Mas Foi Mesmo Isso Que Se Passou?

Instituto de Gestão Financeira da Educação alvo de fraude por transferência de €2,5 milhões para conta indevida

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Embora se desconheçam publicamente os contornos desta fraude, este tipo de transferências de empresas e instituições públicas para contas bancárias com destinatários falsos tem sido cada vez mais frequente.

Em abril, o Banco de Portugal (BdP) alertou para situações de fraude em que, durante a realização de uma transferência bancária através do homebanking, o IBAN do beneficiário é alterado por um terceiro.

O banco central explicou na altura em comunicado divulgado pela agência Lusa que esta fraude é concretizada com recurso a ‘malware’ (‘software’ malicioso) previamente instalado no computador da pessoa que faz uma transferência através do ‘homebanking’, através do qual “um terceiro altera o IBAN da conta de pagamento do beneficiário no momento da realização dessa transferência”.

“Se, após a introdução dos dados da transferência no ‘homebanking’ do seu banco (mesmo que use a lista de beneficiários frequentes), o ecrã do seu computador ficar estático (poderá aparecer uma mensagem com indicação de ’em atualização’) ou se lhe surgir uma mensagem para instalação ou atualização de ‘software’ a que se segue um bloqueio temporário do equipamento, poderá estar a ser vítima de uma tentativa de fraude”, advertiu o BdP.

Divulgando

A AJDF informa que se realizará uma nova sessão online de “Divulgação, esclarecimentos e orientações para a Monodocência”, no âmbito da Medicina do Trabalho, no dia 19 de junho (4.ª feira), às 21 horas.

Link para inscrições: https://forms.gle/djvnzSyS2JuKE6h3A

Dada a especificidade, esta reunião terá mais exemplos concretos de situações na monodocência, no entanto as informações que serão divulgadas são válidas para qualquer docente, independentemente do ciclo de ensino em que lecione. A reunião é desta forma aberta e do interesse de TODOS os professores.

A AJDF reafirma que está comprometida em continuar a garantir que o direito à saúde dos professores seja reconhecido e respeitado, e que as condições de trabalho atendam aos padrões de saúde e segurança.

Estamos a encetar ações que permitem aos professores ver a sua situação de doença (com limitações/lesões físicas e/ou psíquicas, de desgaste, de acidentes de trabalho, de Burnout, …) acautelada com o acesso imediato às consultas de Medicina do Trabalho antes que se inicie um novo ano letivo. Divulgue e assista.

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4ª Feira

Na próxima 6ª feira, como já deixei por aqui há uns dias, vai a plenário, no horário que o Parlamento dedica às petições, a petição pelo fim do projecto MAIA, de que foi primeira subscritora a Dália Aparício, seguindo-se o João Aparício e o Luís Torgal. Foi uma iniciativa que ultrapassou as 10.000 assinaturas numa semana porque corresponde à recusa de algo que tem abafado o trabalho de muitos docentes, nasquelas escolas onde as lideranças estão mais preocupadas em fazer boa figura perante a tutela do que em fazer boa coisa para os alunos (e professores). Há perto de um ano, foi recebida uma delegação na Comissão de Educação para apresentar os fundamentos da dita petição, o que foi feito pela Dália e o João, que convidaram o Prudêncio, o Ricardo e a mim para os acompanhar, tendo ficado a Eulália Paulo do lado de fora, a dar apoio. A descrição sumária do que se passou está aqui.

A petição foi feita e defendida quando estava no poder o PS e será agora discutida em plenário quando está no poder a AD. Foi feita e defendida usando informação concreta, usando argumentos “técnicos” para demonstrar a forma como atrofia o trabalho dos docentes, sem qualquer ganho relevante para o desempenho dos alunos, apesar da propaganda feita, do apoio explícito do ME e de uma estrutura espalhada pelo país para promover o projecto e a colaboração diligente da IGEC na inquirição dos docentes, como também foi lá testemunhado.

Na altura, anotei as presenças e ausências (é curioso que há quem na altura tenha optado por não aparecer, que agora apresenta projecto de resolução) e a atitude d@s presentes, sendo visível na gravação da sessão quem se incomodou ao ponto de sair e como a delegação se afastou das tricas parlamentares que vieram à superfície numa ou outra intervenção deste ou aquele deputado. A coisa fez-se olhos nos olhos, no sítio devido, à hora e em condições que nos foram marcadas, sem grande margem para mais nada, que o presidente da Comissão primou por um excesso de zelo que não conseguiu ocultar por completo algum enfado com estas coisas.

Porque escrevo isto, agora? Porque esta petição foi feita em defesa do trabalho dos professores e esse foi o seu contexto “político”, sem qualquer deriva de tipo partidário. Não se levaram cartazes, megafones, slogans, camisolas a condizer, nem se andou à cata de câmaras e microfones. Fotografámos o grupo para memória futura, a Dália e o João tiveram e regressar a casa nessa noite e os outros quatro foram jantar ali perto. O interesse e o foco sempre estiveram na causa, não na promoção de outro tipo de agendas ou busca de destaques individuais ou de grupo.

Por isso, e por muito que há quem diga que é em defesa da causa que irão aparecer, vai-me começando a cheirar um pouco a esturricado certas movimentações em torno deste debate em plenário, a que irá uma delegação de peticionários que, no essencial, será a mesma de há um ano, que o Luís parece estar impedido de novo. Porque quem merece todo o destaque são a Dália e o João e não gostaria de ver gente a colocar-se em bicos de pés para a fotografia deste momento. Uma coisa é demonstrar-lhes apoio e solidariedade, outra é aproveitar a ocasião para armar um arraial dos santos populares, que o Santo António já se acabou.

Estas minhas observações são feitas a nível pessoal, porque sei que a Dália e o João são imensamente mais generosos e menos cépticos do que eu. Confesso que o tempo não me tem feito mais paciente ou caridoso com algumas tretas, antes acentuando alguma misantropia. Nem me tem aumentado o desejo por compromissos ou fingimentos vários, mas apenas o gosto por escrever com a possível liberdade (claro que a corda nunca fica toda solta…).

Dito isto, ainda nem sei se vou poder ir na delegação “oficial”, porque o horário de entrada é agreste para outros compromissos, dificilmente adiáveis ou remarcáveis. Só mesmo de véspera informarei a Dália e o João disso mesmo. Mas não queria deixar de escrever, desde já, isto mesmo e só isto. Por enquanto.

Amanhã, logo escrevo qualquer coisa sobre o modo como o novo PS e a AD poderiam ter coragem para fazer diferente e mostrar como o seu interese é mesmo o de criar melhores condições para o trabalho de todos nas escolas.