Advento

Amanhã, terá inicio o Advento, segundo o calendário litúrgico do Cristianismo; serão 24 dias plenos de significado para os cristãos. Missão Escola Pública dará também, amanhã, início ao seu Calendário do Advento Escolar, em 31 dias plenos de significado para a Escola Pública. Assim, a cada dia, serão apresentados os Coveiros da Escola Pública dos últimos anos, que aguardam agora pelo nascimento do messias que possa vir salvá-la dos funerais sucessivos; ao contrário do outro cujo menino nasceu a dia 25.

Seria engraçado, se não fosse trágico.

Fazêmo-lo, porque somos sadomasoquistas, mas sobretudo porque há em nós uma compulsão para que a memória coletiva não se apague.

O Ministro Ilegal Deixa Um Interessante Legado

Embora os tribunais arbitrais também possam limpar as mãos ao fundo das calças.

E desde que a OCDE recompense…

O tribunal considerou ilegais os serviços mínimos decretados para as greves às avaliações finais dos alunos do 9.º, 11.º e 12.º anos, realizadas no passado ano letivo, revelou esta quinta-feira a plataforma de sindicatos que convocou a paralisação.

“Foi agora divulgado novo Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) que declara ilegais os serviços mínimos impostos à greve às avaliações sumativas finais dos anos com provas finais ou exames”, ou seja, do 9.º, 11.º e 12.º anos, avança em comunicado a plataforma de nove estruturas sindicais, da qual fazem parte a Fenprof e a Federação Nacional de Educação (FNE).

Isto Parece-me Uma Grande Sacanice

Não tanto a divergência com a FNAM, mas a chantagem sindical, assim a modos que a lembrar aquele tipo que p Jack Nicholson retratou em tempos, mas que não sei se posso referir sem me processarem.

Jorge Roque da Cunha diz que não traiu a colega da FNAM e explica porque é que os médicos de família estão entre os mais beneficiados por este acordo com o Governo ainda em funções.

A Minha Divergência É Com Programas Mínimos Servidos A 90 Minutos (Ou 50+50) Por Semana

A menorização da História no currículo como saber disciplinar “arcaico” é a principal ameaça. Quando se atiram milhões para ubuntuzadas e tretas que mais parecem a velha economia doméstica ou a aprendizagem a andar de bicicleta com os pais e amigos ou irmãos, algo vai mal. Porque a História incomoda quem quer “cidadãos” sem Memória e sem a percepção dos processos que nos trouxeram à actualidade. Quando se trunca a História em nome do politicamente correcto e se fazem manuais que parecem catálogos de vendas ao domicílio é que eu entro em divergência. Ou quando se usa o argumento da “extensão dos programas” para os reduzir a uma pele e osso, em vez de permitir espaço no currículo para se abordar as coisas com alguma profundidade.

Mas eu sou “velho”, tenho uma visão “conservadora”, encontro-me prisioneiro de concepções “anacrónicas”.Porque defendo o valor da História como disciplina nuclear e essencial para qualquer Cidadania e Desenvolvimento em vez de “empreendedorismos” ou “educações financeiras”. Percebo que onde eu vejo uma conversa e um diálogo, há quem veja “exposição oral”, talvez porque assim o pratiquem e não consigam fugir aos chavões. Falam muito em “aprendizagem activa”, mas duvido que percebam como isso se faz realmente, para além de umas “cenas giras”. Quando se quer reduzir a História (e não só, porque a peste já se pegou à Filosofia e, antes disso, à Matemática) ao “concreto”, está-se a optar por uma simplificação redutora do seu papel no desenvolvimento intelectual dos indivíduos.

Mas é melhor, por agora, não me estender muito ou ainda escrevo algumas “barbaridades” que ofenderão as almas mais sensíveis, a começar por quem entrega o ensino da História a quem juntar uns quantos créditos em qualquer coisa vagamente aparentada com um curso de História com pés e cabeça.

Ensino da História: há um fosso entre o que os professores desejavam fazer e o que fazem na prática

5ª Feira

Há criaturas que por aí andam que deveriam ter algum decoro nos assuntos que abordam. Nem interessa verdadeiramente sobre o que falam. Quando alguém escreve algo como “Quem tem medo da avaliação?”, ocorre-me logo quem publicamente fugiu à avaliação para ascender na carreira, pois “em 289 docentes avaliados, Maria de Lurdes Rodrigues recebeu uma das seis notas negativas atribuídas pelo conselho responsável pela avaliação de desempenho”, pois não preencheu a respectiva plataforma, considerando que “a avaliação não pode pode transformar-se num processo burocrático e administrativo”. Apesar disso, chegou a “reitora”, provando que valem mais os favores políticos do que qualquer formalidade legal.

“Otimizando” A Identidade Visual Da Bandeira, De Um Modo Sintético E Menos Denso

Já foi a língua… agora aguarda-se pela remix do hino nacional, de onde já saíram os bretões e um destes dias sairão os canhões, os heróis do mar, o nobre povo, o esplendor de Portugal, as brumas da memoria e os egrégios avós, numa versão “feita”otimizada”, não pelo Manuel João Vieira, mas uma qualquer destas cantadeiras que agora fazem canções à meia dúzia por semana, todas tão parecidas umas com as outras como as de qualquer pop sintética, inclusiva e plural que por aí ande.

Imagem sacada, com os destaques, ao Rui Falcão, mas se quiserem o tema desenvolvido para a imagem da República deixo abaixo um manual muito jeitosinho que encontrei no site da dgeste, para vos reforçar a consciência ecológica ou apenas vos dar a noção da forma como algumas pessoas ocupam o seu tempo.