O Desmentido Do ME(CI)

Que diz que o seu cálculo e mais alto do que o da UTAO, quando a comuicação social diz o contrário. Isto está bonito… fora o que anda a acontecer aí por uns meandros…

2024-06-17 às 23h10

Esclarecimento – Ministério da Educação

Relativamente a notícias divulgadas hoje à tarde sobre o Relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) da Assembleia da República sobre Contagem de tempo de serviço em falta para efeitos remuneratórios: docentes e demais carreiras das Administrações Públicas, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) esclarece o seguinte:

  • As estimativas da UTAO em relação ao custo da recuperação do tempo de serviço são inferiores aos cálculos do MECI. A diferença resulta da adoção de critérios e cenários diferentes do cálculo do custo, nomeadamente a idade de saída para a reforma. 
  • O custo hoje divulgado pela UTAO de 470 milhões de euros em 2028, dos quais “202 ME em termos líquidos”, tem em conta o universo dos professores dos quadros entre o 1.º e o 9.º escalão da carreira, tendo sido retirados os docentes que atingem a idade legal de aposentação.
  • Os cálculos do MECI têm em conta que todos os professores abrangidos permanecem na carreira até aos 70 anos, sendo esta a principal diferença para os custos da UTAO.
  • No dia 21 de maio, após ter sido alcançado um acordo com sete estruturas sindicais de professores, o Ministro da Educação, Ciência e Inovação disse, em declarações aos jornalistas, que a recuperação do tempo de serviço congelado dos docentes teria, em 2024, um custo para o Estado (líquido, de acordo com a denominação do relatório da UTAO) de cerca de 40 milhões de euros.
  • O Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre referiu também que, a partir de 2027, após estar concluído o processo de recuperação do tempo de serviço, a medida teria um custo anual para o Estado (líquido, de acordo com a denominação do relatório da UTAO) de cerca de 300 milhões de euros, segundo as estimativas de uma equipa técnica do MECI. 
  • Os 300 milhões de euros não representam, assim, o acumulado da despesa ao longo de 2024, 2025, 2026 e 2027. 
  • Os 300 milhões vão reduzindo a partir de 2028, à medida que os docentes vão passando à aposentação.

13 opiniões sobre “O Desmentido Do ME(CI)

    1. Pensei precisamente o mesmo! Estão a delirar, só pode. LSD, canabis… Digam-nos o que andam a tomar… Se tomarmos o mesmo, talvez fiquemos até aos 100!

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  1. Eu acho, julgo, creio, penso, etc., que TODOS teremos de elogiar o MECI, porque é incomum alguém confessar que está a praticar uma aldrabice: o dito assumiu que TODOS os professores irão trabalhar até aos 70 anos.

    Vão barda…!

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  2. porea . Até um merceeiro sabe fazer contas certas. Acho que quer a utao e o Messi andam a fazer desvios de carcanhol para cima para o cristão ir dividir pelo privado

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  3. Isto vai acabar muito mal, a insistência nos 70 anos cheira-me a esturro. Entretanto, não há nada regulamentado ou publicado, vai tudo ficar a ver navios

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  4. O sonho de qualquer Messi e diretor? Professores que não envelhecem com o passar dos anos.

    O dos diretores? Idem e que não mudem de escola (podem revelar segredos inconvenientes), que obedeçam sem pensar, que passem todos os alunos e dos que façam muitos shows para o Messi e para o presidente da câmara e que estejam presos digitalmente à escola mesmo nas horas livres e aos fins devsemana. E, já agora, também deverão levar pancada de pais e alunos sem pestanejar!

    A custo 0, de preferência!

    Portanto, o que esta gente quer é escravos!

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  5. Tanto economista e ninguém sabe fazer contas? Que saudades tenho do Medina Carreira! Do Salgueiro… Faria isto em três tempos.

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  6. “… fora o que anda a acontecer aí por uns meandros…”

    Queres partilhar connosco? Queres explicitar? Queres aclarar o nosso conhecimento? Queres contribuir para o nosso enriquecimento intelectual? 🙂

    Vá, diz lá o que se anda a passar, que com a idade ando a ficar cada vez mais ansiosa e não há sequer aconselhamento psicológico que me valha, pá… 🙂

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  7. As câmaras mais os diretores andarão a fazer a cama a alguns QA mais d’Olhão? Porque razão alguns secretariados de exame do panelo não divulgam os pares das vigilâncias? Será para furar greves através de manobras de sacristia?

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  8. Saí com 62 anos e 20% de penalização (tinha começado com 18 anos). O trabalho com os alunos sempre me fascinou e continuo a emocionar-me com o brilho nos olhos daqueles que constroem conhecimento com a minha contribuição. Continuarei a trabalhar com jovens pro bono em instituições da cidade onde residem jovens retirados às famílias.

    Tudo o que a tutela nos impõe enlouquece qualquer um. Na minha escola, todos me dão os parabéns e a maioria confidencia que se pudesse, também viria embora.

    Os mais novos sentem-se pressionados pela inenarrável ADD, os mais velhos contam os dias para sair. O ambiente intelectual que deveria ser o de uma escola, em que os docentes partilhassem leituras, filmes, projetos a envolver os alunos (nos meus 44 anos de serviço, participei em vários clubes e atividades interdisciplinares e intergeracionais) transformou-se num lugar de suplício em que a maior parte dos adultos não consegue estabelecer um convívio são com os miúdos (cada vez mais agressivos, mal educados e ostensivamente provocadores).

    Nas últimas décadas, as medidas para todo o ensino (do básico ao secundário) têm sido impostas por especialistas que não fazem a mínima ideia do funcionamento do ensino secundário; daí a infantilização das propostas, com a gamificação à cabeça, assim como o Projeto Maia que funcionará no 1.º ciclo, em que cada docente tem 25 alunos (nunca com 100, 150 ou mais alunos). O cumprimento da componente não letiva no estabelecimento de ensino sempre foi um desrespeito, dado o número de horas que em casa despendemos na preparação das aulas e na correção de trabalhos. As tecnologias são ferramentas; não substituem o raciocínio. Os alunos têm que escrever, manuscrever e nós temos que os ensinar a reescrever, a aperfeiçoar os argumentos, a consultar fontes fidedignas. Nada substituirá (com sucesso) este trabalho. O resto é fogo de vista, deslumbramento pela novidade, foto fátuo a comprometer gerações.

    Enfim, avistamos o abismo e o vento ainda nos empurra para o precipício.

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