Os de baixo contra os de cima, os de cima contra os de baixo
(…)
Curiosamente, uns e outros votam cada vez mais na extrema-direita. Os de baixo movidos pela raiva do que não conseguem, os de cima para manter o que já têm. Os de baixo contra os bodes expiatórios estrangeiros, que vêm como ameaça, os de cima para que os imigrantes ilegais, que vêm como oportunidade, continuem a ser explorados. Os de baixo contra os de cima. Os de cima contra os de baixo. Todos juntos para garantir que perdem os mesmos de sempre, ganham os do costume. Até quando?
O Meu Quintal 
A globalização desregulada, a emigração descontrolada e explorada é a meu ver a grande causadora do mal estar das sociedades ocidentais.
Lembro-me perfeitamente de algumas empresas aqui do Norte deslocarem-se para a China para pagarem cerca de 1/4 dos salários que pagavem em Portugal.
Lembro-me de grandes indústrias tradicionais americanas e europeias deslocarem-se para a China, India e Extremo Oriente à procura de mão de obra mais barata.
Tudo isto deveria ter sido feito com regulação, mas a gula capitalista venceu esta batalha.
Vendemos a nossa alma ao diabo, exportamos empresas para a China e fomos à procura de energia barata na Rússia, sabendo que nesses paises os direitos humanos não são respeitados.
Fizemos negócios com o diabo e agora o diabo está contra nós.
Ficámos sem indústrias fulcrais e as que ficaram pagam ordenados cada vez mais baixos. Os sindicatos desatualizaram-me e a classe média ficou proletária.Ainda para mais estamos perante imigrantes dispostos a trabalhar por uma ninharia remuneratória.
A extrema direita e o nacionalismo voltou em grande força.
Ontem Joe Biden teve uma péssima prestação. Meteu dó ver um homem que parecia ter o cérebro paralisado.
Estamos a ver um mundo com Trump, Putin, Xijiping, o regime teocrático do Irão e o pária da Coreia do Norte a ganharem poder.
Entre Hamas, Hezzbollah e o Bibi venha o diabo que os escolha.
No meio disto tudo, os ricos cada vez mais ricos, os pobres e os remediados cada vez mais pobres.
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O artigo é bom, mas logo abaixo nas recomendações tem um artigo do guru, vendedor de banha-da-cobra, Pedro Santa qualquer coisa Dr da Mula Russa.
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Um artigo de verdadeiro jornalismo sobre origens e legitimação das desigualdades sociais. Obrigado pela partilha.
A Escola, que deveria ser um verdadeiro elevador social, tem sido orientada subtilmente num sentido inverso.
A Visão, de que fui assinante durante mais de uma década, vai-se redimindo.
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Vou exagerar e generalizar: vivam os colégios privados e a bolha em que aquela gente vive e de onde não são!
As maiores empresas portuguesas têm como vencimentos médios os mil euritos. Até o Camilo Lourenço se viu na necessidade de lamentar esta postura.
A escola deixou de ser elevador social por várias razões. Por duas horas de trabalho, um eletricista cobrou 170 euros a uma colega nossa. Um rapaz que andou num profissional. Quem é que, tendo até um doutoramento, ganha esses valores com vinte e poucos anos?
Depois, o papel da universidade não é garante de nada hoje , porque o facilitismo já a penetrou profundamente.
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Por isso é que considero inadequado o sentido pejorativo que se dá a determinadas profissões com aquelas expressões “vais para trolha” ou “vais para caixa do supermercado”. Ainda está enraizada essa maneira de encarar o trabalho e o ‘karma’ ditou que algumas dessas profissões têm hoje uma remuneração superior a muitas habilitações universitárias. Quantos profs com mestrado e doutoramento e licenciatura equivalente a mestrado andam há anos a ‘contar os tostões’ enquanto vários(as) conhecidos(as) das suas relações interpessoais desde a juventude, sem essas habilitações, têm remunerações que lhes permitem viver folgadamente?
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O irmão do Paulo S. Lopes, aquele que coisa e tal foi apanhado numa operação da judiciária e lhe venderam o Bentley?
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*veem
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a sociedade capitalista é assente nesse pressuposto: uma hierarquia onde os que dominam os recursos financeiros os querem manter e não partilhar e os dominados anseiam por ser dominantes, e se lá chegam, também fazem o mesmo daqueles contra quem queriam depor.
Há uma citação que diz: “a politica partidária é a arte de tirar dinheiro aos ricos e votos aos pobres, com o argumento de os defenderem uns dos outros”.
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O nível académico continua a diferenciar o estatuto remuneratório e a empregabilidade, embora de forma mais esbatida do que há meia dúzia de anos.
Por outro lado, na impossibilidade de coartar o acesso à informação, como noutros tempos, promove-se a incapacidade de a descodificar. A Escola Pública e os seus agentes educativos têm estado, por isso, a ser tão maltratados. É nela que pode ser promovida a tal massa crítica que determinará uma maior justiça social.
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Artigo muito bem escrito e fundamentado em “evidências”.
Extrapolações:
– Quem nasceu no fundo do vale e quer chegar ao topo da montanha, através do estudo, foco, determinação, trabalho e resiliência, inicia uma caminhada íngreme, cheia de obstáculos, chuva, sol, frio, falta de calçado (marca) mais apropriado para os vários pisos que terá de calcorrear.
Quando chegam ao cume, por meritocracia, a maioria nem sempre os olha com “bons olhos”. De onde vens? Tens nome comprido? Qual é a tua família? Quem são os teus antepassados?
Os que nasceram no meio da montanha, têm, muitas vezes, carros, jeeps ou carrinhas 4×4 que os levam ao topo.
Os que já nasceram no topo da montanha, quando querem sair, ou saem de carros topo de gama. Ah, utilizam muito os aviões para conhecer os topos de outras “montanhas”.
Ilações e interrogação:
A Escola devia ser o tal elevador social, que (infelizmente) já não é!
“Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo.”
Paulo Freire
“A educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo”
Nelson Mandela
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