das árvores regadas pela água que todos pagamos, não pode. Os avisos espetados no solo são claros e não deixam dúvidas. O jardim público passou a espaço exclusivo de clientes de uma entidade privada.
E Continuamos A Pagar Isto Tudo Porquê?
Novo Banco vendeu 13 mil imóveis a fundo anónimo, deu crédito e recebeu compensação estatal pelas perdas
Foi o maior negócio imobiliário em Portugal nos últimos anos. Foi uma “pechincha”. O Fundo de Resolução cobriu as perdas de centenas de milhões. O Novo Banco vendeu e emprestou o dinheiro a quem comprou. Quem? Não se sabe. Ninguém escrutinou os compradores.

Justifica-se Que Exista Algo Chamado CTT “Expresso”…
… quando em poucos dias, são duas as encomendas que o sistema SIGA indica não terem sido entregues por estar o destinatário ausente, quando um tipo está em casa e até levou com dois sms a avisar, um na véspera e outro logo de manhã, que a coisa chegava?
Pior… no caso anterior, a encomenda não terá sido entregue a 12, o sistema indicava que tinha sido deixado aviso no posto errado dos CTT e quando chegou (o aviso, a 14), já eu tinha conseguido descobrir onde estava e recolhido.
Hoje, começou novo processo… não percebendo para que se paga um serviço “expresso” que nem se preocupa em parar à porta dos destinatários, provavelmente com medo que um vírus esteja alojado na a campaínha.
E viva a privatização dos correios!
O Grande Irmão
Isto não está nada bem explicado. Porque se é sem acesso a identificação para que serve? Se é para aceder à identificação (sim, eu sei que isso já pode ser feito através de diversos meios e por razões menos sanitárias), é capaz de servir para criar uma base de dados um pouco delicada… porque quem nos garante que desaparece com o “fim” da pandemia? E, note-se, eu não tenho nenhum zingarelho com gps… ainda ando pelo paleolítico digital com um orgulhoso dumbphone.
Costa admite possibilidade de a DGS ter acesso a localização de telemóveis dos cidadãos
O aviso de que uma pessoa esteve em contacto com alguém contaminado com covid-19 seria feito sem ter acesso à identificação.