Já Lá Vão 22 Anos

Catálogo da exposição realizada no Arquivo Fotográfico da CML, que adaptava a minha tese de mestrado. Descrição mais abaixo.

GUINOTE, PAULO (2001) QUOTIDIANO FEMININO: 1900-1940. LISBOA: ARQUIVO MUNICIPAL DE LISBOA. DE 29X23 CM. COM 242 PÁGS. ILUST. E.

A exposição Quotidiano feminino reúne imagens de duas instituições portuguesas, o Arquivo Fotográfico Municipal e o Centro Português de Fotografia, dando a conhecer fotografias inéditas lado a lado com outras amplamente divulgadas e conhecidas do público.

O conjunto fotográfico é constituído por 121 imagens repartidas tematicamente, de forma a evocar a síntese de um retrato mental, social e político do universo feminino, entre 1900 e 1940, abarcando o mundo laboral e socialmente interventivo, os espaços mais intimistas do quotidiano doméstico, a dimensão dos afectos, do lar e da família.

Edição de cuidada execução gráfica nitidamente estampada em bom papel couché. Cartonagem editorial.

Plano Para O Resto Do Dia

Porque é 6ª feira e amanhã não tenho de me levantar cedo. Depois da SICN (16.00) e Antena 1 (18.20), seguem-se a CNNP (19.00, modelo rapidinha) e RTP3 (espero… depois das 21.00, em estúdio, com grelhas no albornoz).Mas vou jantar, Ricardo… há que “priorizar”. Garanto que é mesmo por gosto, mas cansa. No fim de semana, tento colocar o que está em atraso.

Pela Sábado

Infelizmente, só para assinantes (ou seja, nem eu consigo ver tudo sem pedir à jornalista).

Paulo Guinote: ministro é “desnecessariamente condescendente e paternalista com os professores”

Fica só uma pequena parte:

Como é que o ministro João Costa lida com a classe?  
Aquela conferência de imprensa de sexta-feira [13 de janeiro] foi desnecessária e acabou por irritar mais pessoas. Nem é só a questão da legalidade das greves. A questão dos serviços mínimos já foi debatida em 2018, na greve rotativa às avaliações. Quanto à legalidade ou ilegalidade dos fundos de greve, tenho muitas dúvidas que sejam algo de ilegal. É uma questão de opinião, não de lei. Sei que houve inspeções em escolas de Braga e Setúbal, para detetarem se fizeram alguma coisa ilegal no processo de greve.

Os antecessores de João Costa não tinham, propriamente, uma relação pacífica com a classe.
Nuno Crato teve o apoio da troika, ou seja, muita gente acabou por não protestar tanto. Mas em 2013 houve uma greve bastante forte. Sobre Tiago Brandão Rodrigues nunca achámos que ele governasse. No caso de João Costa é alguém desnecessariamente condescendente e paternalista com os professores. Não é a forma correta de comunicar connosco. Se isso funciona com alguns sindicatos é bom que ele perceba que o protesto, beneficiando do enquadramento do STOP, não é de pessoas filiadas. A manifestação de sábado [14 de janeiro] foi uma espécie de auto manifestação, em que as pessoas pagaram os seus transportes para ir. Foram porque estão irritadas, têm cabeça, sabem analisar as situações e percebem que ao fim de todos estes anos nada foi feito.

João Costa é o ministro que está a causar mais animosidade com os professores?
Digamos que ele faz a ligação direta com a Maria de Lurdes Rodrigues. Dá a sensação que estamos a enfrentar o mesmo tipo de argumentos, a dizerem que somos uns privilegiados e ganhamos fortunas. Mesmo que mostremos os recibos a dizer que não é assim, 15 anos depois estamos a enfrentar a mesma barreira mediática. Isso desperta-nos a memória do tempo de Maria de Lurdes Rodrigues.

Há comentadores a dizer que as rondas negociais devem ter bons resultados porque os alunos estão a ser prejudicados com as greves.
Quando as greves surgiram eram proibidas. Estudo os direitos das mulheres, de início foram consideradas feministas imorais, prejudicando a família e os filhos. Para quem é de História como eu, estes argumentos ecoam as posições ultraconservadoras de outros tempos. Uma greve prejudica sempre alguém. Tem de se perceber que as aprendizagens das crianças estão a ser muito mais prejudicadas por medidas do atual ministro, com o abaixamento do nível de exigência.

Ó pra mim a tentar abrir explicar qualquer coisa ao então presidente da Comissão de Educação da Assembleia da República, na altura o deputado José Fagundes Duarte, na ausência de António José Seguro.

Reencontros

Como éramos só 300, era fácil encontrar gente que não se via há muitos anos. Gente de vários momentos da vida… desde a Faculdade à blogosfera (sendo que na foto com o Prudêncio e o Veronesi, a minha postura à torre de Pisa se explica pelo facto do meu pé esquerdo estar a dar sinal de uma fadiga “desproporcional”). Entretanto, acrescentei ainda a foto com o João Esteves que me chegou (!!) da Alemanha.

E foi ainda o momento, aqui não revelado, para que “alimentadores” de há 15 anos do Umbigo ou mais, se conhecerem para além dos “nomes de guerra”. Foi o caso do “Calimero” e do “Livresco” que me forneceram milhares de documentos, entre notícias, imagens e vídeos, ao longo de quase uma década (e mais além).

Amanhã Vou (Re)Encontrar Amig@s

Que em alguns casos não vejo há anos. Muitos. Mas também gente de conhecimento mais recente. Será momento para alguns abraços de grupo, a pensar que já ali estivemos, já fizemos aquilo e… esperamos que não acabe da mesma forma. Já percebi que haverá iconografia nostálgica, incompreensível para quem não viveu esses anos de chumbo por dentro, diariamente com um alvo nas costas. Os tempos do Umbigo com centenas de comentários para gerir em alguns posts. Que eu não queria reviver quando o “descontinuei” em 2015, depois de aguentar com os anos da troika, quando muita gente se aquietou e fez acordos de bastidores. Confesso que não me apetecia mesmo nada passar pelo mesmo ou muito parecido. Horas aqui, agarrado ao teclado. A ter de ver conferências de imprensa inanes. A ouvir ou ler “jornalistas” que podem ter convicções, mas parecem ter mais conveniências e traumas mal resolvidos que não nos cumpre curar agora.

Custa-me ter-se confirmado o que andei anos a dizer, perante a incompreensão quase generalizada, acerca desta nova versão da “reitora”. É só irem aos primeiros tempos dele como ministro e poderão confirmar o que disse acerca da sua passagem para o primeiro plano. De forma algo visceral percebi que era um enganador nato, ardiloso, dissimulado, a jogar com as palavras, a eximir-se às responsabilidades, que alijava sempre para outros. No único debate em que estivemos cara a cara (um Prós e Contras, que me valeu veto para o futuro) fui obrigado a dizer-lhe que não estava ali para truques de linguagem. Até porque não tenho idade para jogos florais de malta que “dominava” associações de estudantes no secundário ou mesmo no superior. Carreiristas, com um pé na beatice outro na pseudo-revolução.

Queria que nos reencontrássemos por outras razões. Não para novo palmilhar da Avenida, que desta vez não farei até ao fim, como nunca fui até à foz/nascente dos discursos e grandes esperanças. Mas é uma questão de feitio. Amanhã voltaremos ao local do costume, porque no passado dia 17 estivemos apenas alguns.

Boa noite, portanto.