É Fazer As Contas

Lá dei com outra relíquia na arrumação das gavetas do mesolítico inferior.

Não vou entrar em alguns pormaiores curiosos do despacho, que tem uns quantos gatos de fora com rabo escondido. Mas era 2007 e estava-se a entrar nos anos de chumbo. Já discuti, em devido tempo, com quem assinou esta comunicação, as razões pela qual ela foi feita (tal como o parecer que a suportou) de forma manhosa.

Mas indo ao que interessa mesmo, é bom que se note que quando entrei para o quadro não existia o ECD da “reitora” e as suas extensões juridiquesas.

A 1 de Junho de 2007 mantive-me no então 7º escalão (índice 218). Quando entrei na carreira, a seguir vinha o 8º (índice 245), o 9º (índice 299) e o 10º (índice 340).

De acordo com essas regras, mesmo ficando a meio do 7º escalão no fim de 2006-07, deveria ter subido ao 8º (índice 245) em 2009-10 e ao 9º (índice 299) em 2013-14. que é aquele no qual estou, uma década depois do previsto. Porque, para além dos congelamentos, fui recambiado para o 4º escalão e entre esse e os que se seguiam, nasceram mais dois (o actual 5º, índice 235, e o 7º, índice 272).

A minha história é a mesma de muit@s outr@s, mas não é a algumas pessoas que não tiveram a vida facilitada, mas não levaram com a tripla bordoada nos lombos (congelamentos, mais dois escalões na carreira onde tinham estado, descendo três na numeração da progressão, mais os aumentos de impostos e cortes da troika).

Mais a questão dos “titulares” que há quem nem saiba o que foi, mas que talvez tenha sido o que mais ofendeu a maioria dos que já estavam na carreira nessa altura.

Que me desculpem, mas se há razões para – neste momento – estar menos furioso do que antes com a dupla costista (“chantagista, ai que me demito se lhes contarem o tempo de serviço+sonso, ai que feliz que estou com tudo isto que não fiz”), não é menos verdade que não vejo grandes razões para achar que “ganhei” seja o que for.

2 opiniões sobre “É Fazer As Contas

  1. Subscrevo. Me too. Entretanto, dava , também, um bom artigo, sobre como muitos titulares, à conta disso, puderam ficar na escolinha ao lado de casa, apesar de efectivos longe, bué de longe. Não perderam, depois, essa regalia. Bastava terem umas pós graduações e uns tempos com cargos, quanto “mais altos” melhores, como, ser assessor, ou algo assim, na equipa directiva. É também verdade que, muitos dos que ficaram titulares, não se fizeram ao cargo, eram as regras de terem o que era exigido para tal, tempo de serviço, etc. Digamos que, onde eu estava, houve quem disso se aproveitasse mas muito poucos. Todavia, não foi a maioria e começou aí a divisão entre professores. E não, não fui titular, não tinha nenhuma das condições.

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